Uma reflexão teórico-sociológica acerca da inserção da mulher na criminalidade

3.2. A Mulher e o Tráfico de Drogas

Depois de 1970 houve um aumento de mulheres presas uso e tráfico de drogas, mudou-se o perfil e os delitos (extorsões e mediantes a seqüestros)

No total, 70% das detentas são ligadas ao tráfico de drogas, em 2008.

Conforme dados do Depen (Ministério da Justiça aproximadamente  Vinte e Oito Mil Mulheres presas no País. Influenciadas por parentes, amigos e namorados, deixando-se levar por impulsos emotivos. Mulheres são recrutadas para o transporte da droga assemelham-se ao sexo masculino. As mulheres visam com esta prática aumentar sua renda "sem sacrificar" a família.

Se por um lado, o tráfico abre as portas, tornando muito fácil o ingresso, também é crime amplamente "farejado," bem investigado e muito rápido para aprisionar.

4. Gênero e Justiça Criminal

De acordo com Olga Espinoza (2004, p. 126-7),

"Houve mudanças na conduta delitiva das mulheres. Os crimes cometidos por elas não mais se encaixam nos denominados ‘delitos femininos ‘ – infanticídio, aborto, homicídio passional – pois se deu um incremento nos índices de condenação por criem de tráfico de entorpecentes, roubos, seqüestros, homicídios, entre outros (...)".

a mulher comete crimes movida por sentimentos íntimos, atrelado a sua situação sócio-econômica. As criminologistas radicais feministas tem defendido a necessidade da proteção das diferenças de gênero no ordenamento jurídico penal, bem como no sistema prisional, entretanto, mudou-se a forma de reconhecê-las como sujeitos de direitos no momento da efetivação do direito penal, a elevação no número de mulheres presas pode expressar, uma elevação real dos índices de criminalidade de ambos os sexos e mudança no imaginário social, minimizando o nível de condescendência do Sistema de Justiça Criminal em relação às mulheres infratoras, que em outras épocas eram vistas com mais tolerância,a partir de uma visão mais tradicional dos juízes.