Sociedade sob um Prima Classico
Por: Mariana Alvarenga • 20/3/2016 • Dissertação • 794 Palavras (4 Páginas) • 251 Visualizações
Sociedade sob um prisma clássico
Mariana Morais Alvarenga
Centro Acadêmico Roberto Lyra Filho, Direito UFES.
A produção textual virá a contextualizar de forma singela três dos grandes clássicos da sociologia, Marx, Weber e Durkheim, respectivamente. De antemão, para facilidade de leitura e distinção de ideias, serão abordados de forma separada, sem conflitar os pensamentos. A exposição sediará, assim, os estudos, a respeito da relação entre o individuo e a sociedade, inerentes aos sociólogos citados.
“A análise da vida social deve, portanto, ser realizada através de uma perspectiva dialética que, além de procurar estabelecer as leis de mudança que regem os fenômenos, esteja fundada no estudo dos fatos concretos, a fim de expor o movimento do real em seu conjunto” (UM TOQUE DE CLASSICOS, 2002, p.27), desse modo, usando esse fragmento para introduzir Marx, torna-se evidente a sua ruptura com o então vigente pensamento hegeliano e a introdução do materialismo histórico, o qual deve servir de norte durante a leitura da grande maioria de seus escritos.
Tomando como basilar o conceito anteriormente citado pode-se, assim, o apropriar para contextualizar a interpretação do individuo, o qual é “a condição de toda a historia humana” ( A IDEOLOGIA ALEMÃ, 1932) e como consequência direta, um agente causador das transições das formas econômica, social, politica e intelectual que são utilizadas por Karl Marx como pilar para custodiar, por fim, o ambicionado fim da luta de classes, o comunismo.
Devido a grande extensão de suas obras e conceitos, o texto se aterá a analise na sociedade capitalista, abstendo-se, pois, de introduzir as formações socioeconômicas anteriores – primitiva, escravista, asiáticas, feudais -, logo, torna-se fundamental citar que nesse estágio o desenvolvimento das forças produtivas e das relações sociais se encontra em um patamar tão elevado que posteriormente a este já tornar-se-ia possível o implemento do comunismo. O elevado grau de desenvolvimento das foças produtivas e das relações sociais submete a sociedade a um elevado grau de desigualdade, dividindo os indivíduos e deixando evidente a desumanização, o proletário passa a ser tido como um capaz produtor de riqueza – para o detentor do meio de produção que engloba a mais valida e explora o capaz- e se abstém de suas peculiaridades para adentrar na alienação gerada por este modelo.
O individuo, agora, se divide não mais por particularidades, mas sim, pelo o que o faz englobar uma classe distinta, emergindo uma dicotomia entre o proprietário dos meios de produção, o capitalista, e o ofertante de sua mão de obra, o proletário, cabe-se também apropriar os termos opressor e oprimido, uma vez que, apesar de a uma primeira instância, quando analisada de forma superficial, concluir que o proletário vende a bel prazer sua força produtiva, o que demonstra ingenuidade, quando visto de forma mais ampla e percebendo que este não goza de sua plena liberdade, não tem o direito nem a capacidade de se opor a essa desigualdade gerada que atinge esferas mais amplas do que apenas a produtividade, reporta-se em conjunto com a detenção do poder material da sociedade, bem como do poder politico e do poder espiritual. Concluindo que o trabalhador, outrora tido como livre, caso queira sobreviver a esse modelo, “se vende a si mesmo e, ademais, vende-se em partes, leiloa 8, 10, 12, 15 horas de sua vida, dia após dia (...) ao proprietário de matérias primas, instrumentos de trabalho e meios de vida, isto é, ao capitalista” (TRABALHO ASSALARIADO E CAPITAL, P.75), repercutindo um nítido questionar ao caráter legal de igual (isonomia) e a definição de liberdade, uma vez que se encontra claramente alienado em relação às coisas, em relação a si mesmo e em relação ao seu trabalho, para unicamente sobreviver, apenas esperando o seu subsidio.
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