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PETIÇÃO INICIAL

Por:   •  17/9/2018  •  Trabalho acadêmico  •  2.355 Palavras (10 Páginas)  •  212 Visualizações

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL  DE JUSTIÇA DO ESTADO DO CEARÁ.  

 

 

Processo  nº

         

ASSOCIAÇÃO DOS MORADORES UNIDOS  DE  CAICÓ , devidamente qualificada nos  autos  em   epigrafe da   AÇÃO  CÍVIL PÚBLICA, que move em face de GUARARAPES ADM. LTDA, inconformada com a r. sentença de fls. proferida, com  fundamento  nos  art. 102, III  da  Constituição  Federal, interpor RECURSO  EXTRAORDINÁRIO pelas razões anexas ;  Requer  seja  recebido  o  presente  recurso  no  seu regular   efeito  devolutivo (art.  542 ,  §  2 º   do  Código  de  Processo  Civil com   a  posterior  remessa ao Egrégio Supremo  Tribunal Federal.  Requer  a   juntada  da  inclusa  guia  de  preparo  devidamente recolhida.  

Nestes Termos,

Pede deferimento.

Caicó, .. de Março de 2018.

ADVOGADO

OAB/S P nº

EGRÉGIO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

 

Razões de Recurso Extraordinário

 

Recorrente: ASSOCIAÇÃO DOS  MORADORES  UNIDOS DE CAICÓ  

 

Recorrido: PREFEITURA  DO MUNICIPIO  DE  CAICÓ E GUARARAPES ADM LTDA  

 

Egrégio Tribunal

 

Colenda Câmara

 

I - DA TEMPESTIVIDADE E DO CABIMENTO

 

Acerca  da  te mp est ividade,  pe la  cóp ia  do  acórdão ,  pub licado  05/03 /2018  e confo r me  o   pra zo  ge ra l  estabe lec ido  no  ar t.1003,  §  5 °  do  C PC ,quinze  d ia s  a nt er io res  à  data  do  aj uiza me nto  des te  Rec urso  Extrao rd inár io,  se ndo  o  mes mo,  porta nto,  inte rposto  e m pra zo  háb il.  

         Sobre  o  preques t io na me nto  do  te ma,  req uis ito  ta mbé m  neces sár io  par a  a prec iação  do  pres e nte  rec urso  pe lo  Egré gio  Tr ib una l,  re sta  co mp ro vado,  por  odas  as  cóp ias  proce ss ua is  j untad as,  q ue  ho uve  preq ues t io na me nto  e  que  os  funda me ntos  da  dec isão  fo ra m e xc lus iva me nte co ns t it uc io na is.  

         Junta- se  o preparo do  rec urso  atra vés do reco lhi me nto da s c ust as.  

         Por  fim,  cabe  re ssa ltar  q ue,  co nfo r me  pre scre ve  o  §3º  do  artigo  102  da Constituicão  da  Rep úb lica, “  no  Rec urso  Ext raord inár io  o  recor re nte  d e verá  de mo nst rar  a  reperc ussão  gera l  d as  que stões  co ns t it uc io na is  d isc ut ida s  no  caso,  nos  te r mos  da  le i,  a fim  de  q ue  o  T r ib una l  e xa mine  a  ad mis são  do  rec urso,  so me nte  pode ndo  r ec usá - lo  pe la  ma nife stação  de do is  terços  de se us  me mbros ”,  o ca so e m te la e nvo lve q ues tões  a fet as a  uma  unive rsa lidade  de  lide s,  se ndo  q ue   a  dec isão  daq ui  pro latada  e ma na rá  se us   e fe itos  para a lé m do â mb ito  j ur íd ico das pa rtes  e nvo lvidas.

II – E XP OS I ÇÃO DO F A TO  E D O D IR EI TO  

A  As soc iaç ão  dos  Mor ador es  Unidos  de  C a icó  a  resp e ito  da  pre ser vação  da  r uína  C o loss e u,  pat r imô nio   histó r ico  e   c ultura l  da  c ida de  d e  C a icó.   A   Ass oc iação  a rro u  a  fa lta  de   c uidados   da  e mpr esa  resp o nsá ve l  pe la  ad min is tr ação  do   loc a l,   o  q ue  ge ro u d a nos  gra ves ao  pa tr imô nio.  

D ia nt e da  s it ua ção,  fo i ajuiza da p e la  A ssoc iaç ão  do s Mo rado res  U nidos  de Ca icó  uma  Aç ão  C ivil  P úb lic a  co nt ra  a  e mp res a  pr ivada  G U A RA R AP ES,  res po nsá ve l  pe la  ma nute nç ão  e  ad min is tra ção  do  loca l,  e  co ntr a  a  P re fe it ura  M unic ipa l  de  Ca icó,  q ue  ma nté m  co ntra to  p úb lico   co m  a  e mp re sa  pa ra  a  p rese r vaç ão  do   lo ca l.  A  Ação  obje t ivo u a  repa raçã o dos  da no s ca usado s à  r uína Co lo sse u, pe la  fa lta  de p rese r vaç ão e  cuidad os d e  ma nute nçã o do  loca l.  A  ação  fo i e xt inta  se m  reso luçã o de  mé r ito p e lo  j uiz  de  pr ime iro  gra u,  co m  funda me nto  no  a r t.  23  da  C o nst it uiçã o  Fede ra l,  e m  s upos ta  ile giti mid ade p ass iva das partes.

I nfe liz me nte,  e stá  eq uivoc ada  a  r.   S e nte nça  ( fls.  XXX)  p ro fer ida  pe lo Ma gist rado  de 1º   gra u de  j ur isd ição,  de ve nd o se r  re fo r mada p or  es te  E gré gio  Tr ib una l,  uma  ve z  q ue  o   j uiz  da   ca usa  e xt ingu iu  a  a ção  se m  r eso luçã o  de   mér ito,   po r  e nte nder  que as  par tes  q ue o c upa m o po lo p ass ivo d a aç ão sã o   ile gít i mas .  

A  funda me ntaç ão  ut ilizada  pe la  D e fe nso r ia  P úb lica  no   rec urso  de  ape lação  fo i baseada  na  repar t iç ão  co nst it uc io na l  de  co mpetê nc ias,  co m  espec ia l  fund a me nto  do  art.  30 da Carta q ue  tra ta da co mp etê nc ia dos  munic íp ios.  Entret a nto, ape sar d isso, a dec isão  jud ic ia l  se  ma nt e ve.  O   tr ib una l  de  J ustiça  do  Estado   do  C eará  pro fer iu  acórdão,  pub licada  e m  05/03 /2018,  ma nte ndo  o  e nte nd ime nto  exa rado  pe la  dec isão  a  q uo,  e interp reto u  os  d ispos itivo s  constit uc io na is  do  se nt ido  da  obr igator iedade  de   figurar  no polo  pa ss ivo  todo s  os  entes  re spo nsá ve is  pe la  pro teção  do  patr imô nio  histó r ico  e  cult ura l, U nião,  Est ado e M unic íp io.  

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