Resumo O Caso dos Exploradores de Caverna

O Caso dos Exploradores de Caverna

O livro O caso dos Exploradores de Caverna se inicia com a fala do presidente da Suprema Corte de Newgarth, Truepenny, que relata a história de quatro homens que pertenciam a uma "Sociedade Espeleológica", que tinha como objetivo a exploração de cavernas, e que saem para explorar um novo local.

Assim que adentraram na caverna, houve um desmoronamento ficando presos. Como demoraram a voltar para suas casas, seus familiares comunicaram-se com o secretário da entidade que, de imediato, mobilizou uma equipe de socorro e se dirigiu para o local, a fim de remover o obstáculo e libertá-los.

O trabalho de resgate durou cerca de quarenta dias. Durante esses dias, os exploradores conseguiram comunicar-se com o mundo exterior através de um rádio transmissor que haviam levado. Tinham, ainda, uma escassa provisão, que rapidamente foi consumida.  

Entrando em contato com o médico, integrante da equipe de resgate, perguntaram-lhe se tinham eles possibilidade de sobreviverem até os resgatarem, cuja resposta fora a de que era ela muito reduzida. A partir daí a comunicação radiofônica foi interrompida.Quando restabelecida, Roger Whetmore – um dos exploradores preso na caverna – falando por si e representando os demais, perguntou ao médico se teriam eles possibilidade de sobreviverem caso viessem a alimentar-se com carne de um dos confinados, cuja resposta, dada a contragosto, fora afirmativa. A partir de então, não houve mais comunicação dos exploradores com o mundo exterior.

Whetmore e os demais exploradores decidiram levar tal plano adiante, visto que não havia outra alternativa para sobreviverem. Em conjunto, decidiram tirar a sorte para ver quem seria o que morreria para salvar os demais. Entretanto, antes do início do sorteio,Whetmore, arrependido, declarou que desistia da proposta. Em face da mudança de conduta de Whetmore, os demais acusaram-no de violar o acordo firmado e passaram a proceder ao sorteio.

Chegando a vez de Whetmore e se recusando ele a proceder ao sorteio, um dos encavernados o fez em seu lugar, pedindo-lhe, entretanto, que fiscalizasse o ato e que protestasse, se, por acaso, houvesse fraudes durante a sua realização. O sorteio fora realizado e Whetmore declarara que não tinha qualquer objeção a registrar. Sendo-lhe adversa a sorte, fora o mesmo sacrificado.

Logo que libertados, os sobreviventes foram denunciados por homicídio contra Roger Whetmore, sendo, logo em seguida, condenados à pena de morte em primeira instância, visto que a lei vigente dizia que: “Quem quer que intencionalmente prive a outrem da vida será punido com a morte”.

Diante disso, recorreram da decisão. Assim, o caso é julgado pelo alto Tribunal, do qual Truepenny é presidente. Esse, logo após relatar os fatos do caso, emite sua opinião de que o júri e o juiz de primeira instância seguiram um caminho que era não somente correto e sábio, mas o único que lhes restavam diante dos dispositivos legais ao condenarem os réus, ou seja, ele é claramente a favor da condenação dos exploradores sobreviventes.

Foster é o primeiro juiz a fazer uma análise do caso e emitir sua opinião.  Ele é a favor da absolviçãoda pena de morte. Entre seus argumentos encontra-se o de que deveria ser aplicada a “lei da natureza”, o direito natural, por se encontrarem fora da sociedade, em um prisão subterrânea, desaparecendo, assim, a coercibilidade do direito positivo. Diz, ainda, que várias vidas foram ceifadas durante o resgate para salvar os exploradores, sendo, portanto, sem fundamento o argumento de que teria sido injusto o ato dos exploradores, com base em um contrato feito fora das leis daquela sociedade, executarem um para salvarem quatro. Por fim, diz que caso o Tribunal declare que aqueles homens realmente cometeram um crime, a lei deles seria condenada no tribunal do senso comum.

...