Sistema Monetário Europeu
Por: pedrozicamv • 8/11/2024 • Exam • 883 Palavras (4 Páginas) • 22 Visualizações
Os anos 1970 foram um dos períodos de maior influência em relação ao processo de integração europeia com base, especialmente, no processo de integração monetária europeia. Em se tendo, nesse período, a formação do Sistema Monetário Europeu, um grande passo em relação à estabilidade cambial e maior cooperação econômica entre as economias europeias. O SME foi, assim, criado como parte de um processo nascido de várias preocupações econômicas e políticas que continuaram a emergir à medida que a integração seguia adiante.
O pano de fundo histórico e econômico da década de 1970 foi estampado pelas graves recessões internacionais, entre elas o colapso de Bretton Woods, que garantia a convertibilidade cambial entre os países contratantes, e os choques do petróleo, que, sendo muito importante na base econômica de todas as economias, introduz possíveis inflações e recessões. Portanto, com as crises emergentes, verificou-se a necessidade de maior integração econômica entre os países europeus em direção ao alcance de uma situação de estabilidade econômica, política e social, as precondições para o florescimento do desenvolvimento.
A primeira grande tentativa de integração monetária foi no Relatório Werner, que propunha um plano de metas ambicioso, cuja ideia básica era que o grau de união monetária no bloco seria a força que ajudaria na maior conveniência para efetivar o Tratado de Roma. Ele defendeu medidas como a total convertibilidade mútua das moedas. Em 1972, um acordo estabeleceu o Sistema da "Serpente no Túnel", que restringiu a flutuação das moedas dos países europeus em comparação com o dólar dos EUA a pequenas margens. O plano envolvia tanto a estabilidade das taxas de câmbio quanto a coordenação das economias dos países membros europeus.
Mas o plano estava sob tensão considerável das falhas do fim de Bretton Woods e dos incidentes de crises de petróleo, que viam as disparidades entre as populações aumentar e estavam se tornando fatores inflacionários tanto da política fiscal quanto da especulação monetária. Coisas que levariam ao colapso do plano de Werner em 1974 e apontariam o fato de que a unificação monetária precisaria de um fardo estrutural muito mais significativo para vingar. Foi nesta perspectiva que se havia proposto a formação do Sistema Monetário Europeu, e, de fato, em 1979, o Sistema Monetário Europeu entrou em vigor.
O principal conceito por trás do SME era estabelecer uma região de estabilidade cambial na Europa, com a moeda alemã liderando o papel como moeda suplente do dólar. Sob esse arranjo, a Unidade Monetária Europeia foi, porteriormente, introduzida como um padrão dentro dos contratos de câmbio e em contas monetárias dentro dos Estados membros participantes. A UME era uma unidade de conta composta por uma cesta dos arranjos dos Estados membros participantes, e seu valor era representado em termos de uma média das moedas dos Estados membros.
O sistema monetário resultou em uma série de realizações iniciais. Primeiro, acabou com a instabilidade cambial, criou a condição pela qual a estabilidade monetária da UE poderia ser obtida, bem como um cenário de comércio e investimento mais previsível. A estabilidade cambial foi a conquista mais fundamental da integração econômica, porque a partir dela a incerteza cambial pôde ser minimizada. Em segundo lugar, facilitou a integração dos bancos
...