Psicologia Jurídica
Por: Irla Pires • 7/4/2015 • Resenha • 2.778 Palavras (12 Páginas) • 430 Visualizações
UNIVERSIDADE PAULISTA - CAMPUS FLAMBOYANT
CURSO DE DIREITO
I. PIRES
RESUMO DOS ASSUNTOS ABORDADOS NAS AULAS DE PSICOLOGIA JURÍDICA
GOIÂNIA - GO
2015
I.PIRES
RESUMO DOS ASSUNTOS ABORDADOS NAS AULAS DE PSICOLOGIA JURÍDICA
Trabalho apresentado como requisito parcial para aprovação no I semestre na disciplina Psicologia Jurídica, no curso de Direito, à Universidade Paulista-UNIP.
Orientadora: A. Rogéria.
GOIÂNIA - GO
2015
INTRODUÇÃO
A psicologia jurídica é uma área de estudo que compreende, além das analise do comportamento humano, a explicação de fenômenos psicológicos que incidem na conduta legal das pessoas. De acordo com Popolo (1996, p. 21), a psicologia jurídica refere-se ao “campo da psicologia que realiza análises de compreensão críticas sobre as ações humanas, de acordo com o judiciário”.
Entre os assuntos pertinentes a essa temática estão os conceitos de ciência, senso comum, subjetividade, consciente, inconsciente, áreas do saber, entre outros temas estudados pela Psicologia Jurídica. A compreensão desses aspectos é importante para o entendimento de determinados traços da cultura ou saberes, os quais circundam a humanidade.
O presente trabalho tem como objetivo explanar, resumidamente, sobre os temas abordados acima, descrevendo-os e relacionando com Psicologia Jurídica.
CONCEITOS INTRODUTÓRIOS
As diferenças entre:
- Psicologia: área de atuação do psicólogo, o qual estudou psicologia. Seu objeto de estudo é o comportamento, e tem como finalidade a eliminação de problemas psíquicos.
- Psiquiatria: área de atuação do médico, o qual se graduou em medicina. Seu objeto de estudo é a biologia e tem como finalidade a eliminação de sintomas através de medicamentos.
- Psicanálise: área onde atua o profissional psicanalista, sendo aquele que possui uma graduação. Seu objeto de estudo é o inconsciente e busca analisar causas através da fala.
As demais áreas, psicoterapia, paranormalidade e psicopedagogia, não se enquadram nas discursões acerca da psicologia jurídica, enquanto temas a serem estudados por tal disciplina.
Para as definições de consciente e inconsciente, de maneira sucinta, seriam, para o primeiro, o que pode ser observável, e para o segundo, refere-se aos sonhos, aos atos falhos e aos sintomas.
- A PSICOLOGIA OU AS PSICOLOGIAS
3.1. CIÊNCIA E SENSO COMUM
O termo “psicologia” é bastante utilizado no cotidiano de grande parte da população, com vários sentidos. Por exemplo, ao dizer que o vendedor utiliza do seu poder de persuasão no trabalho, supõe-se que ele usa de “psicologia” para vender seu produto. Essa argumentação faz parte do cotidiano das pessoas e é denominada psicologia do senso comum. O senso comum é o conhecimento da realidade e é circundado pela cultura e tradição.
Ainda que esse conhecimento tenha sido adquirido ao longo da vida por observações de mundo, e que não seja embasado em métodos ou conclusões científicas, não deixa de ser uma psicologia. Pode-se concluir que o homem, normalmente, possui um domínio, mesmo que superficial, de saberes acumulados pela psicologia científica, de forma que tem capacidade para explicar ou compreender os problemas cotidianos, numa perspectiva psicológica.
3.1.1. Senso Comum: uma visão-de-mundo
O senso comum se apropria dos conhecimentos produzidos pelas outras esferas do saber humano, de forma que mistura e reutiliza esses saberes, os quais são mais especializados, e os compactam em uma teoria simplificada, produzindo uma visão-de-mundo. Ele tem a capacidade de integrar, ainda que precário, o conhecimento do homem.
O tempo para que o conhecimento sofisticado e especializado seja absorvido pelo senso comum é mais demorado e não é total. Usar expressões como “ficar neurótico”, ou “psicológico abalado”, é utilizar termos da Psicologia científica, entretanto, sem a preocupação de definir as palavras.
3.1.2. Áreas do Conhecimento
Com a ascendência cada vez mais efetiva do homem na Terra, apenas o conhecimento intuitivo não seria suficiente para que ele dominasse a natureza a favor de seus benefícios.
Entretanto, ciência e senso comum não correspondem às únicas formas de conhecimento utilizadas para entender a realidade humana. Existem outros domínios do saber, tais como a filosofia, a arte e a religião, de forma que o conhecimento não deve ser restringido apenas no âmbito do senso comum e da ciência.
3.2. A PSICOLOGIA CIENTÍFICA
3.2.1. O que é Ciência
O conjunto de conhecimentos referentes à realidade, expressos por uma linguagem precisa, rigorosa, técnica e métodos específicos que podem ser repetidos e comprovados, é denominado ciência. Tais conhecimentos são obtidos de forma programada, sistemática e controlada para que seja constatada sua validade.
O objetivo de várias áreas da ciência é conhecer exatamente como determinado conteúdo foi construído, para que haja a possibilidade de reproduzir a experiência. Portanto, o saber tem a capacidade de ser transmitido, verificado, utilizado e desenvolvido. Novos conhecimentos são produzidos a partir de algo desenvolvido anteriormente. Isso possibilita a continuação da produção científica.
Uma característica fundamental da ciência é a objetividade. Para que seja válida, suas conclusões devem ser passíveis de verificação e isentas de emoção. Todos esses aspectos citados acima é o que se denomina científico, e fazem da ciência fazem uma forma de conhecimento que sobressai o senso comum.
3.2.2. Objeto de Estudo da Psicologia
Para que um conhecimento seja considerado científico, é necessário que possua um objeto específico de estudo. De forma abrangente, a psicologia, assim como todas as ciências humanas, estuda o homem. Mais especificamente, segundo os psicólogos comportamentalistas, o objeto de estudo da psicologia é o comportamento humano. Para os psicólogos psicanalistas, o objeto de estudo seria o inconsciente.
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