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O Capital: Crítica da economia política

Por:   •  17/10/2015  •  Trabalho acadêmico  •  2.581 Palavras (11 Páginas)  •  233 Visualizações

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  1. INTRODUÇÃO

O presente resumo da obra “O Capital: crítica da economia política”, de Karl Marx, tem como objetivo principal extrair as ideias centrais dos parágrafos, facilitando o entendimento dos conceitos e métodos utilizados por Marx.

  1. A MERCADORIA

Para Marx, a riqueza da sociedade capitalista dá-se como uma ‘’ imensa coleção de mercadorias’’, a mercadoria é, a forma elementar da sociedade burguesa moderna. Por este motivo o primeiro capítulo de “O Capital” começa pela mercadoria.

A mercadoria possui um duplo fator: Valor de uso e Valor (grandeza do valor). E, primeiramente, ela é um objeto externo, uma coisa. Por suas propriedades que satisfazem as necessidades humanas de qualquer tipo, seja do estômago ou da fantasia, são valores de uso, possuem utilidade.

  1. Os dois fatores da mercadoria: valor de uso e valor

O valor de uso é o conteúdo material da riqueza, seja qual for a formação social em que se viva. Depois que o homem começou a transformar a natureza, a partir de uma ação consciente, se produz valores de uso, como: machados, flechas, etc. Existem coisas que podem ser úteis e que são frutos do trabalho humano, mas não são mercadorias, um exemplo: o trigo produzido pelos camponeses na Idade Média que era entregue como tributo para o senhor feudal.

Na sociedade burguesa temos o valor de troca (onde valores de uso de uma espécie se trocam contra valores de uso de outra espécie, numa relação que muda constantemente no tempo e no espaço). E ainda como os valores de uso das mercadorias são de diferentes qualidades, elas só podem ter quantidades diferentes.

Como as mercadorias são frutos de um desgaste de cérebro, nervos mãos e sentidos do homem, a grandeza do valor contido nas mercadorias é medida pelo quantum de trabalho, que é a ‘’ substância constituidora de valor”, então o que gera valor é somente o trabalho, este, que é o fundamento da forma de valor.

Neste sentido, “o tempo de trabalho socialmente necessário para a produção de um valor de uso é o que determina a grandeza de seu valor”, “enquanto valores todas as mercadorias são apenas medidas determinadas de tempo de trabalho cristalizado” (MARX,1988, p.48)

Depois Marx analisa a força produtiva de trabalho, “a força produtiva de trabalho é determinada por meio de circunstâncias diversas, entre outras pelo grau médio de habilidade dos trabalhadores, o nível de desenvolvimento da ciência e sua aplicabilidade tecnológica, a combinação social do processo de produção, o volume e a eficácia dos meios de produção e as condições naturais” (MARX,1988, p.48).

  1. Duplo caráter do trabalho materializado na mercadoria

As mercadorias, primeiramente, apresentam-se de maneira dupla, como valor de uso e valor de troca. O que produz os valores de uso, o conteúdo material da riqueza social é o trabalho (a substância do valor), sendo a medida de grandeza do valor o tempo de trabalho empregado na mercadoria.

O trabalho de produzir valores é um trabalho útil, criador dos valores de uso, das condições de existência da humanidade, independentemente da forma de sociedade. Os valores de uso são de qualidades diferentes, do contrário não poderiam ser confrontadas como mercadorias. Então, somente há troca se os valores de uso forem diferentes, caso contrário não são mercadorias.

Importante ressaltar que o trabalho não é a única fonte dos valores de uso que produz riqueza material, existem utilidades que não são medidas pelo trabalho, como o solo virgem, os gramados naturas, matas, o próprio ar, etc.

Na questão do duplo caráter do trabalho, temos que, todo trabalho é, por um lado, o gasto de força de trabalho do homem no sentido fisiológico, e por isso o trabalho humano gera o valor da mercadoria. Todo o trabalho é, por outro lado, o gasto de trabalho do homem sob forma adequada a um fim, e por isso o trabalho concreto útil produz valores de uso. Exemplo: a tecelagem e a alfaiataria são trabalhos úteis diferentes, de qualidades distintas, trabalhos concretos, mas apesar de serem atividades diferentes são ambas dispêndio de cérebro, músculos, nervos, mãos, etc.

  1. A forma do valor ou o valor de troca

As mercadorias vêm em forma de valores de uso, como coisas “úteis”, ou sob forma de corpos de mercadorias, exemplo: ferro, trigo, etc. Antes de adquirirem valor, contém propriedades que satisfazem as necessidades humanas.

  1. FORMA SIMPLES, SINGULAR OU ACIDENTAL DO VALOR

Valor – Propriedade objetiva, extra-sensorial.

Mercadoria – Quantidade, trabalho abstrato, propriedade.

Valor de uso – Qualidade, trabalho concreto.

Produz utilidades. Trabalho qualitativamente diferenciado- Trata de duplo caráter de mercadoria e trabalho, onde o valor da mercadoria se apresenta num produto onde está incluso o trabalho.

  1. Os dois polos da expressão de valor: forma relativa do valor e forma equivalente

Marx compara uma mercadoria com outra, e essa comparação significa expressar o valor de uma na outra. Duas mercadorias diferente casaco e linho representam papéis distintos, já que o linho representa um papel ativo sob forma relativa de valor, enquanto o casaco tem um papel passivo como equivalente, o linho expressa seu valor no casaco. A forma relativa de valor e a forma equivalente pertencem uma á outra.

  1. A forma relativa de valor

As mercadorias como valor são meras gelatinas (cristalizações) de trabalho humano. Marx nos explica que o valor da mercadoria é o trabalho que nela está contido. Como valor de uso o casaco é diferente do linho, mas como valor é igual e um se parece com outro.

Determinação Quantitativa de forma de Valor Relativa

Toda mercadoria que deve ter seu valor expresso é um valor de uso. Por exemplo: 20 varas de linho = 1casaco, portanto 20 varas de linho têm tanto valor quanto 1 casaco e que tiveram o mesmo tempo de trabalho para serem 20 varas de linho e 1 casaco.

Que mude o Valor do linho, enquanto o Valor do casaco permanece constante

Marx faz uma observação interessante, se o valor do linho for alterado e o casaco não, isso quer dizer que o tempo de trabalho na produção do linho dobra, consequentemente aumenta seu valor, se antes 20 varas de linho = 1 casaco, agora 20 varas de linho = 2 casacos, mas se diminui o tempo de trabalho na produção do linho para melhorar os teares, cai o valor do linho pela metade.

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