AS DIFICULDADES BRASILEIRAS ESPERADAS PARA 2021 DEVIDO AOS IMPACTOS CAUSADOS PELOS DÉFICITS FISCAIS FINANCIADOS PELA EMISSÃO DE DÍVIDA PUBLICA
Por: Conrado Oliveira • 26/8/2021 • Trabalho acadêmico • 3.123 Palavras (13 Páginas) • 140 Visualizações
FUNDAÇÃO GETULIO VARGAS
Trabalho Final – Disciplina: Economia Empresarial
Conrado Almeida de Oliveira
AS DIFICULDADES BRASILEIRAS
ESPERADAS PARA 2021 DEVIDO AOS
IMPACTOS CAUSADOS PELOS DÉFICITS
FISCAIS FINANCIADOS PELA EMISSÃO DE DÍVIDA PUBLICA
Professora: Carla Beni Menezes de Aguiar
São Paulo
2021
INTRODUÇÃO - REFERENCIAL TEÓRICO
Instrumentos de Política Macroeconômicas
A política econômica consiste no conjunto de ações governamentais que são planejadas para atingir determinadas finalidades relacionadas com a situação econômica de um país, uma região ou um conjunto de países. Essas ações envolvem o poder Legislativo, Executivo, e órgãos como o Banco Central.
Os principais instrumentos para atingir tais objetivos são as políticas fiscal, monetária, externa e de rendas.
- Política fiscal Política fiscal reflete o conjunto de medidas pelas quais o Governo arrecada receitas e realiza despesas de modo a cumprir três funções: a estabilização macroeconômica, a redistribuição da renda e a alocação de recursos.
A função estabilizadora consiste na promoção do crescimento econômico sustentado, com baixo desemprego e estabilidade de preços.
A função redistributiva visa assegurar a distribuição equitativa da renda. Por fim, a função alocativa consiste no fornecimento eficiente de bens e serviços públicos, compensando as falhas do mercado.
- Política monetária- Conjunto de medidas objetivando controlar o volume de liquidez (quantidade de dinheiro circulante) à disposição dos agentes econômicos. Pode ser definida também como o controle de oferta de moeda, das taxas de juros e do crédito (DEFINIÇÃO DA AULA – AULA 2 – 3h01min20s)
- Política externa- Conjunto de medidas que tem, por finalidade, manter o equilíbrio do Balanço de Pagamentos, proteger determinados setores e desenvolver relações comerciais externas. Por sua vez, subdivide-se em o Política Cambial o Política Comercial.
- Política de rendas- Conjunto de medidas visando à redistribuição de renda e justiça social.
Estrutura de análise Macroeconômica
A teoria de determinação do equilíbrio da renda nacional, ou modelo keynesiano básico, que se divide em lado real (mercado de bens e serviços e mercado de trabalho) e lado monetário (mercado monetário e de títulos). (VASCONCELLOS e GARCIA (2014)
De acordo com VASCONCELLOS e GARCIA (2014), tradicionalmente, a estrutura básica do modelo macroeconômico compõe-se de cinco mercados:
- mercado de bens e serviços [pic 1]
parte “real” da economia
- mercado de trabalho
- mercado monetário
- mercado de títulos parte “monetária” da
- mercado de dívida
As variáveis ou agregados macroeconômicos são determinados pelo encontro da oferta e da demanda em cada um desses mercados.
O desbalanceamento entre o lado real e o lado monetário gera inflação.
[pic 2]
Teoria do Crescimento e do Desenvolvimento Econômico
A teoria do crescimento e do desenvolvimento econômico discute estratégias de longo prazo, isto é, quais medidas devem ser adotadas para um crescimento econômico equilibrado e autossustentado. Nessa teoria, a oferta ou produção agregada desempenha um papel importante na trajetória de crescimento de longo prazo, o que não se observa na análise de curto prazo, pois ela é supostamente fixa (VASCONCELLOS e GARCIA, 2014).
A teoria do crescimento e do desenvolvimento econômico de longo prazo avalia a evolução do produto potencial, ou de pleno emprego, da economia, a longo prazo.
O crescimento da produção e da renda decorre de variações na quantidade e na qualidade de dois insumos básicos: capital e mão de obra. Nesse sentido, as fontes de crescimento são (VASCONCELLOS e GARCIA, 2014):
- aumento na força de trabalho (quantidade de mão de obra), derivado do crescimento demográfico e da imigração;
- aumento do estoque de capital, ou da capacidade produtiva;
- melhoria na qualidade da mão de obra, com programas de educação, treinamento e especialização;
- melhoria tecnológica, que aumenta a eficiência na utilização do estoque de capital;
- eficiência organizacional, ou seja, eficiência na forma como os insumos interagem.
Deste modo, temos que os fatores econômicos estratégicos para o desenvolvimento são:
- capital humano;
- capita físico
O capital humano é adquirido por meio da educação formal e do treinamento informal e também pela experiência (VASCONCELLOS e GARCIA, 2014).
O capital físico tipicamente é adquirido por meio de investimentos em infraestrutura e em eficiência organizacional.
VASCONCELLOS e GARCIA (2014) destacam o conceito da relação produto-capital, que é a razão entre a variação do produto nacional, Δy, e a variação da capacidade produtiva (ou estoque de capital), Δk, para realçar o papel do capital físico no processo de desenvolvimento econômico.
Esse conceito revela que é possível aumentar a taxa de crescimento econômico quando ocorre um aumento da taxa de investimento e/ou deslocamento dos investimentos para os setores em que a relação produto-capital é mais elevada (VASCONCELLOS e GARCIA, 2014).
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