Resenha crítica da obra O processo de Franz Kafta
Por: Maria Rita Prado • 8/6/2017 • Resenha • 1.815 Palavras (8 Páginas) • 458 Visualizações
FACULDADE DE TALENTOS HUMANOS – FACTHUS
MARIA RITA DE CASSIA PRADO
ANÁLISE E RESENHA DA OBRA “ESTAÇÃO CARANDIRU”
UBERABA, MG
2016
MARIA RITA DE CASSIA PRADO
ANÁLISE E RESENHA DA OBRA “ ESTAÇÃO CARANDIRU’
Resenha apresentado à Faculdade de Talentos Humanos – FACTHUS, como requisito parcial para avaliação de Direito Processual Penal II.
Professor: Glauco Marciliano
UBERABA, MG
2016
Sumário
1. INTRODUÇÃO 4
2. Do Autor 4
3. Contexto histórico da obra 5
4. Resenha da Obra 5
5. Do Principio da Dignidade Humana 7
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS 8
1. INTRODUÇÃO
A obra escrita por Drauzio Varella, narra os fatos ocorridos durante a vida carcerária dos residentes na Casa de Detenção São Paulo. As desventuras de cada um deles é contado de modo particular, não pela visão de um médico, mas sim de alguém compadecido com a situação crítica da instituição como influência na vida de cada indivíduo.
Com esse desenrolar da narrativa, é apresentado a arquitetura do presídio para que o interlocutor consiga se situar, e ao desenvolver o narrador vai introduzindo os personagens e as dificuldades passadas por eles, finalizando com o Massacre do Carandiru em 1992.
2. Do Autor
Antônio Drauzio Varella, conhecido popularmente como Drauzio Varella, nasceu em 1943, e no início da década 1970 iniciou seus estudos na Universidade de São Paulo (USP). Assim que graduou, atuou como professor em diversas faculdades, inclusive dentro e fora do Brasil.
Com especialização nas áreas de oncologia e infectologia, teve seu trabalho divulgado por sua atuação em programas de televisão e rádio esclarecendo dúvidas e informando a população sobre as moléstias ocorrentes. No final da década de 1980 desenvolveu um projeto de trabalho na Casa de Detenção São Paulo, a fim de averiguar a frequência de casos de HIV e auxiliar os detentos a reabilitarem sua saúde e evitar a propagação do vírus.
Tal projeto culminou no lançamento do livro Estação Carandiru, obra em análise no presente trabalho. Além disso, escreveu outras obras que o fizeram alcançar prêmios em diversas feiras de livros. Atualmente, atua como pesquisador procurando na Amazônia extratos que possam oferecer cura às mais diversas doenças.
3. Contexto histórico da obra
A obra fora publicada em 1999, um ano que marcaria diversas transformações, e que anseia um novo século de tecnologias, contudo não adiantava evoluir sem analisar os desídios humanos. O texto do Dr. Drauzio Varella conta uma década de histórias entre ele e os encarcerados. Abordando temas emergente à época e polêmicos tal qual o HIV e sua transmissão, bem como os transgêneros e relações homoafetivas.
Além do mais, a obra fora publicada após o Massacre do Carandiru, fato que deixou a Casa conhecida internacionalmente pelas condições indignas de vida levada pelos indivíduos que lá habitavam, e antes porém, dos julgamentos e da decisão que fechou tal presídio. Ou seja, a primeira edição foi como um meio de acesso da população às histórias que ocorriam lá e que não eram divulgadas na mídia, ajudando a mostrar a realidade do carcere privado e as condições das instituições para cumprimento de penas brasileiras.
4. Resenha da Obra
A obra é originária do projeto do Dr. Drauzio Varella iniciado nos anos 1989, no qual ele iniciou um trabalho voluntário na Casa de Detenção São Paulo, a fim de erradicar os casos de Aids nos presídios brasileiros. Esse projeto durou até 2000, quando o presídio fora fechada, contudo a obra fora feita em 1999.
Nos capítulos iniciais, se tem um texto de característica descritiva, localizando o interlocutor no espaço físico da Casa. Descrevendo taxativa e detalhamento cada um nove pavilhões e seus andares, os presos que neles habitam e as regras especiais criadas dentro da prisão e que exigem cumprimento meticuloso. Ele analisa o comportamento social desse grupo social em especifico, que vai além da formação de uma nova cultura ao desenvolvimento de punições violentas para quem não se encaixa.
Cada pavilhão tem seus presos específicos, formando um grupo social diferente. O Pavilhão 5 é o mais abarrotado, no qual vai a maior parte dos presidiários. O último é para os grupos evangélicos. O 4 para presos universitários em celas individuais. Os reincidentes no oito e primários no nove. Não que se falar em misturar. A segregação é lei de vida ou morte, um presidiário que se mistura pode morrer facilmente ao ser atacado por outros grupos.
A planta do prédio fora planejada pra acolher 2 mil detentos, com superlotação em 3225, contudo, no incio da década de 90, eram mais de 7 mil. Ratos, drogas, tentativas mirabolantes de fuga e doenças se espalhavam com uma velocidade incrível dentro dos corredores. Além do mais, o surgimento do crack e sua fácil fabricação se tornou uma epidemia, na qual nenhum médico conseguia controlar. A falta de equipamentos na enfermaria e de profissionais faziam com que os detentos sofressem com doenças e procedimentos inadequados, padecendo até o fim com muito sofrimento.
Contudo, apesar desse número exagerado de pessoas, que tornavam a Carandiru, assim denominada por estar situado no bairro homônimo, se tornasse um depósito humano com uma rotina extremamente respeitada. Os presos responsáveis pela faxina eram escolhidos pelos próprios detentos, e às sextas-feiras começam a organizar tudo meticulosamente para que os familiares pudessem fazer visitas aos que lá estavam.
Nos meados de 1980, a visita intima fora permitida, o que fazia com que os casos de Aids aumentavam constantemente, Dr. Drauzio e sua equipe começaram um trabalho extensivo de conscientização quanto a transmissão do vírus e a necessidade de utilizar preservativos. Os fatores de riscos principais eram a droga injetável compartilhada e o sexo com parceiros do mesmo sexo sem qualquer proteção, além do mais o principal grupo de risco eram os travestis.
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