Os Fundamentos do Cuidar Humano
Por: anan89 • 7/1/2017 • Trabalho acadêmico • 7.055 Palavras (29 Páginas) • 489 Visualizações
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CENTRO DE COMPETÊNCIAS TECNOLOGIAS DA SAÚDE
1º CICLO DO CURSO DE ENFERMAGEM
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Unidade curricular: Fundamentos do Cuidar Humano
Módulo: Evolução do Cuidar
Discentes: Carla Moura, nº2086916
Cátia Figueira, nº2090816
Joana Martins, nº2061116
Joana Santos, nº2087416
Luana Santos, nº2087316
Vera Pestana, nº2087616
Docente: Professora Doutora Isabel Fragoeiro
Funchal, 17 de novembro de 2016
ÍNDICE
Introdução …….............................................................................................................................3
1–As práticas de cuidados das mulheres identificadas pelo seu papel ……………….…………4
1.1– Origem das práticas de cuidados, sua influência na prática de enfermagem……………….4
1.2– Identificação da prática de cuidados com a mulher………………………………………...5
1.3 – Identificação da prática dos cuidados com a mulher sagrada……………………………...5
1.4 – Identificação da prática de cuidados com a [mulher] – enfermeira → auxiliar do médico..7
1.5 – Prevalência dos papéis como modo de identificação das práticas de cuidados……………8
2– Influência das correntes socioeconómicas sobre o “papel da enfermeira”……………...……9
2.1 – Corrente ligada à tecnicidade e centrada na doença……………………………………….9
2.2 – Corrente de revalorização da relação entre quem presta e quem recebe cuidados…....…..12
2.3 – Corrente orientada para o desenvolvimento da saúde…………………………………….14
3 – Enfermeiras à procura de identidade…………………………………………………..……16
3.1 – Uma nova enfermeira?.........................................................................................................16
3.2 – Da enfermeira – modelo ao modelo para enfermeiras……………………………………..19
4 – Conclusão……………………………………………………………………………………21
5 – Referências…………………………………………………………………………………..22
INTRODUÇÃO
No âmbito da Unidade Curricular Fundamentos do Cuidar Humano no módulo Evolução do Cuidar, enquanto alunos do primeiro ano da Licenciatura de 1º Ciclo do Curso de Enfermagem da Universidade da Madeira do ano letivo 2016/2017, foi – nos proposto explorar o tema “Da Evolução do Cuidar e da Enfermagem”.
Deste modo, o objetivo geral do trabalho é tomar conhecimento sobre a evolução do cuidar e as etapas que a constituíram desde os primórdios da humanidade até à atualidade. Posteriormente surgiu o conceito de enfermagem sobre o qual abordamos um pouco da história que está por trás do mesmo, tendo em conta algumas datas importantes.
Quanto à estrutura do trabalho, este será constituído por três partes, dado que a primeira parte refere as práticas de cuidados pelas mulheres. A segunda corresponderá à influência das correntes socioeconómicas no “papel da enfermeira”. A terceira e última, destinar-se-á à procura de identidade pelas mesmas.
AS PRÁTICAS DE CUIDADOS DAS MULHERES IDENTIFICADAS PELO SEU PAPEL
Origem das práticas de cuidados, sua influência na prática de enfermagem
Em França, no ano 1968, começaram a ocorrer crises nos métodos de aplicação da enfermagem, levando os enfermeiros franceses à revolta. Desde o século XIX, os métodos e as formas de aplicar os serviços de enfermagem pouco mudaram, e na atualidade os enfermeiros sofrem pois não são devidamente remunerados de forma justa tendo em conta a quantidade de trabalho que têm. Em cada país existem diferentes métodos de cuidar e o enfermeiro é responsável por aprender, preservar e passar os conhecimentos às gerações seguintes.
A prática de cuidados era identificada com a mulher pois esta era associada ao mistério, não só pela sua fisiologia mas também pelo fenómeno da maternidade. Todas as suas características levaram este género a produzir um conjunto de cuidados essenciais à vida. As mulheres eram rotuladas como tendo o poder de “dar a vida e anunciar a morte” e muitas vezes eram quem realizavam os funerais porque se acreditavam que eram mais ligadas ao ciclo de vida.
Desde os mais remotos tempos da existência humana, as mulheres eram desde curandeiras a parteiras e adquiriam os conhecimentos através do empirismo e do contacto que tinham umas com as outras ao longo de gerações. Desde cedo, estas práticas tiveram um grande impacto na história do ser humano.
O corpo da mulher é extremamente complexo pois demonstra tanto um lado “agressivo” quando está menstruada, como um lado frágil quando está grávida. Este requer mais cuidados e atenção quando se encontram em estados como a puberdade, gestação, parto e nascimento. É por exemplo através do seu corpo que a mulher presta cuidados ao recém-nascido, alimentando-o.
Os sentidos eram considerados de extrema relevância no que diz respeito ao cuidar. O olfato era associado à deteção de determinadas doenças ou mesmo situar determinados acontecimentos como, por exemplo, o parto. O tato é uma fonte de estimulação de prazer ou desprazer, podemos constatá-lo quando uma criança procura afeto e nutrição nos seios da mãe. Era também através do tato que se elaboravam terapêuticas, como massagens.
No que diz respeito à prática de cuidados em torno da alimentação, desde os primórdios da existência humana que os homens iam à caça e as mulheres eram encarregues de tratar dos vegetais. Foi a partir desta ligação das mulheres às plantas e legumes que estas descobriram os seus fins terapêuticos. Foram então sendo criados “caldos, infusões, destilados, lixívias, elixires, etc…” e através de todo este processo empírico foram criados “sedativos, tónicos, excitantes, tóxicos, etc…”. As plantas tornaram-se então a base de cuidados e constituíram os primeiros medicamentos tornando-se possível curar e prevenir determinadas doenças e aos poucos toda a técnica ia sendo aperfeiçoada. Todo este conhecimento era considerado pela igreja uma ameaça e daí surgiu a “caça às bruxas” durante quatro séculos.
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