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Historia Econômica Geral I. Respostas de questionário

Por:   •  12/4/2019  •  Resenha  •  6.543 Palavras (27 Páginas)  •  242 Visualizações

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“Discuta sobre o desempenho da economia da Inglaterra no período do entre guerras considerando: (a) sua situação em termos de perdas da Primeira Guerra Mundial; (b) a obsessão pela volta ao padrão-ouro; (c) sua condição de país pioneiro na industrialização; (d) o envelhecimento de sua indústria”.

O período entre guerras foi marcado pela desorganização econômica de diversos países. Por causa do padrão-ouro as taxas de inflação e hiperinflação demonstraram o quão seria difícil a reconstrução econômica mundial. A construção do pioneirismo inglês se deu com as indústrias têxteis, carvão, ferro, aço, com a engenharia mecânica e construção naval, que fez com que se tornasse nação hegemônica. Já a Alemanha e os Estados Unidos ingressaram na era da Segunda Revolução Industrial (eletricidade, química, motor e combustão que ampliaram as escalas produtivas, estreitaram as relações com os bancos e revolucionaram os métodos de produção, gestão e comercialização. E a Inglaterra permaneceu presa a “velha indústria”.

Com relação a sua estrutura produtiva o entre guerras foi fundamental para a economia inglesa, pois apresentou a transição da estrutura produtiva centrada nas “velhas indústrias” que eram voltadas ao mercado externo, passando para as “novas indústrias” direcionadas ao mercado interno. E na Inglaterra se esperava segundo Mazzucchelli (2009) a volta do padrão-ouro, da paridade da libra esterlina, porém durou apenas cerca de seis anos.

O território da Inglaterra era protegido pelos mares e pela força de sua marinha, apresentando assim uma vantagem, por ter sido ameaçada pelos submarinos alemães que não tiveram êxito. Nesse período a economia inglesa sofreu um boom especulativo que durou pouco tempo. Onde em 1921, através de elevadas taxas de juros, o comércio internacional se sobrepôs o efeito de políticas contracionistas. A produção industrial inglesa declinou em 18%, as exportações despencaram em 50%, o desemprego passou de 1,9% a 11%, os preços caíram 10%. Visto dessa forma o brusco impacto econômico inglês, onde o Banco da Inglaterra teve que reduzir a taxa de juros em 3% em 1922.

Assim, por a Inglaterra ter desvalorizado a libra e praticado uma política sistemática de dinheiro barato, antes dos outros países desenvolvidos, fez com que a economia inglesa por volta de 1930, começasse a apresentar sinais de reerguimento, mostrando assim que sua recuperação da crise foi um pouco adiantada.


“Mais uma vez, a Primeira Guerra Mundial e o entre guerras mostraram que as forças econômicas são, de fato, forças políticas. Assim, quando as economias nacionais e suas interdependências no plano do sistema internacional entram em crise, a solução política ocorre através da diplomacia, com movimentos de ameaças, dissuasão, alianças e acomodação ou através do poder militar”

A afirmação é verídica ao observa-se a situação em que foi exposto o pós- guerra, com crescimento de democracias liberais, regimes totalitários que ganharam força em torno do mundo, assim como o nazismo na Alemanha e o fascismo na Itália.

Os regimes totalitários que tem a concepção política que exalta o Estado, ou seja, que o sistema governamental esteja baseado no governo com a concentração de poder em suas mãos. Assim não existia espaço para a prática da democracia, muito menos garantia aos direitos individuais. Esse tipo de governo surgiu após a Primeira Guerra Mundial, principalmente na Alemanha e Itália devido ao cenário que esses dois países apresentavam: sentimento de revanche pelas carregadas reparações oriundas do tratado de paz (Tratado de Versailles), em que muitos colocavam como uma humilhação para esses países; também pelo cenário de crise econômica.

O exemplo na Alemanha que enfrentou um período de hiperinflação juntamente com os elevados pagamentos de reparações fez com que ela levasse mais tempo a sair da crise. Criando um sentimento de vingança contra os principais países dos países da Liga das Nações, vendo-se que por isso a Alemanha acabou levando todos para um novo conflito (Segunda Guerra Mundial), como acerto de contas que ficou em aberto na Primeira Guerra Mundial.

Economicamente o surgimento dos regimes começou pelo fato da existência do ser social para sobreviver da produção e reprodução das condições materiais no nível biológico e social. Surgindo, portanto, a política e o estado como regulador das relações econômicas existentes. Porém, devido à crise estabelecida no entre guerras, principalmente pelos gastos com a guerra, surgiram muitos problemas para os regimes, que entraram no modo de socialista de produção, como exemplo a Rússia, que em termos econômicos internacionais (comércio, investimento e finanças) o socialismo russo quase não impactou.

Desse modo, pode-se verificar que ao final da Primeira Guerra Mundial e do entre guerras, a grande mudança mundial relacionada aos regimes econômicos, apresentou como foram poderosas as forças políticas presentes nesses regimes totalitários.

“Apesar de já ter o status da maior economia mundial e de ser o grande credor da pós-Primeira Guerra Mundial, os Estados Unidos praticou o isolacionismo e caiu no chamado „vazio de liderança‟, o que dificultou – ou pode-se dizer que impediu – a reorganização do sistema mundial”.

Os benefícios econômicos que a guerra trouxe para os Estados Unidos foram evidentes, que durante a Primeira Guerra se converteram em exportadores privilegiados de material bélico e alimentícios, tornados credores mundiais por conta de empréstimos concedidos aos aliados. Ao término da guerra, as dívidas de guerra eram extremamente elevada fazendo com que os Estados Unidos se tornassem credores internacionais líquidos.

Durante o conflito os preços do consumidor cresceram cerca de 60%, o crescimento no atacado foi superior a 90%. Essa elevação do nível de geral de preços decorreu da combinação de muitos fatores, como: elevada utilização da capacidade produtiva, constrangimentos de oferta, elevação dos custos, expansão do poder de compra, etc. Os Estados Unidos conseguiu conviver com uma inflação elevada, que conseguia auferir ganhos nominais de salários.

A economia norte-americana passou por um ciclo de crescimento virtuoso com as facilidades do crédito, a explosão do consumo de massas, o fascínio dos automóveis e dos equipamentos duráveis de uso doméstico, os apelos a propaganda, a renovação dos imóveis, a difusão do uso da energia elétrica, crescimento do emprego, ganhos na Bolsa de Valores, etc.

Mas apesar de toda essa credibilidade e crescimento econômico a economia norte-americana entra em recessão, através do aperto monetário e arrocho fiscal estouraram a bolha especulativa. Os preços dos consumidores que antes era de 60% declinou mais de 10%, a produção industrial caiu 20%, e as exportações que

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