Fichamento NASCIMENTO, Milton Meira do; “Rousseau: da servidão à liberdade”, em WEFFORT, Francisco (org.). Os Clássicos da Política, vol. 1. São Paulo: Ática, 1995, pp. 189-200.
Por: 36371578 • 2/6/2021 • Trabalho acadêmico • 625 Palavras (3 Páginas) • 582 Visualizações
Texto: NASCIMENTO, Milton Meira do; “Rousseau: da servidão à liberdade”, em WEFFORT, Francisco (org.). Os Clássicos da Política, vol. 1. São Paulo: Ática, 1995, pp. 189-200.
Rousseau foi ingressado na república das letras graças ao prêmio concedido pela Academia de Dijon, com o seguinte tema: ‘’ O restabelecimento das ciências e das artes teria contribuído para aprimorar os costumes? ’’, Rousseau respondeu á pergunta de forma negativa , ‘’ Se nossas ciências são inúteis no objeto que se propõe, são ainda mais perigosas pelos efeitos que produzem’’, um pensamento bem diferente dos demais pensadores daquela época, porém a crítica não significou um recusa a ciência. (Nascimento, p. 180)
A ciência que fosse praticada só por orgulho, busca de glória e da reputação, ao em vez de ser por amor, seria como uma caricatura da ciência, pois,’’ A verdadeira filosofia é a virtude, esta ciência sublime das almas simples, cujos princípios estão gravados em todos os corações.’’ , Na visão de Rousseau quase que já não se encontravam homens virtuosos, apenas alguns menos corrompidos, e que as ciências e as artes apesar de terem contribuído para a corrupção, também tem um papel importante na sociedade, que seria o de impedir que a corrupção seja ainda maior. (Nascimento, p.190)
Para Rousseau não tem problema criticar a ciência e a arte, e ao mesmo tempo falar sobre moral e política, pois mesmo que a ciência e as artes tenham feito mal a sociedade, ela é essencial. É possível ver essa colocação no ‘’Prefácio’’ de Narciso, se diferenciando assim de seus contemporâneos. Rousseau contou um pouco de sua vida em uma autobiografia denominada de As Confissões, pela sua condição social, o caminho a se percorrer seria mais difícil, mas mesmo diante de tudo isso, Rousseau teve fatos importantes ao longo de sua jornada, como em 1744, em que se tornou secretário da família Dupin em Paris, publicou importantes obras, como A nova Heloísa em 1760.
Eleito como o patrono da revolução, Rousseau se destacou por tratar de assuntos como o contrato social, a liberdade civil, entre outros, e ao descordar de algum ponto não poupava críticas a outros autores, como Hobbes por exemplo. No texto Contrato social, é possível entender melhor o pensamento colocado por Rousseau, onde ele declara que somente pelos vestígios deixados pelos homens, é difícil traçar uma história, e a partir desse entendimento, Rousseau afirma que, O Homem nasce livre e em toda parte encontra-se a ferros, e ao se perguntar como ocorreu a mudança da liberdade do homem para a servidão, ele chega à conclusão que o homem pode perder a liberdade natural, mas ganha a liberdade civil. (Nascimento , p.194)
Na visão de Rousseau, o homem deveria criar as leis, e ao mesmo tempo seguir essas leis criadas, formando uma conjugação perfeito de liberdade e obediência, resumidamente o povo só será livre quando poder elaborar suas leis com igualdade, e segui-las de modo que estão sendo submissos a eles mesmos. (Nascimento,p.196).
Tratando sobre a vontade e a representação, Rousseau ver que, o governo não deve ser o poder máximo, e sim um corpo administrativo do estado, tendo uma participação do povo, pois ao se ter representantes o povo não é mais livre, sendo preciso ter um estado soberano, porém limitado ao poder do povo, o Contrato social por fim se tornou o manual prático da política. (Nascimento, pp. 196 á 199).
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