RELIGIOSIDADE NO CONTEXTO SOCIAL
Por: Ana_Paim • 22/10/2016 • Trabalho acadêmico • 2.477 Palavras (10 Páginas) • 603 Visualizações
DELIMITAÇÃO DO PROBLEMA
A religiosidade é uma forma de viver ligado com Deus, de forma que essa ligação conduza o indivíduo a uma boa convivência. Ter uma religião é fácil, basta frequentar os rituais religiosos. Ser um religioso é mais complicado, por que diz respeito a um caminho de crescimento, tolerância, no respeito, na honestidade e no verdadeiro amor com Deus. PEREIRA, Daniela Martins.
O presente trabalho aborda o tema Experiência Religiosa da Fé e o Desenvolvimento Humano, dentro do âmbito social. Partindo desse referencial, esse trabalho propõe uma discussão entre os autores que abordam a questão da experiência religiosa.
O trabalho que será apresentado demonstra que podem existir relações entre a Psicologia, a saúde, a mídia, a cultura e todos os outros aspectos sócias com a Experiência Religiosa, pois uma vez que as vivências envolvem os aspectos mais intensos e extremos do indivíduo, esse ao ser envolvido com a religiosidade, passa por vivências que englobam os sentimentos, despertam emoções, modificando algo que poderá permitir novas experiências tendo a fé como facilitador na busca de melhores condições de vida. Apresentando a ideia de que religião é o meio pelo qual o indivíduo procura entrar em contato com a divindade e a falta de religiosidade tem trazido graves consequências para sociedade, ao invés de surgir os valores encarnados pela espiritualidade como o amor, a solidariedade, alegria, celebração, com a falta de espiritualidade prevalece nos relacionamentos o valores ditados pela sociedade, como a violência, esperteza, competição.
REFERENCIAL TEÓRICO
A religião é o meio pelo qual o homem busca respostas para suas perguntas sobrenaturais e transcendentes. Quando se afirma que a religião é um produto social, dizemos que a construção humana está ligada aos costumes religiosos.
Observa-se que são muitas as práticas religiosas e os costumes religiosos nas mais diferentes sociedades. A religião influencia na vida dos indivíduos a partir do momento em que procura entender as implicações com todas as dimensões da vida humana.
Segundo Houtart, a sociedade atual está marcada pela frieza das religiosas, ou seja o número de pessoas que não segue nenhuma religião está aumentando, o que acarreta a perda de valores, o que é uma problemática social.
As iniciativas sociais e religiosas são importantes, para que o indivíduo retome os valores perdido pela falta de religião, com sabe nisso, podemos afirmar que a religião é um produto social que constantemente influência a vida dos seres humanos. Daí, ressaltamos a importância do papel da religião na sociedade, pois além de regular a conduta humana, implica a fé nos diversos âmbitos da vida e sociedade.
O comportamento humano religioso na visão psicológica, torna-se um facilitador nos diferentes âmbitos da sociedade que a religião influencia buscando na fé a promoção de uma vida melhor.
O assunto da religiosidade tem encontrado espaço para discussões no campo da psicologia. Teóricos de diversas correntes da psicologia abordam o tema, pois a vivência religiosa é algo presente na vida de um relevante número de pessoas, mas, cada uma com sua experiência em particular.
A partir da fé religiosa existe a possibilidade de tal experiência influenciar na construção e na transformação da subjetividade do ser humano. As relações entre a Psicologia e a Experiência Religiosa são interligadas, pois uma vez que as vivências envolvem os aspectos psicológicos do indivíduo, e esse indivíduo ao ser envolvido com a religiosidade, passa por vivências que englobam os sentimentos, despertam emoções, modificando algo que poderá permitir novas experiências de vida.
A fé conforme averiguado em estudos, pode vir a ser também um facilitador na busca da promoção da saúde interferindo positivamente para uma vida mais amena, sendo uma forma de confortar-se diante de um possível mal, pois de acordo com alguns autores, a pessoa ao se refugiar em algo que vai além de suas capacidades e limitações, isto é, um ser divino, ela procura atingir seus objetivos e até mesmo alcançar benefícios ao que se refere a promoção da saúde.
Trazemos também neste trabalho uma reflexão sobre as perspectivas da Religião na Mídia e História Cultural, trazendo a identidade religiosa do ser humano.
As religiões evangélicas vêm se destacando no campo religioso brasileiro desde a segunda metade do século XX, em especial desde a década de 80, com o crescimento das igrejas neopentecostais.
Uma das razões fundamentais para esse crescimento está no uso intensivo da mídia eletrônica e impressa por parte de muitos desses grupos. A nova forma de evangelizar através da TV, da Internet, Rádio e etc., vem revolucionando e arrebatando cada vez mais fiéis para as igrejas que cada vez mais estão lotadas de pessoas buscando encontrar Deus através de pregações, cultos, louvores entre outras manifestações religiosas. Assim vem alcançando na sociedade brasileira seu espaço, influenciando na definição de uma religiosidade mais autônoma.
O trabalho religioso exercido pelos féis vem conferindo sua essência religiosa. Como expressão radical de valor, o autêntico carisma, é o oposto de toda racionalidade econômica ou burocrática, não visa o lucro e ignora as regras visando o bem estar das pessoas consigo mesmas e com o próximo.
As religiões estão se dedicando ao máximo na evangelização na mídia e História Cultural, é necessário que o esforço de compreender as condições e experiências de vida como também a ação política da população seja acompanhado por uma maior clareza das suas representações e visões de mundo.
A religiosidade possui um papel fundamental principalmente no tratamento de doenças crônicas e severas. Os pacientes são beneficiados pela prática religiosa, e em especial nos períodos que estão sujeitos a mudanças sociais e psicológicas geradas das condições oriundas pela patologia. A religião é claramente identificada como um fator protetor ao uso de drogas, tanto no Brasil quanto no exterior. Podemos notar um maior consumo de álcool entre os estudantes com uma menor crença em Deus e menor frequência em cultos religiosos.
A religiosidade, expressa pela prática de uma religião, o retardamento do primeiro uso do álcool, também influenciando a menor frequência posterior do seu consumo. A relação entre o alcoolismo e as diversas atividades religiosas, podemos constatar que as pessoas que frequentam a Igreja regularmente e eram engajadas em preces e leituras da Bíblia apresentavam índices significativamente menores de alcoolismo.
É possível notar diferenças significativas na postura perante o consumo de drogas, em especial ao álcool, de acordo com a religião professada. Houve uma verificação onde os católicos e os protestantes liberais apresentavam mais problemas relacionados com o consumo de álcool do que os protestantes conservadores (batistas e metodistas).
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