A Energia Eólica: um panorama geral sob a perspectiva brasileira
Por: Brian Oliveira • 15/11/2017 • Trabalho acadêmico • 6.149 Palavras (25 Páginas) • 359 Visualizações
UNIVERSIDADE FLUMINENSE
FACULDADE DE ECONOMIA
GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS ECONÔMICAS
BRIAN OLVEIRA
Energia Eólica: um panorama geral sob a perspectiva brasileira
Rio de Janeiro
2017
Sumário
1. INTRODUÇÃO 3
1.1. Trajetória histórica sintetizada 3
1.2. Natureza da energia eólica 3
1.3. Processo de geração e tecnologia empregada 4
1.4. Implantação de um parque eólico 5
1.4.1. Localidade 5
1.4.2. Planejamento 5
1.4.3. Licenciamento ambiental 6
1.5. Diferencial da energia eólica 6
1.6. Geração de emprego e renda 7
1.7. Socioambiental 7
2. ENERGIA EÓLICA NO BRASIL 8
2.1. Potencial de energia eólica instalada 8
2.2. Principais empresas 9
2.3. Principais projetos 9
2.4. Fornecedores 9
2.5. Custos da geração 10
2.6. Incentivos governamentais e financiamento 10
3. DESAFIOS E SOLUÇÕES 11
3.1. Intermitência 11
3.2. Logística 11
3.3. Licenciamento ambiental 11
3.4. Qualificação de mão-de-obra 12
3.5. Instabilidade macroeconômica e incerteza legislativa 12
3.6. Transmissão 12
4. PERSPECTIVAS 13
4.1. Curto prazo 13
4.2. Médio prazo 13
4.3. Longo prazo 13
5. CONCLUSÃO 13
REFERÊNCIAS 14
INTRODUÇÃO
Trajetória histórica sintetizada
Historicamente, a força mecânica do vento já foi utilizada para funções como: movimentação de embarcações, moinhos de grãos, bombeamento de água e drenagem de regiões alagadas. O primeiro momento em que o vento fora utilizado para a produção de energia elétrica se constituiu na Escócia, em 1887, por um professor que instalou a torre geradora no jardim de sua casa; a energia gerada era utilizada para fins de iluminação, contudo, neste momento ainda não era economicamente viável. Do final do século XIX até 1970, os aerogeradores (a maioria de até 30KW) foram comercialmente difundidos para aplicação quase que exclusiva em fazendas isoladas. Quando a rede elétrica de geração centralizada chegava, os aerogeradores entravam em desuso e paulatinamente eram abandonados.
A próxima etapa histórica que agregou valor à esta modalidade de geração de energia abrange o período dos choques do petróleo, com o primeiro tendo início em 1973. Com o encarecimento do petróleo (principal fonte energética do período), os Estados Unidos enxergou como prioridade a busca por fontes energéticas alternativas; surge então, em 1974, um programa com participação da NASA que visava desenvolver projetos de turbinas eólicas, objetivando escala comercial. Foi um programa pioneiro em pesquisa e desenvolvimento para muitas das tecnologias de turinas multi-megawatt em uso atualmente[1]. Contudo, após a dissipação dos efeitos do 1º e 2º choques do petróleo, as medidas tomadas por outros países levaram ao processo de decaimento e normalização dos preços internacionais do barril de petróleo já iniciado em 1986, fazendo com que muitos dos fabricantes de turbinas, de grande e pequeno porte, deixassem o negócio.
Internacionalmente, durante este mesmo período, desastres internacionais[2] – desencadeados pela tentativa de fugir dos combustíveis fósseis[3] como fonte energética – levaram à conscientização da comunidade mundial a respeito de potenciais impactos ambientais e à consequente busca por novas soluções para o fornecimento de energia elétrica. A energia eólica passa então a ser enxergada como uma forte candidata para penetração no mercado de energias renováveis.
A geração de energia eólica sofreu o seu último e maior estímulo no início do século XXI, com o aumento brusco e crescente dos preços de petróleo. Este fator, aliado à crescente conscientização a respeito do aquecimento global, levaram à forte expansão da geração eólica centralizada.
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