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Plano de Ação

Por:   •  7/10/2016  •  Relatório de pesquisa  •  5.610 Palavras (23 Páginas)  •  262 Visualizações

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  1. Apresentação

O presente plano tem como objetivo discorrer sobre todas as ações e projetos que pretendemos realizar durante todo o ano. O plano de ação é composto pelas atividades a ser desenvolvidas juntamente com metodologia, cronograma e temáticas dos grupos.

            A ONG é uma estrutura essencial na prevenção e enfrentamento à violência contra a mulher, uma vez que visa promover a ruptura da situação de violência e a construção da cidadania.

          A ONG MULHER FELI como é denominada,  é localizada no bairro Estação, foi  inaugurada dia 30 de Abril de 2015 tem como principal objetivo  atender mulheres do município de Boa Viagem que foram vítimas de diversas situações de violência causadas em decorrência do gênero, ou seja, da própria condição de serem mulheres. Esse é o objetivo da ONG,), tem como principal objetivo assegurar os direitos das mulheres boa-viagenses em especial as mulheres em situação de Violência Doméstica e Familiar, oferecendo atendimento nas mais diversas áreas: Assistência Social, psicológica, jurídica e pedagógica. Além desses atendimentos, todas as mulheres atendidas em situação de violência doméstica têm seus processos encaminhados aos órgãos competentes com sigilo e ética profissional, como por exemplo, delegacia, promotoria, etc. Este centro é instrumento de enfrentamento da violência sendo considerado como porta de entrada de orientação e apoio.

A ONG MULHER FELI apresenta estruturas essenciais no combate à violência contra a Mulher através de atividades de prevenção, promovendo a ruptura da situação de violência vivida, ações globais e de atendimento interdisciplinar-psicológico, social, jurídico, de orientação e informação, aconselhamento em momento de crise, buscando amenizar o sofrimento, promovendo o resgate da auto-estima possibilitando que a mulher tenha seu bem estar físico e emocional restaurado.

A Violência Doméstica e Familiar contra a mulher é uma violação de direito, humilha, maltrata podendo matá-la. Portanto, Violência Doméstica contra a mulher é, “qualquer ato de violência contra a mulher que cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial, no ambiente doméstico e nas relações familiares ou de afeto” (p. Núcleo de Gênero Pro – Mulher de Fortaleza, p.10).

  1. Justificativa

Violência Doméstica e Familiar contra mulher é uma temática que tem feito parte cada vez mais da vida das pessoas, porém tem-se aumentado o enfrentamento contra esse crime, tornando-se uma questão pública. Podemos classificar esta violência como violência de gênero, onde adquiriu uma herança cultural de nossa sociedade machista, quando o homem sempre se sentiu superior a mulher, a qual deveria ficar em casa cuidando dos afazeres domésticos e dos filhos e quando o marido chega do trabalho quer encontrar sua comida pronta e sua mulher disposta a lhe servir em todos os sentidos, caso contrário à mulher é tida como inútil.

Quando uma pessoa que amamos comete tais abusos, é comum sentir certa confusão. Possivelmente, em sua dor existam diversos sentimentos: incredulidade, choque, raiva, culpa, medo. Sentimentos opostos podem fazer-se presentes ao mesmo tempo: talvez, raiva e dependência, amor e dor, mágoa e necessidade. Todos esses sentimentos são naturais e devem ser identificados e expressados em um lugar seguro, onde a mulher que vivenciou a violência possa analisar seus sentimentos de maneira honesta, sejam eles quais forem ela conseguirá encontrar a solução certa para sua situação. Independente da sua situação a violência tem que acabar.

A Violência doméstica pode terminar com morte. Por isso, os seus interesses práticos por proteção, segurança, intervenção e tratamento são vitais. È importante valer-se tanto das fontes religiosas quanto das seculares. O uso dos recursos médicos, legais, e psicológicos da comunidade é fortemente indicado a fim de ajudar a lidar com as questões práticas relacionadas com a construção de sua vida.

 Todos esses recursos em termo de amparo à mulher na ONG Mulher Feliz, procura oferecer e no ano de 2016, além de nossos atendimentos individuais, encaminhamentos e acompanhamentos iremos executar nossos projetos com oficinas, rodas de conversar, palestras, dinâmicas de grupos, objetivando o resgate da auto-estima e fortalecimento das mulheres em situação de violência que são atendidas pelo equipamento, além de prevenir outras mulheres de futuras agressões garantindo seus direitos enquanto cidadãs.

Durante um ano e seis meses de funcionamento, temos acolhido várias mulheres, onde elas têm procurado refúgio e solução para sua situação. E durante o ano de 2016 pretendemos continuar nosso trabalho com mais excelência e atender um número cada vez maior.

Os princípios norteadores de nossas ações baseiam-se na Norma Técnica de Uniformização como descreve a citação a seguir:

O objetivo primário da intervenção é cessar a situação de violência vivenciada pela mulher atendida sem ferir o seu direito à autodeterminação, mas promovendo meios para que ela fortaleça sua auto-estima e tome decisões relativas à situação de violência por ela vivenciada. Ressalta-se que o foco da intervenção da ONG deve ser o de prevenir futuros atos de agressão e de promover a interrupção do ciclo de violência. (p. 16).

Os nossos serviços devem seguir princípios de intervenção listados a seguir:

1. Atender as necessidades da mulher em situação de violência

A mulher em situação de violência é um sujeito de direitos, e é nesse contexto que todo e qualquer serviço de atendimento deve ser a ela oferecido, o que significa que o plano de intervenção deve ser elaborado em conjunto com ela e suas escolhas devem ser respeitadas. O planejamento da intervenção deve integrar a Rede de Atendimento, assegurando assim que as ações atendam as necessidades integrais da mulher em situação de violência, como abrigo, serviços de saúde, creche etc.

2. Defesa dos Direitos das Mulheres e Responsabilização do agressor e dos serviços

Agir contra a violência implica adotar uma posição clara de que não há justificativa para a violência e condenar todos os tipos de violência contra as mulheres, uma vez que adotar uma postura de neutralidade perpetua a violência. As mulheres não têm que provar a situação de violência a que foram submetidas. Os profissionais devem ouvi-la, acreditar no seu relato e tratá-las sem preconceito.

A ONG MULHER FELI deve promover a responsabilização do agressor, por meio de encaminhamento - e monitoramento - do caso para o sistema de segurança pública e de justiça e acompanhamento da mulher em situação de violência nos contatos com esses equipamentos.

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