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Crise financeira 2008

Por:   •  25/11/2015  •  Ensaio  •  811 Palavras (4 Páginas)  •  276 Visualizações

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  1. Entendendo a crise financeira mundial

Para uma análise mais completa sobre o tema do artigo, precisamos compreender alguns questionamentos sobre a crise financeira mundial que aterrorizou o mundo em 2008. De início, a palavra crise, de acordo com o site http://www.economiabr.net     “Uma crise financeira é normalmente desencadeada quando há, em determinada nação, um maior número de agentes pessimistas em relação aos demais. Suas principais conseqüências são a desvalorização de ativos financeiros e a iliquidez de diversas instituições, ou seja, a confirmação e o agravamento dos motivos que geraram o pessimismo inicial.”

E uma das maiores crises vividas pelo mundo foi à crise de 1929, onde a derrubada das Bolsas em 28 de outubro de 1929 aconteceu após a explosão de uma bolha especulativa que levou milhões de americanos a comprar ações através de fundos de investimentos, os "trust funds", que faliram um atrás do outro.  No que ficou conhecido como a quinta-feira negra em Wall Street, o índice Dow Jones da bolsa de Nova York perde mais de 22% em suas primeiras horas de sessão, apesar de se recuperar ao longo do dia e fechar em -2,1%. Em 28 de outubro cai novamente em 13% e no dia 29, em 12%. Essa crise obriga o fim da especulação da Bolsa e marca o início da grande depressão dos Estados Unidos e de uma crise mundial que afeta especialmente a Europa.

Em razão dos acontecimentos descritos acima, o governo americano passa a intervir na economia, onde o Estado passaria a ditar as regras econômicas. Sobre esse tema, Keynes escrevia assim sua análise em março de 1933. “Chegamos a um ponto crítico, onde podemos divisar claramente o abismo ao qual nosso caminho atual nos conduz. Sem ação dos governos, devemos esperar a progressiva dissolução da estrutura existente de contratos e instrumentos de dívida, acompanhada pelo completo descrédito da liderança ortodoxa nas finanças e no governo, cujo desfecho final não podemos prever” (Folha de São Paulo, 2008). As idéias do economista John Maynard Keynes descritas em seu livro “Teoria Geral do Emprego, Juros e Dinheiro”, publicado em 1933, foi de grande valia para o momento em que o mundo estava passando, a Grande Depressão, de 1929, que previam uma maior intervenção do Estado na economia, sendo a salvação do mundo no início do século XX. Agora suas idéias foram de forma adaptadas ao século XXI e implantadas, principalmente pelo governo norte americano, durante a crise financeira de 2008, com grandes ajudas financeiras em instituições consideradas anteriormente, bastante sólidas, como GM e AIG.

Início da crise

A publicação da Embaixada Americana no Brasil, intitulado Crise Financeira Global, resposta dos EUA, faz uma cronologia bastante interessante sobre o assunto. Vejamos:

  • Fevereiro de 2007: queda do setor imobiliário norte americano: Em 2006, há uma inversão no curso do boom imobiliário; 2007 registram a maior queda na venda de casas nos EUA em 25 anos, levando a um colapso no setor americano de hipotecas subprime[1]; Fevereiro e março de 2007: mais de 25 empresas de empréstimos subprime declaram falência.

  • Agosto de 2007: Bancos do mundo todo divulgam possuir número substancial de subprimes: O banco francês BNP Paribas anuncia que não tem condições de avaliar ativos, outros bancos da União Européia fazem o mesmo; O banco Northern Rock pede recursos de emergência ao Banco Central da Grã-Bretanha; O Federal Reserve americano, o Banco Central europeu e os bancos da Austrália, do Canadá e do Japão decidem injetar liquidez nos mercados.

  • Março-setembro de 2008: bancos americanos entram em colapso: Março: o Bear Stearns é comprado pelo JPMorgan; Setembro: o Merrill Lynch é comprado pelo Bank of America; o Lehman Brothers não encontra comprador e pede falência –a maior na história dos EUA; o Washington Mutual Bank entra em colapso e é comprado pelo JPMorgan Chase.
  • Setembro-outubro de 2008: Washington DC intervém: O governo dos EUA assume o controle das seguradoras de hipotecas federais Fannie Mae e Freddie Mac; A Lei de Estabilização Econômica de Emergência de 2008 e o Programa de Alívio de Ativos Problemáticos (Tarp), do secretário do Tesouro Paulson, são apresentados; O Federal Reserve Americano anuncia US$ 900 bilhões aos bancos para empréstimos de curto prazo e US$ 1,3 trilhão para empresas fora do setor financeiro.
  • Janeiro-fevereiro de 2009: resposta do governo Obama: O presidente Obama sanciona a Lei de Recuperação, programa de estímulo econômico no valor de US$ 787 bilhões; O secretário do Tesouro, Geithner, anuncia o “Plano de Estabilidade Financeira” e a continuação do Tarp.

Acompanhe agora no quadro abaixo uma ilustração publicada na Folha de São Paulo (PRECISO PEGAR O DIA DA PUBLICAÇÃO) sobre o início da crise financeira mundial.

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