Contraste entre hegel e hobbes
Por: Karen Rosa • 21/6/2016 • Trabalho acadêmico • 1.931 Palavras (8 Páginas) • 256 Visualizações
FACULDADES INTEGRADAS DO VALE DO IGUAÇU – UNIGUAÇU
HOBBES E HEGEL: CONTRASTE ENTRE OS DOIS MODELOS E INTRODUÇÃO
A HEGEL.
UNIÃO DA VITÓRIA – PR
MAIO DE 2016.
1.0 Introdução Thomas Hobbes
Thomas Hobbes nasceu em 5 de Abril de 1588 na Inglaterra, foi um grande
pensador britânico, sua infância foi marcada pelo medo da invasão da Inglaterra pelos
espanhóis, ao tempo da rainha Elizabete I (1558-1603). Ele foi criado pelo seu tio, pois
seu pai era um vigário teve que ir embora após se envolver em uma briga na frente
da igreja onde trabalhava.
Hobbes iniciou sua carreira academia nas escolas de Westport, seguindo
posteriormente seus estudos na Universidade de Oxford.
Na sua carreira profissional iniciou como responsável pela educação de William
Cavendish, filho de uma tradicional família inglesa. Foi assim que ele teve a
oportunidade de entrar em contato com as obras clássicas, principalmente nas
temporadas em que esteve na França e na Itália.
Ele começou a perceber que as teorias aristotélicas perdiam espaço para os
princípios recentemente difundidos pelos cientistas Galileu Galilei e Johannes Kepler.
Então começou a fazer um grande estudo com base nas grandes figuras do gregoromano.
E foi em 1629 que publicou uma tradução de “História da Guerra do
Peloponeso”, do escritor ateniense Tucídides. Logo após essa primeira publicação,
voltou a realizar viagens com outro aluno da família Cavendish. Em 1631 a família
Cavendish lhe solicitaram novamente para ser mentor de outro dos seus filhos. Em
1634, acompanhado de seu novo aluno em outra viagem ao continente teve a
oportunidade de conversar com Galileu Galilei e outros pensadores e cientistas da
época. Em 1637, voltou à Inglaterra, mas a situação política, que anunciava a guerra
civil, o levou a abandonar seu país e a estabelecer-se em Paris em 1640. Hobbes
Morreu no dia 4 de Dezembro de 1679, com 91 anos com a causa de derrame
cerebral.
2.0 Modelo de Thomas Hobbes.
2.1 Contrato Social em Hobbes.
Hobbies constrói sua filosofia política em franca oposição à tradição filosófica
estabelecida que remonta Aristóteles.
Se o fundamento do pensamento político de Aristóteles era de considerar o
homem um ser social, zoom politikon, e, portanto, Hobbes inicia sua filosofia política
de um ponto exatamente ao contrário: o indivíduo é a base do seu pensamento. Contra
Aristóteles, Hobbes dirá que não é natural que cada homem tenha pôr fim a
associação com outros homens. Se assim o é, a vida social se revela aos homens
artificialmente. Somente um contrato, um pacto, enseja que os homens, que vive em
função de seus interesses sociais, passem a viver em conjunto.
O ânimo que leva os homens a realizarem um pacto para viverem em
sociedade, não é devido a boa vontade dos indivíduos. Não há um pendor que leve
os homens a se desenvolverem melhor estando em conjunto. Contra Aristóteles,
Hobbes dirá que a inclinação dos homens está voltada para a satisfação de seus
próprios interesses. Como a vida solitária gera preocupações fragilidade e medo,
porque não é possível sempre se defender sozinho de todos, então, por causa desse
medo, os homens se associam, para que seja mais difícil a sua destruição por outrem.
A discórdia da condição natural se dá em razão da competição, da
desconfiança e da gloria. A paz, resultante do contrato social, não se origina, por tanto
de um pendor para vida social, mas sim por conta do medo.
Associação entre os homens, assim, leva a uma renúncia em seus plenos
poderes em favor da paz. Com isso, não se reserva, e portanto se transfere, um direito
de todos a todas as coisas. Tal transferência acarreta o dever de se buscar,
firmemente, a paz social. Ocorrem que as pessoas não agem com constância ou
suficiência para alcançarem uma paz duradoura. Há discórdia, e, por isso, é
necessário mais que um pacto: é preciso transferir todo poder a um homem ou uma
assembleia, de tal modo que seja feita então uma só vontade e ela seja a vontade
única, levando a paz e a segurança.
Sendo assim, um pacto social, apenas resguardado na vontade comum dos
contratantes, não teria, para Hobbes o condão de unificar as vontades nem de
fornecer paz e segurança. É preciso transferir as vontades subjetivas ao estado, que,
com vontade única, age em todos os casos como se seus atos fossem os atos dos
indivíduos.
2.2 Direito Natural Hobbesiano.
Do mesmo modo que Hobbes é muito insólito e original no que se refere sua
filosofia
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