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A Inflação Brasileira-Ignacio Rangel

Por:   •  28/5/2018  •  Trabalho acadêmico  •  3.144 Palavras (13 Páginas)  •  231 Visualizações

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A INFLAÇÃO BRASILEIRA

              Douglas Santos Nascimento*

RESUMO

Este trabalho apresenta as ideias discutidas sobre inflação Brasileira, bem como apresenta a estrutura da moeda, o processo inflacionário em alguns setores, a formação de monopólios e oligopólios, a crise estrutural e monetarista do mercado, os impulsos para um novo ciclo e as anomalias dos preços. Discute também quanto à inflação afeta a renda real do consumidor e as formas de combatê-la fazendo com que a mesma torne-se um impulso para a economia. A metodologia usada é bibliográfica e as ideias aqui apresentadas baseiam-se no livro ‘’A inflação Brasileira’’ do autor Ignácio Rangel.

Palavras chaves: Monopólio, oligopólio, inflação.

ABSTRACT

This paper presents the ideas discussed on Brazilian inflation and presents the structure of the currency, the inflationary process in some sectors, the formation of monopolies and oligopolies, the structural crisis and monetarist market , the impulses for a new cycle and anomaly prices. It also discusses how inflation affects real consumer income and ways to combat it causing it to become a boost to the economy. The methodology used is literature and ideas presented here are based on the book '' The Brazilian inflation '' the author Ignacio Rangel.

1. Introdução

A inflação brasileira é uma problemática que vem desde antigamente e que ainda é assunto de muita discussão entre vários economistas. Ela foi abordada de uma forma bem dialética para facilitar a compreensão de leitura. Foram apresentados os pontos e óticas pelas quais se poderiam analisar o porquê da mesma estar acontecendo e se isso passa a ser bom ou ruim em alguns aspectos.

A forte discussão sobre quais medidas serem tomadas para barrar a inflação hoje em dia, levou-me a fazer essa pesquisa pessoal e de grande cunho acadêmico.  A problemática da pesquisa é até que ponto a inflação pode ser considerada boa ou ruim, traduzindo-se na redução da renda real do consumidor e na barrada de novos investimentos nos setores de primeira e última escala.

2. Sobre Ignácio de Mourão Rangel

Ignácio de Mourão Rangel (1914-1994). Nascido em 20 de fevereiro de 1914 na cidade de Mirador,  Maranhão, filho de um Juiz,   Ignácio de Mourão Rangel  graduou-se em direito. Em 1954 vai para o Chile onde realiza um curso de Pós-Graduação na Cepal, defendendo a tese intitulada “Esarollo Económico en Brasil”. Foi militante do Partido Comunista e fez parte da Aliança Nacional Libertadora (ALN). Já na sua militância intelectual integrou o Instituto Superior de Estudos Brasileiros (ISEB). Chegou a ocupar cargos públicos, como integrante da assessoria econômica de Getúlio Vargas, ajudando no projeto de criação da Petrobras e da Eletrobras.  Ingressou nos quadros do BNDE em 1955  chegando a chefe do Departamento Econômico, ainda participou do Conselho de Desenvolvimento da Presidência da República. Atuou no Plano de Metas do   governo Juscelino Kubitschek. Em 1964 foi convidado para ocupar o Ministério da Fazenda pelo Presidente João Goulart, mas não aceitou. Manteve uma coluna no Jornal Última Hora no Rio de Janeiro entre 1969-1961 e em 1993, ainda nos anos 80 colaborou com o Jornal Folha de São Paulo. Faleceu em 1994.

Obras de Ignácio Rangel: 

1953 - A Dualidade Básica da Economia Brasileira ISEB — Instituto Superior de Estudos Brasileiros

1954 - Introdução ao Desenvolvimento Econômico Brasileiro

1957 - Desenvolvimento e Projeto

1958 - Elementos de Economia do Projetamento

1961 - A Questão Agrária Brasileira. Rio de Janeiro: Presidência da República, Conselho de Desenvolvimento

1963 - A Inflação Brasileira

1980 - Recursos Ociosos e Política Econômica

1982 - Ciclo, Tecnologia e Crescimento

1985 - Economia, Milagre e Anti-Milagre

1987 - Economia Brasileira Contemporânea

1993 - Do Ponto de Vista Nacional

3. A dialética para compreender

A inflação brasileira é um fenômeno extremamente complexo ao qual não é possível surpreender-se logo em primeira vista. Ao contrário, à primeira vista, é possível ter uma visão errônea e ilusória, podendo assim, inspirar medidas equivocadas de política econômica. A essência da inflação, somente revela-se a um exame mais profundo, depois de desfeita algumas ilusões que passam uma imagem de verdades absolutas. É preciso recorrer ao método dialético, pois, somente com empirismo e lógica formal, não é suficiente para tentar entender o raciocínio aqui exposto.

Não pense, leitor, que tenhamos chegado a essa metodologia arbitrariamente. Pelo duro caminho da tentativa e do erro, que surpreendemos o traçado dialético do discurso. Desfrute desse belo trabalho para contribuir no sentido de que a economia brasileira não se deixe levar a sucessivos becos sem saída, antes mesmo de encontrar o caminho real para desenvolver-se. Essa alusão ao método dialético não é para lhe desanimar. A dialética não é para complicar as coisas, pelo contrário, é para simplificar. Complexo é o problema em questão.

3.1 A Superfície da inflação        

Existem dois meios que se correlacionam: O meio circulante e o meio de índice geral dos preços.  Nisso sempre acontece uma problemática acompanhada de uma pergunta: A inflação aumenta porque o governo emitiu ou o governo emite porque a inflação aumentou? Para todos os fins práticos, a variação do volume do meio circulante(M) é proporcional à variação do nível de preços(p), pois a variação histórica de velocidade de moeda compensa virtualmente a taxa de incremento real do PNB (Produto Nacional Bruto).

3.2 A ilusão monetária

Os monetaristas acham que a inflação é culpa do governo federal, porque está emitindo dinheiro e isso faz variar o meio circulante. A teoria monetária é a Seguinte: MV=PT, onde M=dinheiro ou meio circulante, V=eficácia do dinheiro ou velocidade, P=preço ponderado dos bens, T=total físico de bens e serviços.  

3.3 A alta dos preços induz à emissão

A economia encontra-se em confronto e para tentar mudar esse cenário, o estado é obrigado a emitir crédito para assim poder reestruturar o mercado. É uma via de contramão, já que alguns heterodoxos defendem o contrário. O problema é que existe um mercado monopolista e que aumenta autonomamente os preços. O estado é passivo, mas tem grande papel nesse circulo vicioso. Ajudar empresas em dificuldade e ser aplaudido ou abster-se disso e ser condenado sob pena de vários desempregos. A questão de ajudar trata-se de um círculo, mas a reestruturação natural através de ajustes de preços torna-se um fluxo linear.

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