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Fichamento Discurso sobre a desigualdade

Por:   •  26/4/2017  •  Trabalho acadêmico  •  2.414 Palavras (10 Páginas)  •  1.025 Visualizações

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Universidade Presbiteriana Mackenzie

Jean Jacques Rousseau

fICHAMENTO

Discurso Sobre a Origem e os Fundamentos da Desigualdade Entre os Homens

São Paulo

2017

Jean Jacques Rousseau

fichamento

Discurso Sobre a Origem e os Fundamentos da Desigualdade Entre os Homens

Trabalho apresentado à disciplina de Introduçao à Ciência Política, pela aluna Beatriz Barbosa (tia:31727425), 1S.

Prof. Márcia Alvim  

São Paulo

2017

No início da obra Rousseau concebe que exitem dois tipos de desigualdade na espécie humana:

  • Natural ou física: que seria no caso caracterizada pelas condições naturais do homem, sua anatomia, sua idade, sua alma.
  • Moral ou política: vem do convívio dos homens com os homens, consistindo nas diferenças criadas em acordo por eles mesmos, caracterizando-se pela superioridade dos ricos e poderosos em relação aos pobres.

 Após essas definições, o autor discorre brevemente sobre a dificuldade de caracterizar como o homem seria em seu estado de natureza e então apresenta o objetivo desse discurso que é descobrir a origem das diferenças que separam os homens selvagens dos homens civilizados. A paritir dessa breve introdução o autor divide o livro em duas partes que serão analisadas separadamente.

Primeira Parte

Rousseau inicia negando o naturalismo e a anatomia comparada como ferramentas para o estudo do homem, e deixa certos elementos de lado para chegar a conclusão que o homem era um animal que apropriando-se dos extintos dos demais animais e da natureza obtinha vantagem na sua subsistência.

O autor explica comparando com a sociedade espartana que a natureza fortalece os mais propensos a se fortalecer e leva ao perecer todos os outros, pois P.58”sendo o corpo o único instrumento que o homem selvagem conhece, é por ele empregado de diversos modos”  ou seja, o homem selvagem só possue o seu corpo como ferramenta para realizar tarefas, o que dá ao homem civilizado uma grande vantagem sendo que ele possue máquinas ao seu auxílio.

Em seguida, Rousseau faz uma análise comparando o homem selvagem ao animal, e diz que ambos são semelhantes pois um não teme o outro, já que o homem selvagem possue meios de se defender de animais ferozes, mas ambos temem o desconhecido. Logo após essa análise o autor discorre sobre certos males que aflingem o homem civilizado: as enfermidades naturais, a infância, a velhice e as doenças de toda a espécie, sendo este último petencente apenas aos homens  que convivem em sociedade.

Partindo-se desse último mal, o autor fala sobre a medicina e sobre como que o homem selvagem não necessita dela, e faz então uma importante reflexão de como nós mesmos (homens civilizados) causamos mais males do que os que a medicina pode curar, sendo esses os males sociais de desigualdade, excessos e etc. Porém os males que aflingem o homem selvagem muito menores em quantidade, sendo assim Rousseau afirma que P.62”por mais útil que possa ser entre nós a medicina bem administrada, será sempre certo que o selvagem doente, abandonado a si mesmo, nada espera senão da natureza e, em compensação, nada deve temer senão o seu mal, o que frequentemente torna sua situação preferível à nossa.”

Rousseau ainda continua a sua comparação do homem selvagem com os animais e fala então sobre uma espécie de “domesticação”, e usa exemplos de cavalos, gatos, que quando se dornam domésticos perdem as suas características e força naturais, o mesmo acontece com o homem selvagem quando se passa a viver em sociedade. Então outra comparação é feita que é a da capacidade de pensamento dos homens selvagens e animais, ambos são capazes de pensar quase que unicamente em duas ações: ataque e defesa, os demais pensamentos permanecem atrofiados e não ocorre incentivo de se deselvover.

Agora o autor faz uma análise do homem em seu aspecto metafísico e moral, ele perecebe cada animal como uma máquina que a natureza concedeu sentidos para se defender, e assim também seria a “máquina humana” exceto que ela consegue P.64”fazer sozinha a natureza nas operações do animal, enquanto o homem executa as suas como agente livre.”

P.64”Todo animal tem idéias, visto que tem sentidos; chega mesmo a combinar suas idéias até certo ponto e o homem, a esse respeito, só se diferencia da besta pela intensidade.”, com essa afirmação pode-se entender a visão de Rousseau sobre a racionalidade do homem selvagem (tendo como racionalidade o ato de pensar), a grande diferença do homem civilizado é que ele busca aperfeioar-se e se deixa influenciar por suas paixões, que são uma das coisas que trazem o entendimento humano, já para o homem selvagem essa capacidade é limitada P.65”Perceber e sentir será seu primeiro estado, que terá em comum com todos os outros animais; querer e não querer, desejar e temer, serão as primeiras e quase únicas operações de sua alma”. Sendo pela atividade das paixões que a razão se aperfeiçoa e estas encontrando sua origem nas necessidades humanas, faz com que o homem não consiga desenvolver sua racionalidade pois tem apenas necessidades simples já citadas no texto.

Rousseau então discorre sobre a linguagem, e como ela seria um grande passo para que o homem abandonasse seu estado de natureza. Para analizar como a linguagem é importante numa sociedada, principalmente para se criar um vínculo entre os indivíduos, o autor fala sobre as relações familiares do homem selvagem. Não se possue nenhuma estrutura familiar tal qual a que conhecemos hoje, pois os laços entre os homens no seu estado natural, são vazios, ocazionados pelo acaso, pela necessidade ou pelo desejo.

Ainda discorrendo sobre a linguagem, o autor examina as origens da mesma. P.70”A primeira língua do homem, a lingua mais universal, a mais enérgica e a única de que se necessitou antes de precisar-se persuadir homens reunidos, é o grito da natureza”, partindo-se disso, Rousseau vai revelando aos poucos o aprimoramento que a linguagem dos homens selvagens foi tomando, começão pelo grito da natureza, passando por sinais, inflexões de voz e jestos.

O autor entra então numa reflexão sobre a teoria da bondade ou da maldade dos homens selvagens. P.75”Parece, a princípio, que os homens nesse estado de natureza, não havendo entre eles espécie alguma de relação moral ou de deveres comuns, não poderiam ser nem bons nem maus, ou possuir vícios e virtudes”, sendo assim, Rousseau nega a versão de Hobbes que o homem é naturalmente mal, e ainda conclue que não se pode afirmar que os selvagens são mals pelo simples fato de que ele não sabem o que é ser bom.

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