Apostila Risco de Mercado BMF
Por: Juliana Mara Barduchi • 4/10/2019 • Artigo • 7.420 Palavras (30 Páginas) • 270 Visualizações
Notas de Aula:
Curso BM&F de Risco de Mercado
Estimação do VaR
Rodrigo de Barros Nabholz
Outubro de 2004 1
Sum´ario
- Introdu¸c˜ao 1
1.1 Tipos de Risco 1
1.2 Conceito de Value at Risk (VaR) 3
1.3 Motiva¸c˜oes, Cr´ıticas e Desafios 6
2 Modelos de Risco 11
2.1 Modelos Param´etricos 12
2.1.1 Distribui¸c˜ao Normal 12
2.1.2 Distribui¸c˜ao Real 16
2.1.3 Aproxima¸c˜ao Delta-Gamma 17
3 Ferramentas de Controle 20
3.1 Risco Incremental 20
3.2 Risco com Benchmark 21
3.3 Stress Analysis 22
3.3.1 Determinista 22
3.3.2 Probabilista 23
3.4 Descasamento de Carteiras (GAP) 23
i
Lista de Figuras
- Fronteira Eficiente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
- Gr´afico de Volatilidade da a¸c˜ao TCSL4 . . . . . . . . . . . . . 9
- Histograma dos Retornos de uma Carteira . . . . . . . . . . . 11
- Histograma de Retornos - Distribui¸c˜ao Normal . . . . . . . . 14
- Exemplo de Estimativa de Risco pelo M´etodo Param´etrico
com distibui¸c˜ao Normal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
- Histograma de Retornos - Distribui¸c˜ao Real do Ativo . . . . . 16
- Exemplo de Estimativa de Risco pelo M´etodo Param´etrico
com distibui¸c˜ao Real . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
- Exemplo de Fatores para uma distribui¸c˜ao Real . . . . . . . . 18
- Representa¸c˜ao de um cen´ario de stress . . . . . . . . . . . . . 22
- Cen´ario de stress determinista . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
- Cen´arios de stress probabilista . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
- Exemplo de GAP Pre . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
ii
Cap´ıtulo 1 Introdu¸c˜ao
1.1 Tipos de Risco
H´a tempos a matem´atica tornou-se parte integrante e fundamental de outras ciˆencias, traduzindo fenˆomenos naturais em teorias, f´ormulas e express˜oes. Este processo sofreu uma grande evolu¸c˜ao ao longo do tempo e a introdu¸c˜ao dos computadores, e consequ¨entemente de algoritmos num´ericos, foi de fundamental importˆancia para que teorias complexas pudessem ser elaboradas para modelar os mais diferentes fenˆomenos. Neste ponto, mais uma ciˆencia passa a ser de grande importˆancia para as demais, a Ciˆencia da Computa¸c˜ao.
Entre as diversas ´areas do conhecimento em que esta fus˜ao ´e evidente, concentrar-nos-emos nas Ciˆencias Econˆomicas. Os modelos de fronteira eficiente de Markowitz (prˆemio Nobel 1990) e as f´ormulas de Black & Scholes (prˆemio Nobel 1997) s˜ao exemplos claros deste processo, uma vez que ambos requerem algoritmos num´ericos para gerar seus resultados de forma vi´avel e de maneira a acompanhar o dinamismo do mercado.
O Mercado de Capitais, ou mais especificamente, as Bolsas s˜ao institui¸c˜oes onde os agentes realizam neg´ocios e onde existem instrumentos de prote¸c˜ao contra a varia¸c˜ao de pre¸cos e taxas. Neste mercado atuam basicamente trˆes agentes que s˜ao necess´arios para garantir sua existˆencia:
- O hedger que se utiliza de instrumentos para garantir um certo pre¸co ou uma certa taxa;
- O especulador que assume o risco do hedger;
- O investidor que financia institui¸c˜oes atrav´es da compra de a¸c˜oes.
A importˆancia do mercado de capitais ´e tal que seu desempenho est´a diretamente associado ao desempenho econˆomico do pa´ıs em que ele se localiza.
No processo de evolu¸c˜ao dos mercados, novos instrumentos foram criados para satisfazer as necessidades dos agentes. Por sua vez, a necessidade de gerenciar a exposi¸c˜ao ao risco resultante de uma carteira composta por
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instrumentos complexos transformou a gest˜ao de risco em um t´opico amplamente estudado.
Sabemos que o objetivo principal das institui¸c˜oes financeiras ´e maximizar o retorno de seus investimentos. No entanto, a aloca¸c˜ao destes recursos gera uma s´erie de “riscos”. Neste sentido, o grande objetivo da pol´ıtica de risco ´e fornecer informa¸c˜oes que auxiliem na tomada de decis˜ao em todos os n´ıveis da institui¸c˜ao, de forma que os riscos decorrentes dos investimentos sejam conhecidos. Esta atividade envolve tamb´em o monitoramento e aplica¸c˜ao de limites operacionais, facilitando ainda mais a avalia¸c˜ao do desempenho ajustada ao risco de todas as ´areas.
Atualmente, o problema da gest˜ao de risco deixou de ser uma quest˜ao somente de controle e passou a ser uma ferramenta fundamental de suporte para a pol´ıtica de investimento. A aloca¸c˜ao ´otima de ativos pode ser dada pela solu¸c˜ao do seguinte problema de otimiza¸c˜ao:
Maximizar o Retorno Sujeito a:
Risco = valor determinado;
Retorno > m´ınimo retorno aceit´avel;
Demais restri¸c˜oes pr´oprias de cada institui¸c˜ao.
[pic 1]
Figura 1.1: Fronteira Eficiente
Ou seja, a pol´ıtica de investimento visa maximizar o retorno esperado dos investimentos financeiros dado um n´ıvel de risco e um conjunto de restri¸c˜oes, tais como: restri¸c˜oes de cr´edito, restri¸c˜oes legais, restri¸c˜oes setoriais e restri¸c˜oes de risco de mercado.
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