O Massacre de Munique
Por: Rodrigo Surckamp • 6/7/2018 • Dissertação • 1.124 Palavras (5 Páginas) • 187 Visualizações
Na madrugada do dia 5 de setembro de 1972, as 4:30 da manhã, oito terroristas palestinos escalaram as cercas da vila olímpica e entraram nos dois apartamentos ocupados pelos israelenses. Integrantes da Organização Setembro Nego, eles continham mochilas carregadas de armamentos pesados como granadas, fuzis de alto calibre e pistolas.
O arbitro de wrestling, acordou com o barulho e ao perceber a presença dos terroristas, alertou seus companheiros, tentando barrar a porta com um equipamento de ginástica. Um dos treinadores, fugiu pela janela e o outro tentou lutar contra os homens, sendo baleado na boca. Ferido na boca, Weinberg mentiu para os invasores dizendo que no segundo quarto não havia israelenses, guiando-os para o terceiro apartamento onde estava cheio de lutadores profissionais, que foram capturados. O treinador, atacou novamente os palestinos, deixando um inconsciente e outro ferido, sendo logo fatalmente baleado. Neste meio tempo, um dos lutadores fugiu até a garagem, e o outro, Yossef Romano, morreu após ferir um dos agressores. Ao todo, foram feitos noves reféns, presos em dois quartos.
Os invasores foram identificados como fedayins palestinos oriundos de campos de refugiados no Líbano, Síria e Jordânia. Eles eram: Luttif Afif (codinome Issa, era o líder do grupo), Yusuf Nazzal (Tony), Afif Ahmed Hamid (Paolo), Khalid Jamal (Salah), Ahmed Chic Thaa (Abu Halla), Mohammed Safady (Badran), Adnan Al-Gashey (Denawi) e Jamal Al-Gashey (Samir). De acordo com Simon Reeve, Afif, Nazzal e um dos seus camaradas haviam de fato trabalhado na vila olímpica e já estavam a semanas no local, inspecionando a região para o ataque. Nazzal já havia entrado no prédio onde os israelenses estavam menos de 24 horas antes do sequestro, mas ele foi identificado como um funcionário. Os outros terroristas vieram de trem e avião, usando passaportes falsos.
O sequestro imediatamente chamou a atenção da mídia internacional. Autoridades de Israel, Estados Unidos e até da Jordânia condenaram o atentado e pediram a libertação dos reféns. Os terroristas exigiram a libertação de 234 detentos palestinos presos em Israel. Também pediram a soltura dos alemães Andreas Baader e Ulrike Meinhof, membros da Fração do Exército Vermelho.
Os políticos israelenses afirmaram que não haveria negociações e não cederia as exigências dos terroristas. Israel também pediu autorização para o governo alemão para enviar suas forças especiais para a região, mas os alemães negaram. A situação era controversa, pois os reféns eram judeus, o que tornava tudo mais complicado para os políticos alemães.
Ao amanhecer, um grupo de agentes da polícia alemã se aproximaram do prédio pelo telhado. Porém, como todos os quartos tinham televisão, os palestinos viram a chegada dos policiais e exigiram sua retirada, que foi prontamente atendida para evitar retaliações contra os reféns.
Os terroristas então começaram a exigir um avião e helicópteros, o que foi atendido pelo governo alemão, que enviou dois modelos para transportar os reféns até a Base Aérea de Fürstenfeldbrück. Contudo, os alemães na verdade pretendiam emboscar os terroristas, que posicionou também atiradores de elite no caminho. O líder dos terroristas, Luttif Afif, insistiu para inspecionar o caminho entre o helicóptero e o apartamento antes dos reféns serem descarregados, o que acabou pegando a polícia de surpresa. Afif e outros terroristas que estavam acompanhados de três reféns acabaram percebendo uma movimentação estranha, o que os levaram a exigir um ônibus que os transportassem para os helicópteros. De acordo com seus próprios oficiais, os agentes alemães não estavam bem armados nem bem preparados para lidar com esses tipos de situação. De acordo com o chefe do serviço secreto israelense Mossad, Zvi Zamir, seus não haviam sequer sido consultados sobre os planos de emboscada alemão.
Um Boeing 747 foi então separado para os terroristas, que iriam inspecionar a aeronave antes que o resto do grupo entrasse. Os oficiais abordo do Boeing eram no entanto agentes alemães disfarçados, que tinham como plano matar os dois primeiros palestinos que entrassem no avião, para que então o restante do grupo terrorista fosse abatido pelos atiradores de elite do lado de fora.
Às 22:30 do dia 5 de setembro, os helicópteros posuram no aeroporto e quatro dos seis terroristas ficaram para trás guardando os
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