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RESENHA CRÍTICA DO LIVRO: GESTÃO COMO DOENÇA SOCIAL - IDEOLOGIA, PODER GERENCIALISTA E FRAGMENTAÇÃO SOCIAL”

Por:   •  17/10/2018  •  Resenha  •  645 Palavras (3 Páginas)  •  1.465 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DIO RIO DE JANEIRO INSTITUTO MULTIDISCIPLINAR – UFRRJ IM

MILENA GONÇALVES MARTINS

RESENHA CRÍTICA DO LIVRO

“GESTÃO COMO DOENÇA SOCIAL: IDEOLOGIA, PODER                    

                   GERENCIALISTA E FRAGMENTAÇÃO SOCIAL”

RIO DE JANEIRO

2018

   

       A GESTÃO COMO IDEOLOGIA

Vincent Gaulejac, parisiense, nascido em 1964, é professor da Universidade Paris 7-Diderot, sociólogo e tem suas pesquisas voltadas para a sociologia clínica e para determinados vínculos que são estabelecidos no trabalho. 

O autor do livro Gestão como doença social, analisa em sua obra, de que maneira a gestão vem se transformando em uma ideologia, e como a mesma deve conciliar recursos nada semelhantes, como por exemplo, os interesses econômicos e a força de trabalho.

No geral, o autor expôe, mesmo que indiretamente, um modelo ideal de gestão. Ele defende a ideia a qual o trabalho precisa dar sentido e refletir a identidade do trabalhador, estabelecer a coletividade, e, principalmente, ultrapassar o gerencialismo que foi dominado pelo capitalismo.

O capítulo analisado inicia-se com um destaque às contradições relacionadas à ciência gerencial e à ideologia gerencialista. Esta, deve submeter-se ao poder gerencialista para assegurar seu desempenho; aquela, é responsável por consolidar pensamentos e modos de agir.

Os americanos foram os principais responsáveis por difundir noções que estimularam as ideias gerencialistas, onde questões importantes como a repartição da desigualdade são deixadas de lado, e o foco esta sempre voltado para práticas eficazes e eficientes.

Segundo o autor, esta ideologia despreza a irracionalidade, não levando em consideração a subjetividade e as emoções dos indivíduos, reduzindo aspectos humanos e sociais à estatísticas e cálculos, “Referimo-nos a um homo economicus, [...] podemos prever seu comportamento, otimizar suas opções, submetê-lo ao cálculo e programar sua existência.” (p. 67)

Gaulejac conclui o capítulo com críticas às práticas paradoxais que fundamentam a gestão, e destaca o fato de que em determinadas gestões, o indivíduo deve adaptar-se à empresa.

CRÍTICA

Inúmeras são as consequências organizacionais, políticas e individuais que podem ser geradas por determinadas modelos gerenciais. Além dos efeitos psicológicos e ideológicos causados por práticas(gerencialistas) que aumentam cada vez mais o mal-estar no ambiente de trabalho.

A gestão e a ciência devem funcionar de modo que beneficiem, principalmente, o bem comum, ou seja, o lucro não deve ser a única finalidade das organizações.

O autor expõe excepcionalmente ao longo do livro, concepções em que é possível perceber a preocupação com o bem-estar coletivo. Ou seja, a gestão não é apenas sobre cálculos, estatísticas e exclusividade em relação a questões financeiras, muito pelo contrário, a prioridade da organização tem que estar voltada, também, para aspectos sociais e humanos.

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