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A Economia e Sociedade Mineradora

Por:   •  2/9/2018  •  Resenha  •  923 Palavras (4 Páginas)  •  319 Visualizações

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Economia e sociedade mineradora     

A atividade mineradora: considerações preliminares

 Uma atividade mais democrática quando comparada com a açucareira pois esse ouro não exigia grandes investimentos iniciais para sua exploração, assim um número maior de colonos tinha acesso a esse tipo de atividade.

 Vale lembrar também que os bandeirantes eram considerados os homens mais pobres da colônia e, contudo, foram os primeiros a explorarem a atividade aurífera.

Organização e exploração aurífera

 A sociedade já se encontrava de forma mais fluida,

 A descoberta de ouro no Brasil atraiu milhares de portugueses que imaginavam conseguir uma riqueza fácil. Assim, a área mineradora viveu um surto urbanizador.

 Como Portugal não tinha condições de abastecer toda a colônia, houve até o desenvolvimento de atividades manufatureiras. Além disso, os tropeiros (conjunto de homens que transportavam gado ou mercadoria)  vindos do nordeste e sul, conduziam animais para venda na região mineira.

 Com a descoberta de ouro, Minas Gerais tornou-se o principal centro de interesse da Coroa, e seu desenvolvimento deu origem ao primeiro processo sustentado de integração de mercados no Brasil.

  O Estado lusitano ganhava com a cobrança de tributos sobre a extração aurífera, dentre os principais, o quinto, a finta, a captação.

   As primeiras pedras de ouro eram extraídas pela atividade denominada faiscação onde individualmente utilizavam as bateias, separando o ouro das demais pedras.

  O outro método de extração do ouro eram as lavras, onde a retirada do metal era feita em maior quantidade e onde se usavam métodos mais avançados, mesmo que o ouro em sua maioria, estivesse praticamente na superfície. Os lotes de lavras eram distribuídos pelo governo português aos proprietários particulares de acordo com o número de escravos que a pessoa possuísse.

 A colônia deveria especializar sua atividade econômica em especiarias e metais preciosos.

Os impostos

 

  O Quinto , instituído pela coroa, era uma exigência de que a quinta parte, ou seja, 20% do ouro extraído deveria ser direito do Estado lusitano. (Casa de fundição).

 A Finta, era uma cobrança anual de ouro que substituiu o quinto, deveria ser cobrada 100 arrobas de ouro da população livre da área. O problema é que a escassez das jazidas contribuiu para o atraso no pagamento da finta, mais tarde cobrados como derrama.

  A Capitação era um imposto sobre o escravo utilizado na mineração, eram cobrados 14g de ouro por escravo.

Os diamantes

  Foi por volta de 1726 que se descobriram diamantes em Minas Gerais, notícia que animou o governo português, que tratou de organizar a exploração da região.

 O governo criou o Distrito Diamantino, subordinando a localidade a si próprio de modo a restringir a exploração de diamantes à Coroa portuguesa. Toda e qualquer atividade que não fosse a extração de diamantes foi desencorajada ou proibida na localidade. Eram destinados a exportação.

O Tratado de Methuen

   

  Portugal não foi o grande beneficiário pelo ciclo da mineração.

   A coroa portuguesa vinha obedecendo ao Tratado de Methuen – um acordo alfandegário feito com a Inglaterra que definia uma redução na taxa de importação de vinho português na alfândega da Inglaterra e, em contrapartida, estabelecia a isenção do pagamento de imposto para a Coroa portuguesa sobre o tecido inglês; acordo também conhecido como; Tratado dos Panos e Vinhos.(gerava uma balança desfavorável para Portugal em relação à Inglaterra).

 Assim, parte do ouro arrecadado por Portugal foi utilizada para pagar a diferença das importações-exportações portuguesas com a Inglaterra, ou seja, os ingleses foram beneficiados com a produção mineradora brasileira.

Medidas pombalinas e a crise do modelo de colonização

  O marquês de Pombal, primeiro-ministro do rei D. José primeiro, tentou diminuir a dependência da Inglaterra, estimulando manufaturas nas áreas coloniais. Além disso, criou companhias privilegiadas de comércio, extinguindo o sistema de hereditariedade das capitanias, transferindo a capital para o Rio de Janeiro e expulsando os jesuítas do Brasil, posteriormente, de Portugal. Pombal ficou conhecido como um déspota esclarecido, pois utilizou a razão na tentativa de modernizar o Estado português.

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