Resumo: O caso dos Exploradores de Caverna
Por: Matias Haliski • 7/6/2016 • Trabalho acadêmico • 572 Palavras (3 Páginas) • 383 Visualizações
FULLER, LON F. O Caso dos Exploradores de Caverna. São Paulo. Edipro, 2015.
No início do fictício ano de 4299, cinco membros da Sociedade Espeleológica – organização de exploradores de cavernas amadores – adentraram o interior de uma caverna de rocha calcária. Posteriormente, advindo de um desmoronamento, a única passagem com acesso ao exterior é completamente bloqueada. Não retornando para casa, os familiares dos exploradores notificam à Sociedade o desaparecimento dos mesmos, esta, por sua vez, encaminhou uma equipe de socorro ao local, que fora previamente indicada por aqueles. A seguir, inicia-se o trabalho de resgate que, complexo devido aos novos desmoronamentos, acarreta a morte de dez operários que auxiliavam no processo de libertação. Conforme passavam os dias, os recursos da Sociedade se esgotavam e fora necessária uma campanha de arrecadação financeira para a complementação dos fundos. No vigésimo dia, fora descoberto a existência de um rádio transmissor em posse dos exploradores, o que viabilizou a comunicação entre estes e a equipe de resgate. Tendo seus suprimentos quase esgotados, os exploradores pediram uma estimativa de quantos dias até sua libertação, no mínimo. A resposta de que poderia levar dez dias os fizeram ponderar se os mantimentos restantes seriam suficientes ou se seria viável o consumo de carne humana. Os médicos que participavam do resgate responderam negativamente à primeira indagação e positivaram a hipótese de canibalismo ficando, no entanto, neutros, não expressando se concordavam ou não com a ideia, assim como todos os outros membros da equipe de resgate. Interrompe-se, então, o contato com o exterior da caverna. Roger Whetmore, o fundamentador do consumo de carne humana, propôs, também, que a escolha se desses por sorteio – quem tirasse o menor número ao atirar um dado, perderia –, os companheiros de reclusão aceitaram e o fizeram, Whetmore, obstante, no momento de jogar o dado, recusou-se e sugeriu que esperasse por mais uma semana. Acusado de traição por seus companheiros, um desses, com sua permissão, jogou o dado em seu nome. Este perdeu, fora morto e serviu de alimento para os quatro companheiros que foram resgatados no trigésimo dia de confinamento. Após, foram condenados, em primeira instância, à morte e, em segunda, analisados por quatro juízes: Foster, Tatting, Keen e Handy. O primeiro propões a absolvição dos réus valendo-se da teoria jus-naturalista, uma vez que aqueles encontravam-se em estado de natureza, o que previa a criação de uma nova constituição visando a sobrevivência. Outrossim, a morte dos dez trabalhadores viria a legitimar a manutenção da vida dos cinco presos. Tatting combate fortemente o argumento de Foster, pois não se tem conhecimento do momento em que estas “leis naturais” passaram a reger os exploradores, se antes ou depois da morte de Whetmore. No final, ele se vê controverso emocionalmente. Caso lhe coubesse tal ação, Keen libertaria todos os homens, pois acredita que já sofrerem em demasia, no entanto, como seu trabalho foge à esfera moral e adentra a legal, ele necessita aplicar a lei que prega que todo homem que mata outrem, sofrerá com a pena de morte. Handy levanta a opinião pública por meio de uma pesquisa, nesta, fora comprovado que 90% da população é a favor da absolvição, fica, portanto, ao lado da opinião popular. Como Tatting,
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