Exploradores de caverna
Por: PAULOCABRAL0707 • 2/10/2015 • Resenha • 1.110 Palavras (5 Páginas) • 268 Visualizações
Resenha
O Caso dos Exploradores de Cavernas
O livro O Caso dos Exploradores de Cavernas, conta a história de 5 espeleólogos que na realização de uma pesquisa, terminaram por chegar muito fundo em uma região de rochas , e por um acidente natural de deslizamento acabaram ficando presos em um buraco.
Como de costume, este tipo de trabalho de pesquisa, não exige de seus participantes que seja transportada grande quantidade de comida ou mantimentos, pois trata-se de um trabalho realizado por horas e posteriormente o retorno à superfície.
Pela demora do retorno às suas respectivas casas suas famílias solicitaram ajuda ao secretário da Sociedade dos exploradores, e o mesmo começou um trabalho de organizar profissionais especializados para o resgate dos exploradores, porém, mesmo com todo o empenho de profissionais gabaritados e de investimento em máquinas e dinheiro, além de pequenos deslizamentos, houve um novo desmoronamento de grande potencial destrutivo, resultando na morte de dez homens.
Passados 20 dias do ocorrido, houve a divulgação que os exploradores dispunham de um radio comunicador que lhes permitia atualização sobre as informações do sucesso ou não de seu resgate.
Por meio do comunicador, os exploradores em conversa com os envolvidos no resgate, receberam a informação de que seriam necessários ao menos dez dias para que os mesmos fossem libertados, e mesmo assim existia o risco de novos desmoronamentos, aumentando o número de dias soterrados.
Um dos integrantes dos exploradores questionou um dos médicos que ajudavam no resgate, através do rádio, se eles conseguiriam suportam mais dez dias na caverna, o médico respondeu que seria remota a possibilidade.
O mesmo integrante da equipe soterrada, Roger, perguntou ao médico, se haveria possibilidade de sobrevivência se eles eventualmente ingerissem a carne de um dos soterrados, momento em que o médico muito desconfortável, assumiu que seria possível.
Roger, que conduzia a triste conversa, perguntou se haveria alguma autoridade, médico, ou sacerdote, que pudesse ajudar no critério a ser utilizado para saber qual dos soterrados seria o primeiro a ser sacrificado e servir de alimento.
Os exploradores não receberam ajuda psicológica alguma para poder resolver tamanho problema, e houve um período de dias sem comunicação com o resgate, e os envolvidos no resgate acreditavam que as pilhas do radio não tinham mais carga.
Passados dias sem contato, o resgate conseguiu chegar ao ponto em que os pesquisadores estavam, e ficaram sabendo que o pesquisador que havia feito contato, Roger, havia servido como alimento aos outros quatro membros do grupo, pois teria sido sorteado para o sacrifício.
Assim que foram resgatados, os quatro foram condenados à forca, pois o crime de homicídio para aquela cidade recebia este tipo de punição.
Houve então um grande debate e muita controvérsia entre os juízes e mesmo o chefe do poder executivo. Pois dois dos juízes optaram em não participar do julgamento, uma vez que um deles não conseguia de forma justa, separar o emocional envolvido pelo fato, dos critérios legais a serem aplicados, uma vez que os homens haviam entrado em acordo sobre o que ocorreria dentro do profundo buraco. O outro juiz acreditava que no momento em que ocorreu o sacrifício do pesquisador, as leis que determinavam os critérios a serem adotados, eram as leis que a situação permitia, ou seja, os pesquisadores não estavam em estado de sociedade e sim, em estado natural.
Naquele momento, dentro do buraco em que se encontravam os soterrados, não havia como selecionar o que seria aceitável para manter os princípios morais ou legais para que fossem preservadas as vidas de todos, e o direito positivo pode ser aplicado dentro de uma sociedade onde a existência de homens é garantida e preservada por mecanismos que obrigam os demais a seguirem regras para que a sociedade seja harmônica, justa, e controlada, e no interior do buraco em que se encontravam, a única saída possível para os pesquisadores, ao menos naquela situação de incerteza, foi a de utilizarem o que tinham à seu alcance, que foi o instinto de sobrevivência , ou o direito natural.
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