As Cidades e Vida Urbana
Por: Facell ELT • 27/9/2022 • Projeto de pesquisa • 1.026 Palavras (5 Páginas) • 149 Visualizações
Facell Espinoza Ludena,
Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, Graduação em Engenharia Aeronáutica
Tutora. Isabel dos Anjos Leandro
Belo Horizonte, 2022
Síntese,
Desde um início, as reflexões descritas pelo autor sobre as cidades, contemplando o panorama moderno, diferenciam a complexidade da vida urbana, pois embora a cidade seja uma invenção da antiguidade mesma, no momento esse conceito está sendo revolucionado pelas vigentes cidades globais. As áreas acêntricas destas cidades globais concentram uma multidão de produtores, e o caso das empresas locais, nacionais, estrangeiras, e multinacionais, interatuando entre elas a traves da concorrência partilhando um sistema interdependente entre sim. Nesse âmbito Castells propõe a jerarquia escalonada de cidades globais, como principais centros mundiais de serviços empresariais e financeiros como Hong Kong, Singapura, Chicago, Frankfurt, Los Angeles, Milão, Zurique e Osaka. Abordando a economia global encontrada dentro dessas estruturas, também se situa a linha dos centros regionais como nodos-chave em favor da mesma, dos quais, Madrid, São Paulo, Moscou, Seul, Yakarta, e Buenos Aires.
Já enfatizava Giddens (2007, pág. 156), que até 2007 Nova York, Londres e Tóquio constituíam o grupo de principais cidades do mundo com um centro econômico altamente progredido, porém, no presente ano, esse grupo aumentou adicionando 39 cidades, das quais só duas são alfas, segundo a nova classificação de cidades globais (ALVES PENA, 2015, seç. 8). Cujo ponto de convergência são os passageiros que as frequentam em exercício de turistas devido aos seus altos padrões de fornecimento de serviços de lazer, a cultura global, mais sobretudo pelo alto foco de investimento, e formação profissional. Porém, essas áreas de conturbação são vistas como, o mesmo turista as considera, um hotel financeiro.
Dentro de esse aspecto, de acordo com Giddens (2007, pág. 157), expressa uma postura que partilha junto com outros sociólogos como Weber, Tônnies e Simmel, se relaciona a que o ambiente dessas metrópoles é solitário e inóspito (Giddens. A, 2007) onde o “Gemeinschaft” ou vínculos comunitários, são substituídos pelo “Gesellschaft” ou vínculos associativos. Quer dizer, que os habitantes interagem apenas por educação, interpretando a outra pessoa como se fosse um instrumento vinculado ao serviço que do qual este precisa. Característica consequente do alto nível de atividade que a cidade exerce sobre cada habitante que passa por ela.
Paralelamente, o protagonismo da escola de Chicago, oferece o conceito de ecologia urbana como uma característica natural do desenvolvimento urbano associado aos processos que ocorrem no ecossistema, e por outro lado, também inserta a ideia de urbanismo como um modo de vivencia, pelo fato que as cidades concentram o maior interesse de progresso do ser humano, distribuído entre política, economia e cultura. Esses dois conceitos são as bases de explicação dos processos sociais e territoriais da constituição e interação das comunidades locais em termos de ecologia vegetal e animal, tal que a competição, o domínio, a associação, a invasão, e a sucessão. Desse modo, a escola determina que as cidades possuem um princípio de cooperação competitiva, conhecido como infraestrutura biótica, assim como uma superestrutura social caracterizada pela cultura, a coesão, e a organização. As cidades estão do mesmo modo, localizadas em lugares com um entorno vantajoso tanto para produção como para transporte, e ademais distribuídas internamente tal como áreas naturais, apenas pela estrutura, no que concerne, bairros comerciais, residenciais, baixos, e as zonas industriais.
Diante desse quadro, já dentro de um mundo em desenvolvimento, as movimentações sociais e o consumo coletivo dentro das atuais megacidades, são representadas pelo poder econômico, a tecnologia, através de arranha-céus segundo Castells (GIDDENS, 2007, p. 169) nos indica. Nesse passo, embora as tendências urbanas cresçam por meio da suburbanização, a decadência do centro das cidades, ou os mesmos distúrbios, como já o mencionava Giddens corroborando com Castells, a globalização se tornou uma oportunidade de fortalecimento urbano, criando fluxos de conexão entre as cidades satélite, dormitório e as capitais, sobretudo estas, devido a sua capacidade para administrar atividades comerciais e novas tecnologias. Por conseguinte, a concentração de poder que as cidades globais fomentam nos seus entornos, além de transformá-las em empresas globalizadas, provoca um desequilíbrio nas relações econômicas sociais, criando uma disparidade dentro do centro urbano, onde a situação precária convive junto com o bem-estar, característico do modo de produção capitalista. Porém, as figuras de imagem social, de algumas empresas domésticas são um meio de harmonia econômica para os setores mais afastados das oportunidades de riqueza, assim o caso das Eurocidades (união de cidades na Europa em 1989), e as cidades asiáticas, são um complemento para criar estruturas comerciais flexíveis, mas sem ser uma solução eficiente, em base ao problema de desigualdade urbana.
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