O Consumo Exagerado E A Publicidade Enganosa Na Internet
Por: joicepacheco • 24/4/2017 • Trabalho acadêmico • 654 Palavras (3 Páginas) • 337 Visualizações
O Consumo Exagerado E A Publicidade Enganosa Na Internet
Hodiernamente percebe-se a grande variedade de lojas virtuais no mundo cibernético. Elas estão elencadas como uma ramificação extensa de estabelecimentos comerciais, já consolidados no mercado tradicional, que podem pertencer a um fabricante de produtos ( SONY, FIAT) , a um prestador de serviços (PUC, LATAM) , a um varejista comerciante (RENNER, CASAS BAHIA) e até mesmo a uma pessoa física (empresário individual). Sendo todos tratados paralelamente no art. 3° do CDC como fornecedores.
Por conseguinte, para atrair consumidores estes fornecedores acabam abusando da facilidade trazida pelo meio virtual. Usando de diversas e variadas maneiras de fazer o marketing das empresas. Um mero desenho ou nome, por exemplo, pode ser um atalho para o consumidor ser levado instantaneamente a pagina do fornecedor.
O spam, objeto de tantas reclamações consumeristas do dia a dia, é justamente a mensagem eletrônica não solicitada, o que pode ser enquadrado como pratica abusiva se causar danos ao consumidor, sejam, moral ou patrimonial.
São as variadas e sorrateiras técnicas que possibilitam um verdadeiro tráfico oculto de dados pessoais dos consumidores nas contratações eletrônicas, como os cookies, que, através de anúncios publicitários clicados pelo consumidor, armazenam informações sem sua permissão, de modo a possibilitar que os fornecedores o sigam no seu trajeto pelos sites, conhecendo assim, os perfis psicológicos dos usuários, suas condutas, gostos, preferências. Trata-se de um verdadeiro rastreamento eletrônico do internauta, que viola seus direitos a privacidade fixados na CF.
Assim, com tantos meios eficazes e menos custosos do que os físicos , os fornecedores exorbitam o uso destes recursos, invadindo todos os espaços possíveis da vida do consumidor. Muitas vezes, usando de anúncios exagerados e utópicos para induzir o consumidor a curiosidade e consequentemente a manipula-lo a adquirir determinado produto ou serviço.
O crescimento da cultura do consumo no meio digital provoca o aumento da vulnerabilidade do consumidor, sendo que, a publicidade eletrônica submete o internauta ao mundo de euforia, exaltação, ilusão que lhe promete a felicidade através do consumo exagerado.
O impacto social desse fenômeno é tão grande, que já se pode observar a mudança de foco da publicidade, que hoje é construída em cima da promessa de felicidade. O consumidor é explorado em seu aspecto mais íntimo e sensível, é seduzido de forma envolvente pelas novas tecnologias, que prometem fazê-lo superar limites, ganhar dinheiro, conquistar pessoas, ter status social, ser um verdadeiro “herói”.
As redes sociais, são outras grande colaboradoras para o crescimento da publicidade abusiva. O Facebook por exemplo, permite que sejam feitas divulgações e ate mesmo compras de produtos, criando grupos e comunidades para desenvolver tal feito. O que torna mais fácil ainda a manipulação psicológica contra os consumidores, pois ao criarem ou participarem de determinado grupo ou comunidade, estariam expondo seus perfis e preferências, podendo ajudar na manipulação do marketing das empresas, e por consequência serem induzidos cada vez mais ao consumo exacerbado.
Quando as redes socias colocam intencionalmente seus participantes como “fantoches” em uma vida “completa e feliz” obtida com o consumo, estão criando um ciberconsumidor mantido por uma necessidade insaciável de adquirir e consumir mais e mais, o que se soma a depreciação rápida dos produtos e serviços, transformando o consumidor em uma mercadoria, em uma engrenagem que sustenta o mercado econômico.
Constata-se, que a publicidade ilícita pode gerar sérios danos materiais e morais aos consumidores, violando seus direitos fundamentais como da privacidade e da intimidade.
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