A crise no Porto de Itajaí: PORTO PÚBLICO DE ITAJAÍ X TERMINAL PRIVADO DE NAVEGANTES
Por: Fernanda e Amanda Germano • 24/9/2015 • Pesquisas Acadêmicas • 584 Palavras (3 Páginas) • 774 Visualizações
A crise no Porto de Itajaí: PORTO PÚBLICO DE ITAJAÍ X TERMINAL PRIVADO DE NAVEGANTES
Com a crise econômica mundial houve diminuição significativa nas linhas que operam os portos brasileiros. A APM, perdeu uma linha que correspondia a 65% do movimento do porto de Itajaí. Perdeu para Navegantes. A principal razão é porque do lado do Porto de Itajaí ocorre risco de greves, visto que são os sindicatos quem empregam os trabalhadores avulsos, e se não fecham sua convenção coletiva de trabalho podem parar o terminal, por exemplo. Em navegantes esse risco é zero porque são contratados direto pela empresa. Se não trabalharem são demitidos.
Os custos não são tão diferentes assim, visto que o lado de cá é mais ágil, portanto na planilha meio que empata. E a principal dificuldade hoje está sendo buscar novas linhas, devido a essa crise mundial. A oscilação do dólar também é um interveniente que acaba prejudicando os dois lados, mas não é o problema em si.
PORTO PÚBLICO X PORTO PRIVADO: A PORTONAVE por ser um terminal privado, não depende do OGMO, por isso tem menos pendências nessa questão “trabalhista”, também age com mais rapidez na parte de procedimentos burocráticos, pois quando precisa resolver algo financeiramente, não precisa pedir para “certas autoridades”. O Porto de Itajaí (público), depende da contratação de TPA’s pelo OGMO, e também possuem um custo operacional, muitas vezes bem mais caro que um terminal privado, e é nessa questão que vemos um dos maiores problemas, no complexo portuário de Itajaí, temos dois tipos de concessão: uma privada (PORTONAVE) e outra pública (APM Terminals), ou seja, um terminal paga e o outro não. O Porto de Itajaí tem que controlar os preços e estar revendo os custos, o Terminal de Navegantes não precisa ter esse controle.
MÃO DE OBRA: A PORTONAVE por ser um terminal privado, faz a própria contratação de mão de obra, seus colaboradores são treinados e capacitados para operar equipamentos modernos, sempre buscando a competitividade e produtividade. Já o Porto de Itajaí (porto público), depende da contratação feita pelo OGMO (Órgão Gestor de Mão de Obra) e grande parte de seus trabalhadores possuem baixa escolaridade, fazendo assim com que o principal fator esteja relacionado a qualidade de serviço e ao valor da mão de obra dos trabalhadores, que ganham por produtividade (não possuem carteira assinada e qualquer direito trabalhista) e não possuem qualquer responsabilidade pelas avarias cometidas, tornando assim um trabalho sem competitividade e sem qualidade.
TRABALHADOR PORTUÁRIO AVULSO: Quando aprovaram a MP 595, que virou a Lei 12815/2013, houve uma “guerra” do Sindicato (OGMO) dos TPA’S (Trabalhadores Portuários Avulsos), por eles não quererem um emprego permanente com carteira assinada, na forma de CLT (Consolidação das Leis de Trabalho, que regulamenta as relações trabalhistas). Para eles é muito mais viável continuar com o sistema de produtividade, sem vínculo empregatício, só ganhando o seu sustento quando tem trabalho, mas com isso os portos públicos deixam de ser competitivos.
TAXAS: Os valores da APM Terminals são bem mais altos e com isso, não tem como se tornar competitiva no mercado, em épocas de grande movimentação de carga, a APM só tem movimentação, porque a PORTONAVE não tem como atender toda a demanda.
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