Resumo George Orwell 1984
Por: Pedro Henrique Queiroz • 1/5/2019 • Resenha • 4.170 Palavras (17 Páginas) • 283 Visualizações
Resumo George Orwell - 1984
Parte I
1
Aqui é apresentado o personagem, Winston, participante do Partido Externo e de classe social intermediária. O autor aborda também o ambiente em que o personagem vive, uma Londres, pertencente à Oceânia, sob regime totalitarista. Já nessa parte é possível observar o ambiente tóxico em que as pessoas estão inseridas e já no final Winston percebe que possui ideais contrários ao governo e vislumbra a existência de um possível amigo/aliado, O'Brien.
2
Nessa parte é possível perceber a influência do Estado na educação das crianças, denominados pequenos espiões as crianças eram doutrinadas ao respeito/temor ao Grande Irmão que se confundia com uma espécie de idolatria, ao mesmo tempo o ódio a Goldstein e seus seguidores era incentivado, bem como denúncias do que se ouvisse, dentro ou fora de casa. Em suas reflexões, Winston passa a se considerar um homem morto em virtude de seus recentes pensamentos de libertação/revolta. Em seu diário escreve um mensagem para um tempo "em que os homens sejam diferentes uns dos outros" deixando claro a padronização do ser, o claro exemplo de massa de manobra, onde o valor do homem é apenas o caráter quantitativo, as pessoas não se importam umas com as outras, geralmente se referem como camarada/irmão, não importando o nome, a comida é controlada pelo governo, de péssima qualidade e o suficiente para manutenção da vida.
3
Nessa parte Winston declara-se incapaz de lembrar, com exatidão, do modo como sua mãe e sua irmã faleceram, sabe, no entanto, que, de alguma forma, as duas se sacrificaram em prol de sua vida. Ao falar sobre lembranças Winston deixa claro a completa falta de registros e informações, a única fonte de conhecimento são as lembranças, as quais são, de certa forma, manipuladas pelo Partido. Percebe-se aqui como a falta de informações e registros, alinhadas com as informações manipuladas por parte do governo acabam não apenas por distorcer o presente, mas sim o passado, deixando a população refém das informações que o Estado passa, verdadeiras ou não. Percebe-se mais uma vez a privação a que é submetida toda a população, a renda insuficiente e o controle do Estado até mesmo no despertar e exercitar da pessoa.
4
Nessa parte do livro nos é apresentado um pouco do serviço que Winston prestava ao Ministério, basicamente recebia trechos de reportagens publicadas anteriormente que deveriam ser "ajustadas", os ajustes poderiam ser desde pequenos ajustes para valorizar ou deixar de comprometer o grande Irmão com um discurso errado ou até mesmo manipular notícias a ponto de fazer desaparecer pessoas, nessa passagem é citado diversos tipos de funcionários do Ministério, como autores, escritores e atores que, segundo Winston, eram capazes de imitar qualquer voz que fosse necessário, basicamente o setor que Winston trabalhava era uma fábrica de fake news. O capítulo em questão me faz refletir de duas questões, a primeira é que ainda hoje, talvez mais em evidência hoje, frequentemente são disparadas fake news, uma infelicidade que mesmo vivendo num país completamente diferente do descrito no livro onde as pessoas tem acesso à informações, muitas vezes as notícias são tomadas como verdade o que nos leva a crer o grau de influencia que as mentiras contadas pelo Estado num governo como o representado teria sobre a população totalmente alienada, outra reflexão é, se existem jornais porque Winston não teria certeza sobre a data em que ele começou o diário? Será que nem mesmo a data das publicações do jornal são confiáveis ou os jornais não teriam circulação?
5
Nesse capítulo é introduzido um novo amigo de Winston, Syme, sujeito muito inteligente que trabalhava na elaboração de uma nova versão do dicionário de novafala. Em conversa no horário de almoço, faz-se perceber a intenção do estado em simplificar o dicionário, eliminando palavras e derivações que, de acordo com o estado, seriam insignificantes. Ainda durante a conversa é revelado que a intenção com a redução das palavras é um maior controle da população, é revelado ainda que artistas consagradas teriam suas obras reescritas no novo vocabulário, muitas vezes com modificações para se adequarem aos interesses do G.I.. Percebe-se aqui mais uma vez o desprezo com a classe mais socialmente prejudicada, os proletas, que são menosprezados e de certa forma subestimados. É perceptível o descaso com o outro. Winston novamente critica a manipulação das notícias e demonstra preocupação na maneira como se porta frente aos demais, temendo uma punição ou sua precoce "evaporação", em determinado momento percebe o olhar de uma mulher, a mesma que o observava no dia anterior, devido ao ambiente suas suspeitas são sempre as piores, ela pode ser uma espiã, ou até mesmo uma policial, hora nenhuma é cogitado que seu olhar pode ser devido a um interesse particular, admiração ou afeto, uma vez que essas relações são pouco incentivadas ou, até mesmo, imaginadas. Foi observado também um aumento nas contribuições mensais para o estado, que são impostas e as pessoas não se queixam apesar do pouco que possuem.
6
Nesse trecho Winston conta uma experiência que teve com uma prostituta, fica claro aqui o baixo valor da mulher (proleta),além de revelada uma tendência de o partido buscar a inibição sexual de toda a população, aos olhos do partido o ato sexual deveria ser apenas uma ato, não afetivo ou prazeroso, de reprodução. As relações de afeto deveriam ser restringidas para maior controle por parte do partido. Winston revela já ter sido casado, uma experiência que não foi acertada, mas que, mesmo desprazerosa poderia ter se estendido apenas por mera formalidade.
7
Nesse trecho do livro Winston faz uma reflexão importante, chega a conclusão de que a esperança de tempos melhores estava nos proletas, compondo 85 por cento da população eles deveriam, em algum momento, perceber a força que teriam e acabar com o domínio do G.I., sua força não estaria apenas nos números, mas também no fato de serem subestimados, praticamente não havia preocupação com as atitudes e situação dos proletas, mas faltava a eles o mais importante, a consciência de classe. Winston se recorda de uma ocasião onde, provavelmente por um equívoco, caiu em sua mão uma prova concreta de uma eventual mentira do partido a cerca da admissão de culpa de 3 pessoas, o que não era uma surpresa, diariamente ele recebia provas a serem manipuladas, mas como uma prova já manipulada poderia aparecer em sua mesa algum tempo depois de já ter sido manipulada e supostamente incinerada? Winston se recorda de O'Brien, a quem acredita estar destinando esse diário.
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