ANALISE CRÍTICA DO LIVRO “O PRÍNCIPE” DE NICOLAU MAQUIAVEL
Por: josevenancio • 25/9/2019 • Resenha • 1.568 Palavras (7 Páginas) • 297 Visualizações
AMANDA APOLÔNIO CAMPOS
CAMILA VIEIRA E DIAS
JOSÉ VENÂNCIO FERREIRA DOS SANTOS
LOHANA CHRISTINA CHAVES XAVIER
MARCELA GOBIRA
SASKIA HELEN SILVA RODRIGUES
ANALISE CRÍTICA DO LIVRO “O PRÍNCIPE” DE NICOLAU MAQUIAVEL
TEOFILO OTONI – MG
2019
AMANDA APOLÔNIO CAMPOS
CAMILA VIEIRA E DIAS
JOSÉ VENÂNCIO FERREIRA DOS SANTOS
LOHANA CHRISTINA CHAVES XAVIER
MARCELA GOBIRA
SASKIA HELEN SILVA RODRIGUES
ANALISE CRÍTICA DO LIVRO “O PRÍNCIPE” DE NICOLAU MAQUIAVEL
Trabalho a ser apresentado a disciplina de introdução a ciência política e teoria geral do estado do curso de direito da universidade presidente Antônio Carlos.
Orientador: Emerson Barrack Cavalcante
TEOFILO OTONI – MG
2019
Analise crítica do livro “O príncipe” de Nicolau Maquiavel
O livro “O príncipe” de Nicolau Maquiavel, escrito em 1513, é um marco que revolucionou sua época e foi um propulsor daquilo que compreendemos nos dias atuais sobre a área das ciências políticas. A leitura e o estudo da obra têm como objetivo nos inserir nesse contexto, permitindo adquirir noções básicas da formação dos estados e de seus governos, além de fomentar um olhar crítico em relação àqueles que governam e como o fazem.
Ao escrever a obra, Maquiavel queria, dentro dos contextos e costumes daquela época, demonstrar como um governante deveria proceder para que fosse respeitado e conseguisse manter seu governo e seu poder dentro do território conquistado ou herdado (os principados). Sua obra, no entanto, acabou se perpetuando através do tempo, fazendo com que algo escrito em meados do século XVI ainda se faça atual no século XXI e seja aplicada até os dias de hoje, fato que se comprova quando observamos que políticos da atualidade fazem uso de práticas apontadas pelo autor como essenciais para a manutenção do governo, além de ser visível que várias das questões citadas por Maquiavel relacionadas ao poder estejam presentes nos estados atuais.
As questões abordadas pelo autor são fruto de uma observação cuidadosa e minuciosa acerca da sociedade. Segundo Maquiavel, a política precisa ser baseada em fatos reais, concretos e assim, observando a sociedade como ela é, e não como poderia ser. É tanto que em sua obra ela escreve o "manual" de como manter-se no poder através de análises e exposição sobre fatos ocorridos nos principados da época e de grandes fatos ocorridos na história.
Em seus primeiros capítulos, o livro evidência a forma de um manual para a conquista e manutenção do poder, onde se inicia com uma classificação dos tipos de principados, sendo estes hereditários ou novos. Os hereditários são aqueles afeiçoados a linhagem de um príncipe, que segundo o autor, possuem menos dificuldades para governa-los, pois basta que o príncipe seja dotado de uma ordinária capacidade para se manter, uma vez, que príncipe natural tem menos razoes e menos necessidades para ofender seu povo, o que faz com que ele seja mais amado. Já os principados novos, podem ser totalmente novos ou acrescidos ao estado hereditário que o conquista, e por sua, vez são onde residem as dificuldades, pois quem os conquista tem como inimigos todos aqueles a quem ofendeu para ocupar-se daquele principado, e levando em conta, que para conserva-los é preciso primeiro que a linhagem do antigo príncipe seja extinta, pois por mais temível que seja o usurpador, o príncipe de sangue, sempre poderá reclamar se posto. Fazendo-se necessário que aquele que conquista resida no território conquistado, para que quando surgir as desordens elas possam ser rapidamente reprimidas. E quando este estado já possui suas próprias leis e costumes, é preciso que esses sejam mantidos e criando em seu interior um governo sustentado por poucos e que o mantenham como um estado amigo.
O autor também julga prudente para um governante seguir os passos dos grandes homens e imitá-los em suas boas atitudes, relembrando sobre tudo, aqueles que se tornaram príncipes por virtude e não por sorte, pois aqueles que tiveram
sucesso não aproveitaram da sorte outra coisa senão a oportunidade de serem virtuosos. Pois segundo Maquiavel (1513, p.35) “aqueles que, como esses, por vias virtuosas se tornaram príncipes, conquistaram o principado com dificuldade, mas com facilidade o conservam”.
Maquiavel também expõe uma discussão sobre a análise militar do estado, onde reflete sobre os perigos, as dificuldades e a importância de ter um exército próprio como uma das bases de seu estado. Sendo os exércitos compostos de forças auxiliares, mistas ou próprias, ele destaca o perigo das forças auxiliares pois podem vir a trazer danos e dificuldades para o príncipe, pois em momentos de guerra ficara destruído caso perca ou ficar à mercê dessas tropas caso ganhe, devido ao grande valor que essas tropas obtêm pela vitória. Então o príncipe de ser prudente e fugir dessas tropas, fazendo-se valer por seu próprio exército, constituído por seus súditos e cidadãos, pois sem esse exército nenhum principado será seguro.
Um dos pontos chave da obra de Maquiavel, fala sobre as qualidades que um príncipe deve possuir. Ele enfatiza que um príncipe não precisa ser perfeito, ter todas as boas qualidades, mas é importante que pareça tê-las, para que com isso adquira o respeito e admiração de seus súditos.
Dentro deste cenário, Maquiavel faz uma reflexão sobre se o príncipe deve ser bom ou mau. Segundo ele o príncipe deve sempre procurar ser bondoso, mais também saber não o ser de acordo com a necessidade. Em outras palavras, ele argumenta que o príncipe deve ser bom, e usar da força apenas quando lhe for preciso. É provável que a partir desse contexto, através de analises de que o príncipe deve desenvolver características tidas como "não éticas", como a crueldade e hipocrisia, embora Maquiavel deixe claro que apenas se deva fazer o uso de tais atitudes em momentos oportunos, tenha surgido o pensamentos equivocados, de que para Maquiavel os fins justificam os meios, levando muitos a acreditar que para ele qualquer ação viria a se tornar correta para se alcançar aquilo que se deseja.
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