Resenha da Globalização e as Consequências Humanas
Por: e1u2d3e4s5 • 6/6/2022 • Trabalho acadêmico • 1.090 Palavras (5 Páginas) • 136 Visualizações
Resenha do “Cap. 3. Depois da Nação-estado, o quê?”, do livro BAUMAN, Z.
Globalização e as consequências humanas.
Em um cronograma de gestão política governamental temos primeiramente um sistema
interestatal com uma gestão territorial, a nação-estado, que passa então para um sistema de
integração supra-estatal com a formação de blocos políticos, após esse modelo chegamos no
que temos na atualidade, um sistema em que grandes grupos econômicos passam a dominar
praticamente todo o planeta, temos agora um modelo, de economia global com uma divisão
estado-econômica, provocando mudanças na forma de administração mundial, passa-se da
lógica de gestão interestatal de nações-estado, em que os antigos modelos passam a ser apenas
uma ferramenta de coerção subordinada às mega empresas. Essa mudança foi fortemente
fomentada pelos avanços tecnológicos e grande velocidade de informação e comunicação que
se autopromove, onde a noção de espaço passa a ser irrelevante, a capacidade de comunicação
extrapola qualquer limite territorial .
Mudanças na forma de administração mundial levaram à redução do número de vagas
de trabalho devido a avanços tecnológicos que permitem a menor utilização de pessoas e até
mesmo novos sistemas que eliminam por completo determinadas atividades, também a migração
das vagas de trabalho pelo mundo para onde as mega empresas encontram condiçĩes para
maximizarem seus lucros com redução de custos, migrando principalmente para regiões onde
existe mão de obra farta e barata.
Hoje não é mais possível associar um banco ou empresa a seu local Estado de origem, a
economia e as relações econômicas se tornaram globais, elas se deslocam para locais onde sua
lucratividade se maximiza, criando condições para expandir seus interesses econômicos.
As forças dos Estados estão corroídas pelo movimento global, quem não se enquadra
com a doutrina global econômica pode sofrer sanções, boicotes e ficar excluído do círculo
comercial, com isso o termo nação-estado parece estar se dissolvendo pela ação de atores
invisíveis desse novo cenário mundial, que parecem conduzir o mundo a uma desordem
mundial, porém bem orquestrada pelos interesse econômicos.
O Estado passa a ser apenas uma força de policiamento local com a finalidade de
atender os interesses de um comando econômico mundial. Estados fracos se tornam muito mais
suscetíveis a essa ordem global, seguindo a ideia de que não devem intervir nas relações
econômicas.
As economias globais sofreram grandes abalos, principalmente econômicos, pelas ações
de forças globais de economia, forças que os Estados não são capazes de fazer frente e as
controlar, fazendo com que os estados passem a ser destituídos de suas características que
possuíam antes da grande mudança econômica mundial, servindo unicamente aos interesses
econômicos do grupo que explora o local.
As grandes somas de capital detidas pelos grupos econômicos globais são capazes de
abalar a economia de um Estado em poucos dias devido sua enorme influência financeira que
praticamente escapa dos limites alcançáveis do Estado.
É do interesse das grandes forças econômicas globais a fragmentação das estruturas
estatais para impor suas políticas de dominação, diminuindo ao máximo possível as tentativas de
interferência do Estado, diante desse fato se torna muito difícil de ações sociais obterem
qualquer representação que possa solicitar alguma melhoria para as populações expostas a esse
novo sistema, assim as populações vão sendo sufocadas diante dos interesse econômicos e um
estado fragilizado e sem poder de ação.
A estratǵia de dominação em o dominador conseguir o máximo de liberdade restringir
ao máximo a liberdade do dominado, estratégia essa antes usada por estados dominadores que
hoje se encontram do outro lado, sob o domínio dos ¨mercados mundiais¨.
A integração e a divisão junto a globalização e a territorialização são processos que se
complementam, sendo faces da redistribuição de domínio pelo mundo, impulsionados pela
grande velocidade de comunicação e grande salto tecnológico, criando uma hierarquia sócio
cultural em nível global.
Todo esse processo de redistribuição econômica não resulta em uma igualdade global,
mas deixa ricos cada vez mais ricos e pobres cada vez mais pobres, pois as grandes forças
econômicas migram pelo mundo em um modelo que visa ampliar os lucros não se
preocupando com a situação social do local adotado para instalação de suas atividades.
Geralmente a imagem que é passada aos olhos da sociedade diante de diferenças sociais
tão grandes é de que as oportunidades existem e que quem está em situação de pobreza é
devido a causas próprias,
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