Aplicabilidade da Lei de Exclusão Parental adotado em 2010
Pesquisas Acadêmicas: Aplicabilidade da Lei de Exclusão Parental adotado em 2010. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: vaginnada • 23/11/2014 • Pesquisas Acadêmicas • 4.376 Palavras (18 Páginas) • 361 Visualizações
RESUMO
O trabalho trata sobre a Lei de Alienação Parental como possível forma de
proteção dos direitos fundamentais e de personalidade da criança e do adolescente. A Lei veda
e pune a prática de alienação parental, uma forma de violar o desenvolvimento pleno e digno
do menor, por um de seus genitores em virtude do outro. A abordagem busca mostrar que a
aplicação da Lei 12.318, de agosto de 2010, em conjunto com a Constituição Federal, o
Código Civil e o Estatuto da Criança e do Adolescente, tem como objetivo a garantia da
proteção integral dos infantes. A pesquisa conclui que, os genitores ao praticarem atos
considerados como de alienação parental, geram danos irreversíveis aos menores. Assim, a lei
surge como forma de resguardo aos abusos psicológicos e aos direitos essenciais a estes,
cabendo ao Estado a plena aplicabilidade da Lei para tratar as crianças e adolescentes como
sujeito de direitos.
INTRODUÇÃO
No presente trabalho, se estudará a aplicabilidade da Lei de alienação
parental, promulgada em 2010. O tema já existia no ordenamento jurídico brasileiro, porém
com a sua tipificação, passou a ser mais amplo o estudo e consequências geradas a partir da
promulgação da referida Lei.
O trabalho busca mostrar que a Lei de alienação parental surgiu como uma
maneira de se proteger os interesses das crianças e dos adolescentes. A alienação parental se
dará quando um genitor, chamado de alienador, por divergências com o outro genitor, o
alienado, instala na criança ou no adolescente falsas memórias sobre este, afastando assim, o
convívio do menor com o alienado.
O alienador tem como objetivo que o infante não tenha mais convivência
com o alienado, ferindo assim, o direito fundamental à convivência familiar. O trabalho
justifica a necessidade do menor que sofre tal violência ter seus direitos preservados tanto
pela sociedade em geral como pelo Estado.
O problema do texto investigará a lesão aos direitos da personalidade e os
direitos fundamentais de crianças e adolescentes em virtude da ocorrência da alienação
parental e a aplicabilidade da Lei como forma de proteger os direitos dos menores. Mostra-se
no problema que o menor deve ter seu direitos resguardados, tanto por sua família como
também pelo Estado.
Coloca-se na pesquisa o seguinte problema: A Lei de alienação parental
efetivamente busca a proteção dos direitos fundamentais e dos direitos de personalidade de
crianças e adolescentes? A hipótese de verificação responde afirmativamente ao problema
proposto conforme se verificará nos capítulos do presente texto monográfico.
No Capítulo 1, se far-se-á um breve estudo sobre a afetividade no âmbito
familiar e traz considerações gerais sobre como se instala a alienação parental e sua diferença
com a Síndrome da Alienação Parental.
O capítulo abordará os direitos fundamentais comum a todos e, além destes,
os direitos fundamentais aplicados as crianças e aos adolescentes. Tratará sobre os direitos de 8
personalidade e os aspectos sobre a alienação parental como lesão ao direito de personalidade
do menor.
No segundo capitulo, será feita uma análise da Lei de Alienação Parental em
conjunto com o ordenamento jurídico. A pesquisa constituirá a relação da Lei 12318/10 com a
Constituição Federal, Código Civil de 2002 e com o Estatuto da Criança e do Adolescente,
respectivamente.
Em cada instituto elucidado, será exposto os direitos fundamentais e os
direitos da personalidade possíveis de serem violados ao se verificar a ocorrência da alienação
parental. Ao mostrar os direitos violados, será feita uma análise em conjunto dos artigos dos
referidos institutos e da Lei em comento, como forma a se resguardar os direitos violados.
Tal capítulo tratará sobre guarda compartilhada, que surge como
possibilidade de se solucionar/evitar a alienação parental. Ambos os pais terão possibilidade
de participação ativa na vida dos infantes, dificultando assim, a implantação de falsas
acusações de um genitor em virtude do outro para o filho.
No terceiro capitulo, será feita uma análise, tanto no 2º grau de jurisdição
como nos tribunais superiores, sobre a aplicação judicial da Alienação Parental. É exposto os
entendimentos que vem adotando os tribunais sobre a aplicabilidade da Lei, como forma de
garantir aos infantes prioridade absoluta em seu desenvolvimento e garantindo o melhor
interesse da criança e do adolescente, protegendo assim, os direitos fundamentais e os direitos
de personalidade dos menores.9
1 ALIENAÇÃO PARENTAL E OS DIREITOS FUNDAMENTAIS
Será analisado no
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