As Orientações Estudos Magistratura
Por: pedraofs • 21/2/2018 • Trabalho acadêmico • 1.915 Palavras (8 Páginas) • 245 Visualizações
Meu percurso: o caminho para a vitória que foi repleto de "derrotas"
Decidi escrever um pequeno trecho sobre a minha trajetória até as aprovações, em razão dos diversos pedidos e para motivar quem está começando ou está no caminho.
Há muitas histórias melhores e que motivam muito mais. Sem dúvidas. Mas, não deixa de ser uma pequena colaboração.
Em janeiro de 2012 iniciei os estudos para me tornar Juiz de Direito. Em maio de 2015 logrei êxito na Magistratura do TJPA e em julho/agosto de 2016 na Magistratura do TJPB, TJGO e TJAL.
Viajei o país todo fazendo provas e conheci cerca de 20 Estados. Fiz cerca de 30 concursos, pois em alguns Estados fiz mais de uma vez.
Reprovei por diversas vezes na primeira etapa, por um, dois ou três pontos.
A maioria das reprovações se deram nas provas escritas (discursivas ou sentenças). No TJDFT, TJSP e TJSC reprovei na sentença penal. Ou seja, fiquei bem próximo de avançar para oral, que é um passo para a aprovação. Reprovei nas sentenças do TJMT e na sentença penal do TJPA passei com recurso. Fiquei por 0,1 para ter as sentenças do TJPR corrigidas, mas não recorri, pois não tinha os três anos de atividade jurídica, mas deveria ter recorrido. Rsrs.
Foram 04 anos e 07 meses de intensos estudos.
Com muita honra era Tenente da Polícia Militar de Minas Gerais. Hoje, estou na reserva não remunerada. Enquanto Oficial da Gloriosa PMMG, a qual nutro um carinho imenso, trabalhava de 08:00 às 17:00, com uma hora para o almoço. Com exceção de quarta, em que o expediente é de 08:00 às 13:00 horas.
Então, acordava, geralmente, 05:00 e ia para o serviço, ficava estudando até o início do expediente. Depois, retomava os estudos por volta das 18:00 e estudava até 00:00. Dormia em média 05 horas por dia. Cada organismo tem um ritmo. Cinco a seis horas de sono me satisfaz e me deixa bem.
Obviamente, fazia intervalos nos estudos e devia estudar uma média de 06 horas líquidas por dia, durante a semana, com exceção de quarta que estudava mais.
Sábado estudava o dia todo, começava umas 08:00 e ia até umas 21:00/22:00. Após, geralmente, saia com amigos ou ia descansar.
Domingo estudava, geralmente, de 08:00 às 17:00/18:00. À noite saia com amigos, descansava. Recomenda-se ter um dia para descanso, mas eu estudava, até mesmo porque trabalhava durante a semana.
Perdi muitos casamentos, porque estava fazendo provas e deixei de sair para muitas festas, barzinhos, encontros. Deixei de fazer muita coisa durante esse período.
Foram 04 anos e 07 meses de muita renúncia. Estudar para concursos públicos é uma decisão de vida que exige uma “mudança de vida”. Não dá pra estudar pra concurso tendo uma vida “de quem não estuda pra concurso”. Não dá pra casar e querer ter vida de solteiro. Rs. “No pain, no gain”.
Geralmente, estudava direto uma hora e meia, duas horas, e parava para descansar um pouco e voltava. Cada um tem um ritmo.
Tirava férias para estudar e aproveitava o feriado para estudar. Nas férias meus estudos rendiam muito e conseguia descansar bem.
Às vezes, sobretudo sábado à noite, me dava um aperto no coração de estar trancado num quarto ou numa biblioteca, enquanto os amigos estavam reunidos, viajando, em restaurantes, festas etc. Mas, eu pensava: “vai valer a pena”!!! E, como valeu a pena!
Conheci muitas pessoas na “vida dos concursos”. Muitas pessoas que se tornaram verdadeiros amigos e irmãos. Todos meus amigos que conheci na “luta” passaram e hoje são juízes, promotores, procuradores, defensores públicos ou aguardam nomeação.
Algumas pessoas não acreditavam que eu conseguiria passar. Sempre que apareciam essas pessoas eu ganhava mais forças. Usava isso como motivação.
Minha vida no concurso é uma vida de derrotas e cada derrota representou um degrau para vitória. Nunca pensei em desistir. Sempre pensei: “vai dar certo”. “É questão de tempo!”
Hoje, como Juiz, sinto-me extremamente realizado e a sensação de poder ajudar e somar na vida de muitas pessoas no dia a dia é indescritível. Servir a sociedade podendo fazer um bem para muitas pessoas é algo sensacional.
Se tivesse que fazer tudo novamente, eu faria. Como disse um amigo, "Quando a vitória chega todas as derrotas “perdem” o sentido. Todo o 'sofrimento' perde o sentido."
Ninguém passa sozinho em concurso. Não passei sozinho. Comigo passaram várias pessoas que me ajudaram demais e somaram na minha trajetória.
A imagem abaixo é do chão do meu quarto, em Belo Horizonte, onde passei boa parte do tempo sentado em uma cadeira, estudando para me tornar Juiz de Direito.
Enfim, é uma síntese e prometo escrever um texto mais completo, sobretudo para ajudar aqueles que estão na luta.
[pic 1]
ORIENTAÇÕES
- Pense que vai dar certo!!! Pensamento positivo!
- Não desista.
- Seja disciplinado.
- As olimpíadas agora representam uma grande demonstração de superação, dedicação e vitória. As frases de Diego Hypólito e de Rafaela Silva representam bem isso.
“Em Pequim, caí de bunda. Em Londres, de cara. Hoje, caí de pé”; (Diego Hypólito)
“Eu treinei muito, não queria mais aquele sofrimento de Londres. Depois da minha derrota, muita gente me criticou, disse que judô não era para mim e que eu era uma vergonha para a minha família. Agora eu sou campeã olímpica dentro da minha casa (...). Eu treinei muito para estar aqui, muito para buscar a minha medalha. E o resultado, graças a Deus, veio.” (Rafaela Silva)
- Faça muitas provas e treine muito.
- Sempre revise todas as matérias. Somente com a revisão vamos fixando conceitos, institutos jurídicos, teorias, requisitos etc. Com o estudo contínuo passamos a desenvolver raciocínio jurídico.
PRIMEIRA ETAPA
- É imprescindível a leitura de muita lei seca, sobretudo dos principais diplomas legislativos, como a CF, CC, CPC, CP, CPP, CTN, Lei de Falência e Recuperação etc.
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