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Fichamento - FLEURY, A. e VARGAS, N. (1983). Organização do Trabalho, Atlas, S. Paulo, 1983, Cap. 1

Por:   •  16/6/2015  •  Resenha  •  1.092 Palavras (5 Páginas)  •  1.564 Visualizações

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UNIVERSIDAE ESTADUAL DE CAMPINAS

Instituto de Geociências – Departamento de Geografia

GE 701 – História e Teoria da Organizações

Letícia Barbosa Ribeiro, RA 136518

Fichamento 1 (março/2015)

FLEURY, A. e VARGAS, N. (1983). Organização do Trabalho, Atlas, S. Paulo, 1983, Cap. 1.

  1. A obra de Taylor e a administração científica:

Segundo Fleury, o exame da obra de Taylor é fundamental para a compreensão da “racionalização” industrial do início do século, pois seu método da “Administração Científica” marcou as técnicas de organização e gestão do trabalho e da produção. Embora muitos críticos digam que o taylorismo tenha perdido sua atualidade e seja sem fundamento, “o que se abandonou em parte foram os métodos e técnicas que Taylor utilizava, mas não os seus princípios” (p. 17). No entanto, o taylorismo não é aplicável a qualquer tipo de indústria, como a construção civil ou empresas que têm produtos muito diversificados e deve ser compreendido no meio político e econômico em que fora concebido.

Antes de anunciar seus princípios, Taylor analisou a administração tradicional, com mecanismos de “iniciativa e incentivo”, criticados pelo autor pois a “persuasão (incentivo) do operário só poderia ter efeito quando se tivesse controle do trabalho” (p. 19), deixando a administração a mercê da iniciativa operária.

  • Princípios fundamentais do taylorismo:
  1. “Taylor identificava, assim, como raiz dos problemas de controle o desconhecimento por parte da administração empresarial de como realizar o trabalho” (p. 19). A técnica que divulgava para alcançar seus objetivos consistia em estudar o movimento elementar de cada operário, a fim de eliminar movimentos inúteis, e identificar o “tempo útil” para realização da tarefa. Essa técnica é conhecida como “analise científica” e visa o aumento da lucratividade.
  2. “(...) o que se procura não é um homem que conheça um ofício ou que tenha várias habilidades para desenvolver qualquer trabalho. (...) Não se desejam qualidades profissionais, mas habilidades pessoais específicas para atender a exigência do trabalho” (p. 21). Esse princípio trata da seleção e treinamento e este relacionado ao princípio anterior.
  3. Taylor era contra o sistema de administração de seu tempo, “em seu lugar defendia a existência de especialistas responsáveis por cada uma das funções produtivas” (p. 22).

“O taylorismo não deve ser visto, assim, como um simples estudo de tempos e movimentos, isto porque é orientador de muitas outras técnicas de gestão da produção. Além disso, não se limita somente ao campo de atuação do engenheiro, mas também incursiona nas demais profissões que cuidam da atividade fabril como, por exemplo, o selecionador e treinador de pessoal, o ergônomo, o médico do trabalho etc. É por isso que é atual e importante o seu estudo” (p. 23).

  1.  A obra de Ford e a linha de montagem

Ford começou a aplicar, plenamente, os princípios da linha de montagem em 1913 e a partir de então a esteira rolante passou a ter funcionamento ininterrupto, juntamente a operações extremamente parceladas do trabalho. Em suma, o homem passa a ser quase um componente da máquina e o resultado destas normas de Ford é a economia das faculdades mentais, com a aplicação de movimentos repetitivos.

“Outro aspecto de particular importância, que aparecia nos princípios da linha de montagem, é relacionado com o desejo de concentrar no menor espaço de tempo aquela parte do trabalho que realmente transforma e valoriza a mercadoria” (p. 26). Essa foi a organização engendrada por Ford, onde o trabalho era entendido como fonte de riqueza e, por isso mesmo, não permitia qualquer desperdício. A introdução da linha de montagem resultou na desqualificação do trabalho.

*Inovações tecnológicas da indústria mecânica = produção em grande escala de peças intercambiáveis.

  1. O enriquecimento de cargos

Quando se trata de motivação para o trabalho, os fatores psicológicos têm grande influência sobre a produtividade, talvez maior que os fatores fisiológicos. “Com isto, as hipóteses de Taylor sobre motivação e produtividade foram questionadas. Diversas propostas surgiram, então, no sentido de explorar esses fatores psicológicos para que o operário atingisse maior produtividade” (p. 29).

A o trabalho de Maslow (teoria da hierarquia de necessidades) fez com que os psicólogos industriais deixassem de se preocupar somente com o treinamento pessoal e passassem preocupar-se com as consequências do trabalho sobre a personalidade das pessoas. Já para Argyris, existe uma incongruência entre “as necessidades dos indivíduos são e os requisitos das organizações formais” (p. 30) e a solução “estaria na modificação das organizações de forma que permitissem que as pessoas desenvolvessem suas características de adultos no processo de trabalho” (p. 30).

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