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Civilização Persa

Por:   •  3/10/2016  •  Trabalho acadêmico  •  1.628 Palavras (7 Páginas)  •  978 Visualizações

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A civilização Persa:

Introdução:

Considerado como o maior império que até então a história pôde estudar e sobre a liderança de dinastias de governantes ambiciosos e poderosos, os persas conseguiram com grande admiração dominar territórios do norte da África a Ásia

O estabelecimento dos persas deu-se primeiramente na atual região do Irã, onde compartilhavam território com os povos denominados “medos”. Costumes, cultura e idioma eram usualmente partilhados entre as duas civilizações, entretanto, ao notarem que os persas construíram forte estrutura política e contavam com um grande contingente de homens no exército, os medos viram a oportunidade da cobrança de impostos sobre o povo então estabelecido em seu território. Por volta de 550 a.C, um príncipe denominado Ciro decidiu estabelecer resistência contra os medos e iniciou então sua política expansionista, mesmo com a ambição em conquistar novos territórios, Ciro não pretendia impor restrição à cultura ou língua dos povos vencidos.

Ciro, O Grande, passa então a ser reconhecido por seus fantásticos planos estratégicos de dominação, que fez do Império Persa governante de toda a Ásia menor e parte do Oriente Médio.


Ascensão de Ciro, O Grande:

O império que Ciro conseguiu construir pode ser considerado como o maior que a Antiguidade já presenciou ou ainda (segundo inúmeros historiadores) talvez, o maior de todos os Impérios até os dias atuais. Depois de derrubar todos os seu rivais em 554 a.C, o príncipe então torna-se líder incontestável do Império Persa, e para corresponder a tal magnitude de poder, precisava agora de uma capital á altura de seu governo. Em 550 a.C dá início á um extraordinário projeto de engenharia, a construção de Pasárgada, atualmente conhecida como a região do Irã. Com sua notável ambição, Ciro buscava nas civilizações por ele conquistadas, ideias avançadas e as moldava á sua maneira, transformando-as em tecnologias originais na construção da Capital de seu Império. Majestosos jardins de Pasárgada dão inspiração às mais soberbas construções atuais, daí então é notória a grandiosidade com que Ciro trabalhava, utilizando de inacreditáveis tecnologias de sua época para a criação de seu poderio.

Enquanto Pasárgada era construída, Ciro colecionou impérios conquistados, curiosamente, não escravizou os povos por ele vencidos, pois reconhecia o valor local das diferentes religiões e tradições. Em 539 a.C, o então imperador dos persas, conquista a Babilônia, entretanto para a surpresa de muitos não se apresenta como o novo conquistador do território, mas sim como o libertador dos babilônios, tirando-os de domínios dos déspotas.

Sem antes conseguir elevar os persas á condição de maior civilização da Antiguidade, Ciro morre em batalha no ano de 530 a.C. O então governante não pôde mostrar fora do campo de batalha seu potencial em consolidar o Império Persa, deixando-o agora nas mãos de Dário I que continuou expandindo o domínio desta incrível civilização.


Governo de Dário I

Após a morte de Ciro, quem assume o trono da Pérsia é seu primo distante Dário, que logo no começo de seu governo inicia a construção de Persépolis (cidade dos Persas em grego). A grandiosa construção da Antiga Capital era repleta de monumentos extraordinários que exigiam de mão de obra árdua. Dário, seguindo ideais de seu primo, também não fez uso do trabalho escravo na edificação de suas obras, pagava seus construtores de acordo com a habilidade que cada tarefa lhes exigia.

Sob a brilhante liderança de Dário, o Império Persa expandiu-se de maneiras antes não imaginadas, conquistando o atual Irã e Paquistão, bem como partes do Afeganistão, Armênia, Turquia, Síria, Egito, Lìbano, Jordânia, Palestina, Ásia Central, até o norte da índia. Não satisfeito com o espantoso crescimento de seu império, o então governante queria interligar suas terras conquistadas. Conhecida como “Estrada Real”, a passagem de pedra com mais de 2400 km de comprimento conectava o norte da África a Índia, tal construção foi um grande feito da engenharia, já que atravessava florestas, montanhas, desertos e rios.

Ainda preocupado em cada vez mais aprimorar o seu reinado, Dário pretendia agora conquistar as promissoras riquezas do norte da África e para isso precisava construir um canal ligando o Mar Mediterrâneo ao Mar Vermelho. Sua ideia foi posta em ação e o presente imperador pôde construir seu canal de leste a oeste com 208 km de comprimento. Com grande conhecimento em hidrografia, os engenheiros de Dario utilizaram ferramentas de bronze e ferro para abrir o canal e depois removeram a areia e revestiram-o de pedra, deixando-o pronto para que navios o cruzassem.

Em 513 a.C a Pérsia havia feito de seu império algo tão fortificado e consolidado que já se poderia ser reconhecido como invencível. Sua vontade por conquistas territoriais passou então a assustar uma potência emergente do outro lado do Mediterrâneo: as cidades- estado da Grécia.

Determinado a invadir e conquistar Atenas por motivos políticos, Dário constrói um plano de domínio do território Grego. Mas como iria prosseguir com tais ideias? Era preciso atravessar o mar para se chegar a Atenas, este ponto não desencorajou o resistente chefe de estado de dar início á sua expedição. Construiu uma ponte de barcos e barcaças, alinhou-a em dois pontos e finalmente conduziu um exército, que segundo Hérodoto, era constituído por 70 mil homens para atacar a Grécia.

Deu-se então as guerras Persas, das quais os icônicos persas viram-se em situações difíceis de batalha contra os gregos, tendo que decidir por recuar. Dário prefere voltar para casa e continuar com suas obras de embelecer Pérsepolis e manter seu império o mais consolidado possível.

Em 486 a.C Dario morre a caminho de sufocar uma rebelião na África, deixando para trás um império que redefiniu as definições de poder e glória do mundo Antigo. Para evitar revoltas e conflitos como aconteceu após a morte de Ciro, Dario nomeia seu filho Xerxes I como o novo governante dos persas.

Governo de Xerxes I

Resoluto em terminar o trabalho antes começado pelo pai, Xerxes pretende dominar os territórios da Grécia, entretanto, a derrota dos persas que fez Dario recuar, deu aos gregos mais segurança quanto ao próprio poder, deixando o medo que antes tinham dos persas esquecidos em memórias distantes.

Em 480 a.C o Império Persa encontrava-se em seu apogeu, vasto e fabulosamente rico, enquanto a Grécia apenas iniciava-se no mundo Antigo como potência. A invasão persa da Grécia foi uma das maiores parcerias entre engenharia e estratégia da história militar, o plano consistia em dominação por terra e mar, que exigia extrema habilidade de seus participantes.

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