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Oficina de Leitura Violência Domestica

Por:   •  26/3/2023  •  Relatório de pesquisa  •  876 Palavras (4 Páginas)  •  140 Visualizações

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RELATÓRIO 1ª OFICINA DE LEITURA

Aluna: Ana Leticia Cardoso Ricarte

Matricula:201701245523

Campus Via Corpus

  1. Aponte as críticas à Teoria das Janelas Quebradas.

R- Inicialmente, vale relembrar o conceito da Teoria das Janelas Quebradas, a qual destinava-se a avaliar os impactos da medida de substituição das patrulhas motorizadas em bairros de Nova York. Algumas das críticas, desse primeiro momento, se dava quanto a mobilidade da polícia, alegando que dificultava a resposta dos chamados, foi também considerado um trabalho árduo. Assim, foi visto que a criminalidade permaneceu estática, sem diminuição, todavia, essa medida trazia uma sensação de segurança aos cidadãos e uma valorização aos policias.

A evolução dessa teoria, se apresentou com a introdução da política zero tolerance, onde reprimia firmemente as incivilidades públicas. Apesar da sua eficácia, houve criticas quanto a sua fundamentação, Robert J. Sampson, alega a fragilidade quanto a distinção entre desordem e crime, não existindo casualidade entre elas. C. R. Sridhar, jurista indiano, menciona que a redução nos índices de criminalidade não se deu unicamente por tal política, mas por uma conjunção de fatores que a possibilitou. Ademais, o francês Loïc Wacquant sustenta que a criminalidade diminuiu devido o aumento de policiamento e repressão penal.

Contudo, devemos ressaltar que a negligencia do Estado em casos de pequenos delitos poderá levar a sensação de impunidade e consequentemente tornar o ambiente favorável a práticas criminosas.

  1. Na página 10 (nota de rodapé 6) as autoras tecem comentários à obra “Casa & Rua”,

Damatta (1997) no qual se estabelece a diferença de comportamento adotada na casa e

na rua – relacione as considerações com a questão da violência doméstica contra a

mulher.

R- Estruturalmente, o espaço de atividades do homem e da mulher apresentam delimitações diferentes, ao homem é disposto o espaço publico e responsabilidade de prover a família, enquanto a mulher se limita as responsabilidades e administração do lar e educação da prole, mantendo-se amorosa e submissa.

A Obra “Casa e Rua”, retrata os comportamentos que adotamos em ambientes diferentes, onde na rua temos que nos limitar as regras sociais, nos adaptar ao ambiente que nos encontramos. Já em casa, temos liberdade, podemos fazer o que não se pode na rua.

Relacionamos a obra À violência domestica quando entendemos que, esses casos sempre foram tratados como questões privadas, de convivência conjugal, onde não se deve interferir a famosa frase - “em briga de marido e mulher, não se mete a colher” -. O encarceramento da mulher em seu lar, a torna refém e submissa as vontades daquele que é considerado sua família, justificando essas atrocidades como momentâneas, ou até mesmo uma compensação, repressão de suas falhas, estando sempre em um patamar abaixo desse.

Vale ressaltar que, segundo dados do IPEA, a grande maioria dos crimes cometidos contra homens são praticados nas ruas, enquanto as mulheres são violentadas e assassinadas dentro do contexto domestico

O ciclo da violência contra a mulher ocorre em etapas repetitivas, inicialmente de pequeno porte, mas quando não é interrompida evoluem para consequências irreversíveis. Escondida entres as paredes da casa, a vítima é exposta a represália, ameaças, violência psicológica, crimes considerados menores, até se transformarem em castigos e agressões físicas. Contudo, vivem com a promessa de melhorias até que todos os episódios se iniciam novamente. Visto de fora, são considerados uma família modelo, sempre feliz, mas escondendo as marcas que são deixadas em seu lar.

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