RESENHA CRÍTICA KARL MARX - LIVRO CONTRIBUIÇÃO À CRÍTICA DA ECONOMIA POLÍTICA
Por: Tani kinnutch • 6/4/2017 • Resenha • 863 Palavras (4 Páginas) • 3.352 Visualizações
RESENHA CRÍTICA
MARX, Karl, Contribuição à Crítica da Economia Política. Tradução e interpretação de Florestan Fernandes. 2° Ed. Ex. 01. São Paulo: Expressão Popular, 2008.
Quem foi Karl Marx? Teórico do socialismo Marx nasceu na Alemanha em 1818 e faleceu em 1883 na Inglaterra. Foi filósofo e revolucionário. Criou as bases da doutrina comunista, onde criticou o capitalismo. Sua filosofia exerceu influência em várias áreas do conhecimento, tais como Sociologia, Política, Direito, Teologia, Filosofia, Economia, entre outras.
O livro trata de apresentar os elementos básicos e abstratos de um enorme corpo teórico, resultado das pesquisas de Marx. Na Contribuição à Crítica da Economia Política, publicada em 1859 Marx estuda a mercadoria e o dinheiro desenvolvendo sua teoria do valor e sua teoria monetária.
Logo no inicio do livro é dito o seguinte: “Há algo de curioso em Marx. Sobre ele e sua obra existiram ao longo do tempo e continuam a existir diferentes atitudes. Entre elas, consideramos, devem ser citadas três que talvez sejam as mais importantes. Está aquela dos que odeiam Marx sem nunca o terem lido, ao lado de uma outra dos que o amam, mas também nada leram de seus escritos. Finalmente a terceira atitude a ser mencionada é a daquela que querem lê-lo, ou melhor estudá-lo [...]”. Isto chama bastante atenção por ser a mais pura realidade. Talvez este pensamento se dê pela complexidade que se atribui a sua forma de pensamento e seus escritos.
Para Karl Marx a mercadoria, que é a forma assumida pelos produtos e pela própria força de trabalho e tem por finalidade satisfazer as necessidades humanas é a forma elementar da sociedade burguesa, por isso sua investigação começa por ela. Ele fala que a mercadoria tem duplo valor, o Valor de Uso e o Valor de Troca. Os Valores de Uso possuem utilidade, sendo que sua utilidade se efetiva no consumo. A mercadoria ganha Valor de Troca, a partir do momento em que o proprietário decide não mais querê-la,e para calcular o valor de troca leva-se em consideração o tempo de trabalho empregado para confeccionar a mercadoria. As mercadorias ao serem trocadas umas pelas outras são nada mais nada menos que trabalhos materializados de diversas formas. O que gera o valor é o trabalho.
Outro termo utilizado por Marx é a Mais Valia que é a razão entre o trabalho excedente e o trabalho necessário. Marx ainda fala sobre o caráter fetichista da mercadoria, isto é, uma relação social entre pessoas mediada pelas coisas, que se torna aparentemente uma relação direta entre coisas e coisas e não entre pessoas. As pessoas passam a agir como coisas e as coisas, como pessoas.
Karl Marx ainda fala sobre o processo de metamorfose das mercadorias. “Depois que a mercadoria, através do processo que determina o preço, recebe a forma que a torna apta a circular [...] A troca real destas, isto é, a troca social da matéria, opera-se numa metamorfose na qual se desdobra o duplo caráter da mercadoria como valor de uso e valor de troca [...] Descrever essa metamorfose é descrever a circulação.” –pag. 118-119
Ele acaba descrevendo esse processo de circulação da seguinte forma: M-D-M, onde „M‟ significa mercadoria e „D‟ dinheiro. Nessa primeira formula, o dinheiro se torna mediador da troca, M-D-M é a forma imediata da circulação, decompondo-se
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