Matemática Financeira Conceitos básicos
Seminário: Matemática Financeira Conceitos básicos. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: thiagocleber • 24/4/2014 • Seminário • 1.380 Palavras (6 Páginas) • 376 Visualizações
Etapa 1 passo1
A matemática financeira é a parte da matemática em que se aplica a análise de dados financeiros, como comparativos e relacionamentos. A matemática financeira tem sua origem na análise de juros e se estende até questões mais complicadas como os cálculos atuariais.
Conceitos fundamentais
Os conceitos básicos da matemática financeira são: finanças e economia, que relacionam as variáveis fundamentais da matemática financeira.
Capital
Refere-se ao montante financeiro empregado em algum investimento ou tomado em algum financiamento. Também pode ser chamado simplesmente de montante.
Tudo gira em torno do capital, que é remunerado de acordo com a troca que ocorre entre credor e devedor.
Todas as operações financeiras envolvem algum capital, e no fim, toda operação de matemática financeira busca analisar o impacto das relações entre as partes e o tempo sobre o capital.
Capitalização
A capitalização é a forma de “rentabilização” do capital. A forma de capitalização pode ser habitualmente do tipo simples ou composta. O próximo tópico explica em detalhes as diferenças entre as duas formas de capitalização.
A capitalização por si só conecta o valor presente ao valor futuro através de uma relação matemática, relação que segue a proporção dos juros em função do tempo.
Juro
É a remuneração do capital em função do tempo. O juro é aplicado (multiplicado) pelo capital empregado na capitalização.
Para o devedor, os juros dão o valor do custo do dinheiro em função do tempo do empréstimo, é o ônus financeiro de tomar este recurso emprestado. Sob a ótica do credor, os juros são o rendimento da aplicação, do financiamento cedido, são a taxa de capitalização.
O juro é a taxa que relaciona o valor presente com o valor futuro.
Valor presente
Um capital que está disponível para aplicação ou resgate no dia de hoje, recebe o nome de valor presente.
O valor presente também se refere a tudo aquilo que não possui risco de fator tempo, uma vez que conceitualmente falando, o risco dentro de um mesmo dia é zero. Isso significa dizer também que, ao menos em tese, não se pode emprestar dinheiro para pagamento no mesmo dia e inclusive, se cobrar juros por isso.
O valor presente é intimamente ligado ao valor futuro através da capitalização.
Valor futuro
Um capital que será recebido ou pago no futuro recebe o nome de valor futuro. Por ser um valor a receber, não pode ser utilizado hoje.
Por estar no futuro, o valor futuro corre o risco de fator tempo, de forma proporcional ao tipo de capitalização utilizado no fluxo do investimento ou financiamento.
O valor futuro é intimamente ligado ao valor presente através da capitalização.
Tempo
O tempo refere-se ao prazo de aplicação. É fator determinante para capitalização, uma vez que é a medida que diz a proporção de juros de rendimento que uma capitalização vai pagar ao investidor, ou que o devedor vai ter de pagar ao credor.
Taxa nominal, efetiva e real
Recebe o nome de taxa nominal o valor absoluto de uma taxa de juros, valor que acaba ficando sujeito aos efeitos da inflação. Isso significa dizer que a taxa nominal não desconta a inflação do seu rendimento.
Taxas equivalentes e proporcionais
Taxas que resultam no mesmo retorno quando comparadas a um intervalo idêntico e formadas através da capitalização composta são taxas equivalentes.
Fluxo de caixa
O fluxo de caixa é a representação gráfica para uma série de pagamentos e recebimentos em função do tempo. Um fluxo de caixa é representado como sendo uma linha de tempo na horizontal onde setas na vertical indicam entradas e saídas financeiras em relação ao caixa.
A ilustração de um fluxo de caixa é particularmente útil para facilitar a visualização de uma série de entradas e saídas de caixa ao longo do tempo. Um fluxo de caixa ajuda na análise de longos períodos de tempo, principalmente quando a série de fluxos é inconstante, com várias entradas e saídas em diversos valores.
A imagem abaixo ilustra um fluxo de caixa simples, onde no valor presente (onde o tempo corrido é igual a zero) tem-se uma aplicação e no valor futuro (onde o tempo corrido é igual a n) tem-se um resgate, uma saída de caixa da aplicação, que poderia ser um pagamento de juros ou simplesmente o resgate da aplicação.
Formas de capitalização
São duas as formas de capitalização: simples e composta. As formas de capitalização mudam de acordo com a métrica matemática de aplicação dos juros sobre o capital.
Capitalização simples
Na capitalização simples os juros cobrados por período incidem somente sobre o capital. Isso significa dizer que os juros são cobrados sobre o valor do capital empenhado, de maneira proporcional ao tempo.
Exemplo 10: um empréstimo a 15% capitalizado no esquema de capitalização simples rende em três anos, 45% de juros sobre o capital emprestado.
A capitalização simples relaciona o valor futuro ao valor presente através da fórmula abaixo:
Onde:
VF = Valor Futuro
VP = Valor Presente
i = taxa de juros
n = período da aplicação
Exemplo 11: um investimento de 1000,00 aplicado por três meses capitalizado de maneira simples a juros de 5% ao mês retorna um valor futuro de 1150,00, pois, substituindo na fórmula:
Através da inversão da fórmula é possível desenvolver outros tipos de problemas, buscando encontrar por exemplo o valor presente de um valor futuro:
Este tipo de abordagem pode ser particularmente útil quando se deseja avaliar o valor de um investimento
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