Zuenir Ventura
Por: AVRO • 28/10/2015 • Bibliografia • 756 Palavras (4 Páginas) • 406 Visualizações
No dia 1° de junho de 1931 em Além do Paraíba nasceu Zuenir Ventura, filho de Jose Ventura e Herina de Araujo. Zuenir Ventura se tornou um jornalista escritor, e as questões políticas e sociais influenciaram em seu trabalho como escritor, essa influencia pode ser vista no livro “Cidade Partida”.
Na sua adolescência trabalhou com diversas profissões, algumas delas foram, como faxineiro do bar Eldorado e balconista da camisaria Friburgo. Mudou-se para o Rio de Janeiro em 1954 e iniciou seus estudos na Faculdade Nacional de Filosofia, atualmente conhecida como UFRJ, e em 1958 se formou em Letras Neolatinas.
Exerceu o cargo de assistente do filólogo Celso Cunha em 1955, na disciplina de língua portuguesa na Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro. No ano de 1956 se tornou redator de ‘A história em noticia’, obra paradidática dirigida por Amaral Netto, que tinha como foco principal os fatos históricos da linguagem jornalística.
Com a indicação de seu professor da faculdade, em 1957, ele consegue uma vaga de arquivista na ‘Tribuna’ da Imprensa, a qual fez coberturas históricas influentes, como correspondente, pode ser lembrado à passagem de Jango por Paris antes de se tornar presidente e também o encontro da cúpula entre Kennedy e Kruschev em Viena. As horas de trabalho e estudos ficaram divididas, pois além do seu cargo na ‘Tribuna’, ele ganhou uma bolsa de estudos do governo Francês em 1959, para estudar no Centro de formação de Jornalistas, em Paris.
Retornando ao Brasil conheceu Mary Akiersztein, na redação da ‘Tribuna’, algum tempo depois casa-se com ela e começa a trabalhar como editor internacional do ‘Correio da manhã”, além de dar aula de comunicação verbal na Escola Superior de Desenho Industrial, da qual foi um dos criadores.
Em 1964 Mary cobriu o Festival de Canes, que foi enviada por ‘JB’, surge uma grande amizade com Glauber Rocha e também nasce Elisa, filha do casal assim que voltam ao Brasil. Essa viagem foi oportuna na época, pois ambos estavam sendo procurados pela policia como ‘subversivos’.
Assume em 1965 o cargo de chefe de reportagem da revista “O cruzeiro” e em 1967 torna-se chefe da filial do Rio de Janeiro da revista “Visão”. Mas no ano de 1968 é preso por três meses e divide a cela com Hélio Pellegrino, Ziraldo, Gerardo Mello Mourão e Osvaldo Peralva, todos eram homens influentes. Não foi só Zuenir que ficou preso, sua mulher e irmão também foram, mas por menos tempo. A partir da amizade desenvolvida na prisão com Héllio Pellegrino o escritor é solto. E nesse mesmo ano lança pela Editora Abriu 12 reportagens chamadas de “Os anos 60 – A década que mudou tudo”, que no futuro se transformaria em um famoso livro e inspiração para a minissérie da Rede Globo, “Anos Rebeldes”.
Tempos depois em 1975 colaborou no documentário “Que país é esse?” de Leon Hirzsman e em 1977 assumiu o cargo de chefe da sucursal da revista Veja, e se junta com dois outros jornalistas para a investigação da morte de Cláudia Lessin Rodrigues, foi por causa dessa matéria que recebeu o Prêmio Esso, e em 1980 entrevista o poeta Carlos Drummond de Andrade, e em 1981 assumiu o cargo de diretor da filial do Rio de Janeiro da Revista “Isto É”. Em 1989 vai para o Acre como repórter especial de ‘JB’ e caba investigando o crime de seringueiro Chico Mendes ocorrido em dezembro de 1988, retornando ele edita uma série de reportagens que ocasionou em mais dois prêmios em sua carreira, o Esso de Jornalismo e o Wladimir Herzog de direitos Humanos.
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