Resenha crítica sobre o caso jurídico narrado no filme “O homem que fazia chover” em suas nuances de Responsabilidade Civil
Por: Juline Freitas • 22/8/2018 • Resenha • 1.144 Palavras (5 Páginas) • 690 Visualizações
Resenha crítica sobre o caso jurídico narrado no filme “O homem que fazia chover” em suas nuances de Responsabilidade Civil
Retrata a história de um jovem recém-formado em Direito e que acaba de ser aprovado no exame da ordem, chamado Rudy Baylor que encontra dificuldades em exercer sua profissão. Podemos dizer que isto é fato corriqueiro. Em um mundo onde a falta de ética predomina, manter o bom caráter e ser respeitado na falta de experiência e habilidade profissional se faz raridade. A única oportunidade imediata que surge é em uma firma de má reputação, que só visa o lucro. Seu chefe deu uma oportunidade de parceria com um advogado no qual não consegue nem passar no exame da ordem e advoga sem carteira, ou seja, de forma ilegal. O jovem logo começa a advogar em dois casos: seu primeiro caso é de um testamento de uma velhinha, no qual acaba tornando sua amiga e aluga um apartamento para ele, e seu segundo caso e principal é defender um rapaz, chamado Donny Black no qual tinha Leucemia e processa uma seguradora no qual recusou a pagar o tratamento do jovem, e antes mesmo de começar o processo, o jovem morre. No meio de todo esse conflito surge uma moça casada, Kelly Riker, cujo o marido à espanca. Rudy junto com seu parceiro resolve então formar uma sociedade e sair da firma de má reputação, eles dão continuidade no processo contra a seguradora a qual tenta dificultar ao máximo a junção de provas e de testemunhas neste caso, mesmo assim o inexperiente e jovem Rudy consegue desmascarar a companhia de seguros, mostrando como funcionava todo o esquema de corrupção dentro da empresa. Foi um processo trabalhoso mais no final Rudy consegue conquistar toda a bancada do júri e ganhar à causa, levando a seguradora à falência.
O filme “O homem que fazia chover” traz várias situações que estão em desacordo não só com a ética, mas também com o cometimento de infrações gravíssimas. Esse recém-formado acaba cometendo erros que, para o Código de Ética e disciplina da OAB são inaceitáveis, pois no início do filme, aparece Rudy chegando a uma audiência da seguradora e ele tinha acabado de ser aprovado no exame da ordem, porém não estava hábil. Mesmo assim se explicou ao juiz e conseguiu a autorização para continuar no caso. No Brasil isso não teria acontecido, pois no Art. 8º do Estatuto da Advocacia e da OAB, Lei 8.906/1994 estão os requisitos para que o profissional esteja devidamente inscrito e prestar compromisso perante ao conselho.
Dentro dos acontecimentos acima citados e entre outros, podemos perceber a ocorrência de varias situações inusitadas e o dilema da profissão de advogado. Os princípios norteadores da profissão estão presentes a todo o momento no filme, tanto no contexto profissional, como no pessoal.
O autor mostra com clareza os ideais e princípios da advocacia, dirigindo principalmente a concepção do filme aos jovens e demonstrando principalmente que para seguir uma carreira, é preciso ser persistente, para não seguir um caminho impreciso, cabendo a cada profissional da área desempenhar sua função de acordo com sua índole. O filme faz duras críticas à desumanização do exercício do direito e da advocacia em nome dos interesses econômicos ou particulares, habitualmente misteriosos, e jamais almejando como deveria ser a legalidade dos procedimentos e a própria justiça da decisão. O filme ressalta também a importância da profissão e como ela pode ser prejudicial quando é seguida de forma desonesta. O filme “O homem que fazia chover” demonstra claramente a prática da Lei do Direito, e a exclusão da sociedade que muitas vezes não conhecem seus direitos. O jovem advogado, Rudy Baylor, apesar de inexperiente na profissão conseguiu nos transmitir a essência do filme, com base nos princípios que regem o Direito, como princípio da legalidade, impessoalidade e utilizando da ética para advogar, o que não era o caso dos advogados de defesa da seguradora. Mais a maior surpresa fica para o final, quando o jovem rapaz decide abandonar a carreira após o sucesso do primeiro processo.
No filme a todo instante o autor nos mostra a existência
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