O Panorama Brasil

3.2 Panorama Brasil

A liberdade de expressão no Brasil vem crescendo há alguns anos, mesmo que a literatura brasileira há muito tempo não reflita o mundo em que vivemos. Há raríssimos livros sobre os conflitos interiores de quem sofreu o desencanto com o discurso da salvação pelo Estado, da nossa corrupção, do progressismo e da descrença que causa a desconsolação atual. Nossa literatura, de um modo geral, ainda só fala de ditadura militar, talvez pelo medo de expressarem opiniões a respeito de assuntos polêmicos como estes, mesmo que a lei garanta que façamos isto. Houve diversas formas de manifestações, aonde os cidadãos iam às ruas expressar os seus pensamentos e vontades, a maioria desses era contra as decisões do governo, como a Marcha dos 100 mil, em 1999 e a Revolta do Vintém, em 1878 e 1879 – que faz relação à Manifestação Contra os 20 Centavos, que ocorreu recentemente, em 2013.

No caso do humor, fazem piadas críticas, construtivas e às vezes estas acabam sendo ofensivas. A ofensa é determinada pela pessoa que foi atingida, ela sim pode dizer o que é ofensivo ou não. Existem piadas de mau gosto relacionadas à algumas pessoas, que acabam entrando na brincadeira e levam em consideração apenas o humor, como no caso dos EUA, onde o presidente Barack Obama enaltece programas de TV que fazem sátiras a respeito dele, inclusive participa e faz piadas de si mesmo. Os EUA, mesmo com toda a sua potência, têm seus altos e baixos com relação ao exercício da liberdade, como pode ser acompanhado no livro “Liberdade para ideias que odiamos”. Já outras pessoas se sentem ofendidas de alguma forma e recorrem imediatamente à medidas judiciais,. Porém a pessoa que ofendeu só será julgada se for provado que o que ela disse é errôneo e deverá indenizar o atingido por calúnias e injúrias, caso seja verídico. Neste caso, se encaixa perfeitamente a frase dita por John Stossel , “quando se ofender dá poder, as pessoas se ofendem mais facilmente”. Por essas e outras, há diversas discussões a respeito de limites para a liberdade de expressão no humor, não só no Brasil, mas em diversos países, como no Islã, que há uma extrema restrição, principalmente se o cidadão contrariar o sistema de governo, através de sátiras, opiniões e atitudes.

Um exemplo explícito de liberdade de expressão no Brasil é o apresentador, empresário e humorista, Danilo Gentili, que é contra a censura e se intitula “anti-estado”. A sua liberdade em expressar o que pensa, com críticas ao governo (que o levou a criar o primeiro stand-up político do país, o Politicamente Incorreto) e à sociedade em geral, tem gerado grande repercussão, não só nacional, mas internacionalmente.

“A democracia depende de uma sociedade civil educada e bem informada cujo acesso à informação lhe permite participar tão plenamente quanto possível na vida pública da sua sociedade e criticar funcionários do governo ou políticas insensatas e tirânicas. Os cidadãos e os seus representantes eleitos reconhecem que a democracia depende de acesso mais amplo possível a ideias, dados e opiniões não sujeitos a censura.”

Outra pauta bastante discutida a respeito desse tema é a homossexualidade, que não tem sido tão aceita pela sociedade e principalmente por alguns religiosos. Segundo a “Declaração de Princípios sobre a Tolerância”, documento