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O Holocausto Brasileiro

Por:   •  12/5/2023  •  Resenha  •  491 Palavras (2 Páginas)  •  64 Visualizações

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ – UESPI CAMPUS DEP. JESUALDO CAVALCANTE [pic 1]

CURSO: BACHARELADO EM DIREITO

DISCIPLINA: PSICOLOGIA JURÍDICA

DISCENTE: SEBASTIANA DE SOUZA SILVA

DOCENTE: SAMARA KASSYA DE OLIVEIRA 

Corrente – Piauí, 05 DE MAIO DE 2023

O HOLOCAUSTO BRASILEIRO

O Holocausto brasileiro é um filme baseado na obra de mesmo nome da autora Daniela Arbex que retrata uma das maiores barbáries já acontecida no Brasil. Trata-se da história de milhares de pessoas com ou sem transtornos mentais que foram internadas em um hospital psiquiátrico também conhecido como “Colonia” fundado em 1903 na cidade de Barbacena-MG. Os internos eram mantidos em condições precárias (subumanas) acometidos ao frio, fome, nudez, doença, resultando na morte de milhares de pessoas que tiveram seus direitos infringido por mais de 8 décadas.

Esta terrível barbaridade vai contra nossa Carta Magna de 1988 que dá direitos e protege a vida do cidadão para que ninguém tenha seus direitos sucumbidos ou ignorados. A Constituição deixa claro a proteção aos direitos humanos, estabelecendo que todos tem direito à vida, à privacidade, à igualdade, à liberdade e outros importantes direitos fundamentais, sejam eles individuais ou coletivos, reprimindo também toda e qualquer forma de discriminação.

Desta forma, os indivíduos que ali foram deixados tiveram seus direitos constituídos violados, bem como um Estado omisso durante mais de 80 anos diante das tragédias vividas no colônia. Este episódio acabou sendo tratado na história como crime de genocídio.

Diante das atrocidades dos relatos, nota-se que os sujeitos sofreram crimes de tortura físicas e psicológicas, além de terem invalidados os direitos individuais, sociais, políticos, etc. Entretanto, é retratado durante a obra que cerca de 70% dos pacientes não sofriam de doenças mentais, alguns eram homossexuais, epiléticos, pessoas violentadas pelos patrões, adolescentes grávidas e todos aqueles que “incomodavam” a sociedade eram privados do convívio social e despejado naquele cruciante lugar sendo tratado como um depósito de pessoas rejeitadas socialmente.

Assim, os benefícios adquiridos através das leis, normas, regulamentos de nada servia para queles internos, uma vez que o Estado era negligente e “cego” para esta situação.

Sob a perspectiva dos direitos humanos, analisa-se um cenário de torturas, agressões psicológicas, agressões físicas, e desprezo pela humanidade, confere-se um total abandono aos direitos constitucionais e afronta aos direitos humanos. Sem qualquer amparo estatal, aos habitantes do Colônia não sobrou nem a identidade. (CASTILHO, et al., 2017)

Direitos fundamentais de todas as formas foram duramente desrespeitados e ignorados naquele manicômio, sequer a vida foi preservada, foram tratados como restos da sociedade, havendo uma infração extrema aos direitos humanos quando mortes eram provocadas por motivo fútil como comércio de cadáveres, caracterizando assim, como um grande atentado à Dignidade Humana.

Dentre todas as crueldades realizadas, a omissão talvez seja a forma mais subversiva, porque é silenciosa e permite que os danos/ prejuízos permaneçam por anos.

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