Resumo do texto "Bonde desgovernado" e relação com os tipos de raciocínio éticos.
Por: Biancaell • 12/3/2019 • Resenha • 858 Palavras (4 Páginas) • 483 Visualizações
Resumo do texto "Bonde desgovernado" e relação com os tipos de raciocínio éticos.
No capítulo do Bonde o autor do livro nos faz refletir sobre qual a melhor escolha a tomar, ou seja, qual a mais correta. Diante disso, nos faz imaginar primeiramente que somos um motorneiro de um bonde que avança desgovernado sobre os trilhos, sendo que adianta se avista cinco operários em pé nos trilhos, ao tentarmos parar o bonde acabamos não conseguindo, pois o freio estragou. Assim, nasce à certeza que se atropelar aqueles cinco operários todos eles iram morrer.
Ocorre que ao olharmos para o lado vemos um desvio, lá há apenas um operário, portanto, se fosse feito o desvio apenas um morreria e não cinco, sendo que se formos analisar essa parece a opção mais correta, afinal o princípio que vem à tona neste caso é que devemos salvar o máximo de vidas possível.
Sucessivamente, o autor acaba trazendo mais uma questão à tona, desta vez uma versão um pouco diferente da história, neste caso devemos imaginar que ao invés de sermos motorneiro somos apenas um espectador de pé numa ponte em cima dos trilhos, aonde vemos avançar um bonde desgovernado que acabará por matar cinco operários, considerando que desta vez não há desvio. Porém, ao olhar para o nosso lado percebemos um homem corpulento, ao contrário de nos que somos leves, que caso empurrássemos ele acabaria por morrer, e assim pouparia a vida de cinco operários.
Contudo, se refletirmos será que empurrar o homem pesado sobre os trilhos seria a coisa mais correta a fazer? Diante disso, chegamos à conclusão que para nos parece que essa atitude não é a correta, neste momento já não vemos prevalecer o principio que diz que devemos salvar o máximo de vidas possíveis.
Após isso, o autor passa a refletir sobre do porque agora acabamos tendo uma opinião diversa, assim, podemos pensar que empurrar o homem pesado sobre os trilhos para a morte não parece ser certo porque estaríamos usando ele contra sua vontade, afinal ele não escolheu estar envolvido, tendo em vista que esta apenas ali de pé, mas o mesmo poderia ser dito dos operários, que estavam fazendo seu trabalho e não oferecendo suas vidas num acidente com um bonde desgovernado. Porém, o fato de que operários de ferrovias se exporem voluntariamente ao risco de morte, ao contrário dos espectadores, poderia ser usado como argumento. Porém, o autor nos faz supor que estar disposto a morrer em uma emergência para salvar a vida de outras pessoas não faça parte das atribuições dessa função, e que o trabalhador não esteja mais propenso a oferecer a própria vida do que o espectador na ponte.
Posteriormente, o autor reflete que talvez a diferença moral dos dois casos não esteja no efeito sobre as vítimas, mas sim na intenção da pessoa que virá a tomar a decisão, uma vez que como motorneiro do bonde podemos defender nossa escolha de desviar o veículo alegando que não tinha a intenção de matar o operário no desvio, apesar de podermos prever isso, sendo que nosso objetivo seria atingido se os cinco operários fossem poupados da morte e o sexto também. Entretanto, o mesmo ocorre no caso do empurrão, nós não possuímos a intenção que o homem que empurramos morra, queremos apenas que ele pare o bonde.
Desta forma, se formos analisar, o autor também reflete que o certo seria os dois casos serem governados pelo mesmo princípio e que talvez a relutância que temos em empurrar o homem da ponte seja meramente uma hesitação nossa que precisa ser superada.
Todavia, o autor sugere em seu livro que imaginemos que ao contrario de empurrar o homem da ponte, este esteja sobre um alçapão que se girarmos a manivela ele cairia e assim pararia o bonde, contudo se analisarmos ainda assim consideraríamos errado fazer isso, contudo diferente seria a decisão se soubéssemos, por exemplo, que o homem da ponte fosse o responsável pelo mau funcionamento dos freios do bonde, na qual tinha intenção de matar os operários, neste caso empurrar ele sobre a ponte ou girar a manivela parecida mais aceitável. Ademais, da mesma forma seria aceitável caso soubéssemos que os operários eram membros da resistência francesa e o homem corpulento era um nazista que tentava matá-los.
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