Os Narradores de Jave
Por: Fabiana Souza • 12/9/2020 • Resenha • 630 Palavras (3 Páginas) • 181 Visualizações
O filme “O Nome da Rosa” é baseado no livro de mesmo nome, do escritor italiano Umberto Eco, formado em filosofia e literatura pela Universidade de Turim, baseado em fatos históricos de 1327. O mesmo foi dirigido e adaptado por Jean-Jacques Annaud, lançado em 1986 e os gêneros do filme são: suspense, investigação e drama. A história do filme “O Nome da Rosa” é narrada no século XIV em 1327 na Itália, na baixa Idade Média. O filme traz um relato da vida cotidiana dos religiosos no século XIV. Evidenciando assim, o lado obscuro da Igreja Católica e seus mistérios, das formas de punição e torturas como: a Santa inquisição, morte na fogueira, autoflagelo entre outros.
A narrativa se desenvolve num monastério de ordem dos Beneditinos no norte da Itália medieval, demonstrando várias mortes misteriosas. Partindo da premissa de que assassinatos começam a ocorrer, o frade franciscano Guilherme William de Baskerville, homem de fé e da ciência, designado para fazer parte de um concílio do clero, começa a investigar crimes de heresia e para ajudar nessa busca pela verdade convoca seu discípulo franciscano Adso de Melk. Ambos começam a agir como detetives, a prestar atenção em cada detalhe no mosteiro e principalmente com relação aos atos da Igreja Católica.
No decorrer do tempo, vão tentando buscar soluções para os mistérios que percorrem a instituição religiosa, principalmente com relação às mortes que apresentavam características semelhantes, como língua e dedos roxos.
No mosteiro existia uma biblioteca na qual o personagem Jorge de Burgos era um abade místico e cego, considerado o guardião da mesma, que defendia uma leitura conservadora e bíblica.
Os dois franciscanos começaram a perceber que muitas das mortes estavam ligadas a essa fonte de saber, que a mesma guardava escrituras e livros perigosos, isto porque eram registrados ensinamentos da antiguidade que colocava contra a parede os dogmas da Igreja Católica. No decorrer do tempo, o inquisitor Bernardo Gui conclui que as mortes são obras de bruxaria e condenam o monge corcunda e a mulher a serem queimados na fogueira. A única personagem mulher do filme era abusada e vendia seu corpo para os religiosos em troca de alimento, é com ela que o jovem Adso se envolve.
E aos poucos os frades vão encontrando pistas no labirinto, que os levam ao descobrimento de quem é o responsável pelas mortes. No final do filme é desvendada toda a verdade que envolvia os mistérios no mosteiro e que os livros possuíam veneno e
principalmente as obras de Aristóteles por abordar a comédia e o Riso aos quais eram condenados pela Igreja Católica. Por fim, a biblioteca pega fogo e os franciscanos fogem.
Um ponto negativo que se percebe no filme são os abusos sexuais praticados pelos religiosos que nos faz ver como a crueldade estava camuflada por traz dessa instituição nesse período.
Um fato que chama atenção é o método cientifico utilizado por William, partindo do racionalismo ao qual ele pressupõe a razão como única forma de se chegar à verdade, o frade começa investigar, deduzir, questionar, levantar o problema e sugerir hipóteses para se chegar a uma conclusão. Nesse sentido, pode-se dizer que estamos diante do método hipotético- dedutivo. Ele utilizava também a lógica empirista, que se baseia no conhecimento obtido através da experiência,
...