O CONTRAPONTO À LIBERDADE DE INFORMAÇÃO NO BRASIL

O contraponto à liberdade de informação no Brasil

        Ao longo do processo de democratização do Brasil, o cidadão brasileiro conquistou vários direitos como, por exemplo, à liberdade de informação, principalmente após o surgimento das mídias sociais, em especial a TV que rapidamente se tornou parte da vida de grande parte da população com seus telejornais e teledramaturgia. Porém, como pontuou o professor Jacques A. Wainberg em seu artigo “mídia e violência: a luta contra a desatenção e a sonolência das massas”, não é a ficção que imita a realidade e sim o oposto, a vida está imitando a ficção.

        O papel principal da mídia é, ou ao menos deveria ser, investigar, analisar e repassar as informações que acontecem no dia a dia para os cidadãos, porém não se pode negar que grande parte da mídia propaga o terror, as notícias relacionadas aos crimes, desde assaltos a corrupção e terrorismo, são indiscutivelmente mais difundidas do que as relacionadas a temas menos polêmicos. Assim como a mídia é um meio de influência, artistas, músicos, líderes religiosos, intelectuais, entre outras pessoas públicas são grandes formadores de opinião, instigando muitas vezes que seus seguidores sigam seus ideais.

Essa opção sobre o que mostrar na televisão por parte da mídia esta diretamente relacionado a receita, é uma clara tentativa de alienar os espectadores afim de, influenciando seus comportamentos e vontades pelo que veem na TV, torna-los reféns dela, e assim aumentar seus lucros.

Desta maneira, é correto afirmar que a democratização foi um grande ganho à liberdade, inclusive a informação. Percebe-se, no entanto, a extrema necessidade de a população filtrar as informações que recebe da mídia, afim de ter autonomia para pensar por si próprios, e do outro lado ressalta-se a necessidade de os meios de comunicação e pessoas influentes reavaliarem a maneira como encaram o “poder” que possuem, esta na hora de mudar o foco da propagação do terror e do ódio para a divulgação da verdadeira realidade, que claramente não é tão terrível como a que é retratada por eles.