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O Que é Política?

Por:   •  3/1/2019  •  Artigo  •  1.199 Palavras (5 Páginas)  •  124 Visualizações

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O que é política?

Nascida na Alemanha, Johanna Arendt é considerada uma das pensadoras mais influentes no campo da política. Nasceu em 14 de outubro de 1906. Hannah teve que fugir do Nazismo em 1933, tornando se uma apátrida. E em 1951 tornou-se cidadã americana. Mesmo com a sua morte, aos 69 anos, Arendt deixou um legado muito grande sobre o pensamento político.

Para Arendt a política está fora do homem. Para ela, a política surge no intra-espaço e se estabelece como relação.  A autora apresenta duas razões para a filosofia  não se limitar em tentar encontrar o lugar onde surge a política. Uma das razões é na concepção monoteísta de Deus.  Como, para ela, nessa ideia o homem é imagem de Deus, esse homem torna-se uma reprodução de se mesmo.  E esse homem gera um estado natural de guerra de todos contra todos uma vez que, sua existência é sem sentido na criação da imagem da solidão de Deus.

Arendt apresenta uma solução ocidental para o que, para ela é um mito – a criação do homem a imagem da solidão de Deus – a solução é a transformação da política pela  história. Nesse caminho, de história mundial, a pluralidade do homem se dissolve em um homem singular, o que pode ser chamada de humanidade. No final, os acontecimentos da história se afirmam de forma plena e vigorosa dentro da política.

Dentro da política o homem pode se vir livre. Isso é: livre num campo; nem levado por se mesmo, nem dependente do material dado. Mas livre dentro do conceito intra da Política. Essa liberdade, de certa forma, é uma necessidade da história, o que para a autora é um absurdo. Segundo Hannah, o papel da política é construir um mundo tão transparente para a verdade, assim como a criação de Deus. Dentro desse conceito de que Deus criou o homem, o homem organiza o próprio homem à imagem da criação Divina. Essa ideia da criação do homem pode Deus, para a autora, está contida dentro da pluralidade. Ela destaca que em nada a política tem haver com isso. O papel da política, para Arendt, é organizar de antemão, as diversidades absolutas de “acordo com uma igualdade relativa”. E também manter em acordo as diferenças presente nos indivíduos.

Ainda dentro do assunto sobre “o que é política?”, Hannah, toca no tema sobre o preconceito dos homens com a política. Ela destaca que esse preconceito é resultado, primeiro daqueles que são mais esclarecidos sobre política e que geram uma antipatia por parte dos outros indivíduos. Segundo, o preconceito está ligado  ao medo do resultado futuro sobre o que a política pode trazer.

Pensar que a humanidade pode ser varrida da terra ou até mesmo a criação de um poder único onde só passa existir dominador e dominado, é utópico, na visão da autora. “Se entender por político o âmbito mundial no qual os homens se apresentam sobre tudo como atuantes, conferindo aos assuntos mundanos uma durabilidade que em geral não lhe é característico”, (Arendt). Dentro da política, o individuo se encontra  e podem gerar assuntos e defendê-los para que  ele possa mover se politicamente. E o homem foge da sua impotência podendo gerar assim opinião.

O livro “O que é Política” traz uma questão sobre, se a política ainda tem algum sentindo. Uma vez que ao longo da história se viu grandes desastres provocados justamente por ação política. O mundo assistiu no século XX a Segunda guerra Mundial que causou a morte de milhões de pessoas. Daí surge o questionamento sobre se a política tem ainda sua relevancia na sociedade. Mas qual o sentindo da Política? Arandt vai dizer que o sentido da política é a liberdade. Mas o que se assiste é a presença totalitária do estado e provocando vidas politizadas por completo. E ainda as desgraças que a política causou.

 Dentro totalidade de estado, a liberdade é totalmente absorvida. Surge outra pergunta: política e liberdade são compatíveis? A política, para a autora, deve trazer liberdade para o individuo, uma vez que a política não sobreviverá se o homem também não existir.  Dois pontos são cruciais para o surgimento da questão “se a política tem sentindo”. A primeira é as modernas destruição e a experiência totalitária de estado. Mas a coisa política existe para sustentar a vida em sociedade. A política não vive se não houver essa vida em sociedade.

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