A Crítica a Razão Dualista
Por: luziana123456 • 20/11/2018 • Trabalho acadêmico • 788 Palavras (4 Páginas) • 206 Visualizações
Acadêmica: Elaine Luz
Disciplina: Geografia Econômica
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MATO GROSSO DO SUL
Atividade
Questões para aprofundar o estudo do livro do Francisco de Oliveira: Crítica à Razão Dualista, o Ornitorrinco
1)- Sabemos que a crítica de Francisco de Oliveira está centrada na crítica à lógica dualista entre desenvolvimento e dependência na qual a industrialização por substituição de importação seria a forma de atingir este meio. Qual foi a função exercida pelo desenvolvimentismo do período Kubitschek? Contextualize sua resposta...
A partir da revolução de 1930 a industrialização caminha para ser a principal atividade da dinâmica econômica do país, fato que se concretiza em 1956 quando o lucro do setor industrial supera o lucro obtido pela agricultura. Para que ocorresse a implantação de um novo modelo de acumulação a reformulação do aparelho e da ação estatal teve caráter decisivo.
O Estado passa então a criar as bases para que a acumulação capitalista industrial possa se reproduzir, fazendo que o capitalista industrial seja o mais lucrativo dentro da cadeia produtiva.
Assim, assiste-se à emergência e à ampliação das funções do Estado, num período que perdura até os anos Kubitschek. Regulando o preço do trabalho, já discutido anteriormente, investindo em infra-estrutura, impondo o confisco cambial ao café para redistribuir os ganhos entre grupos das classes capitalistas, rebaixando o custo de capital na forma do subsídio cambial para as importações de equipamentos para as empresas industriais e na forma da expansão do crédito a taxas de juros negativas reais, investindo na produção (Volta Redonda e Petrobras, para exemplificar), o Estado opera continuamente transferindo recursos e ganhos para a empresa industrial, fazendo dela o centro do sistema (OLIVEIRA, XXXX, p. 40, 41).
A fase de desenvolvimentismo no período Kubitschek teve o papel de fazer crescer das funções do estado, implicando diretamente no crescimento da máquina estatal e da tecnoburocracia.
2)- O “desenvolvimento” do capitalismo no Brasil possui uma especificidade histórica e estrutural que tem como resultado uma absurda concentração de renda. Além disso, esse “desenvolvimento” tido como “moderno” ocorreu sem que rompesse as condições de “atraso”. Explique e contextualize a função exercida pela superexploração do trabalho na formação do capitalismo dependente e desigual no Brasil.
A redefinição da relação capital-trabalho estruturou uma cadeia de baixos salários para trabalhadores baseada na economia de subsistência urbana e da mais-valia relativa e da absoluta implicando em uma grande acumulação de renda. Houve então a criação de um enorme exército industrial (força de trabalho) reserva, o aumento do percentual de exploração e a exorbitante diferença entre o crescimento dos salários e o crescimento de produtividade.
3)- Com intuito de mediar as relações de poder político e econômico no Brasil, na qual o “arcaico” foi reproduzido no “novo”, exigiu-se uma redefinição do papel do Estado. Qual foi a forma política adotada no pós 1930 e que se tornou a especificidade do desenvolvimento econômico dependente no Brasil.
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