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RESUMO DO LIVRO ANTÍGONA SOB O PONTO DE VISTA DOS DIREITOS HUMANOS

Por:   •  1/12/2020  •  Relatório de pesquisa  •  875 Palavras (4 Páginas)  •  504 Visualizações

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RESUMO DO LIVRO ANTÍGONA SOB O PONTO DE VISTA DOS DIREITOS HUMANOS

Conforme foi estudado ao decorre das aulas de Direitos Humanos, na quarta-feira, ministrado pelo professor Marcelo Cavalcante, soubemos que a proteção da dignidade da pessoa humana conquistou sua visibilidade depois da segunda guerra mundial, com o advento da Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948, valendo ressaltar que mesmo já possuindo pontuações em alguns registros. E por conta disto, percebemos que ao decorrer da vida, via-se uma busca pelas ideias de valor da pessoa. E o livro em questão demonstra muito a luta pelos direitos humanos, onde há a perda de uma vida para que uma já morta tenha direito a uma sepultura, mesmo isso sendo contra a vontade de clima um rei.

O livro Antígona tem seu início dissertando sobre a tragédia, a política e a filosofia, começa explicando sobre como a pólis grega é organizada em torno de práticas rituais que são, ao mesmo tempo, gestos religiosos, sociais, que por exemplo, ritos de passagem da infância para a vida adulta, e sobre os políticos.

A tragédia nasceu quando os gregos começaram a olhar a lenda heroica com os olhos do cidadão, tragédia essa que põe em cena um fundo lendário muito antigo, plasmado em ciclos míticos relatando episódios ligados à fundação das cidades, isto é, da civilização humana, e às vicissitudes das suas linhagens.

Estes mitos milenares foram transmitidos de geração em geração pela tradição oral, isto é, uma espécie de educação pela narrativa, que transmite os valores e regras fundamentais da sociabilidade. Eis o porquê os cultos, intimamente ligados aos mitos, são a própria manifestação da vida pública que, por sua vez, fornece o fundamento às instituições da cidade.

A história começa com Antígona, Ismênia, Etéocles e Polinices que são filhos de Édipo e Jocasta. A narrativa de Édipo é imprescindível para compreendermos a de Antígona. Na versão contada por Sófocles, Édipo torna-se rei depois de assassinar o rei, Laio, que era seu pai, mas ele não sabia disso. O crime ocorre logo após Édipo descobrir o mistério da Esfinge e eliminá-la. Por encargo disso, ele é cultuado como herói e assume o lugar do rei que foi morto por ele, porém ninguém sabia quem havia infringido a morte ao seu rei, Édipo igualmente ignorava que tivesse matado o rei, portanto, Édipo, sem saber, casou com sua mãe, e com ela teve quatro filhos Quando ele fica sabendo dessa confusão toda, decide perfurar seus olhos, e Jocasta se mata. É mais ou menos por aí que termina a história narrada em “Édipo Rei”.

Mas, de certa forma, parece que a família toda estava condenada a sofrer com o desastre. Os filhos de Édipo, Etéocles e Polinices, se envolvem em um combate, lutando em lados opostos, e no final os dois se matam ao mesmo tempo. Com o sumiço de Édipo e de seus dois filhos, o próximo na linha para assumir o trono é Creonte, irmão de Jocasta. Creonte torna-se rei, e um de seus primeiros editos proíbe que Polinices tenha direito a uma sepultura. Antígona, irmã dos dois rapazes, filha de Édipo e sobrinha de Creonte se revolta, e decide defender o direito de o irmão ser enterrado. Para ela, a lei divina estaria acima da lei do homem. Creonte, que, contudo, além de ser rei, era tio de Antígona, não perdoa a sobrinha e condena-a por violar a ordem real.

Posto que os direitos humanos não são ditados como “leis divinas”, eles estariam supra da determinação de um rei. Ao defender o direito de o irmão ter um enterro digno, Antígona estava defendendo o direito de um homem de ser enterrado, não obstante da realidade de uma lei real em sentido contrário. Ela estava afirmando a existência de direitos essenciais, que estariam acima de qualquer ordenamento jurídico, direitos esses que deveriam ser respeitados independentemente do que disse-se independente de quem quer que se oponha a isto, salvo guardado pela força divina, e é nisto que se pauta atualmente os direitos humanos. A essência humana se sobrepõe às criações culturais que dela derivam, e alguns direitos básicos precisam estar assegurados mesmo a despeito do que manda a lei.

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