VALOR PADRÃO E VALOR REAL
Tese: VALOR PADRÃO E VALOR REAL. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Fabiana12 • 6/10/2014 • Tese • 1.257 Palavras (6 Páginas) • 375 Visualizações
CUSTO PADRÃO versus CUSTO REAL
A forma mais eficaz de se controlar custos, é a partir da adoção do CUSTO-PADRÃO.
O significado mais elementar de custo padrão, é a meta que a empresa elabora ao fabricar seus produtos, sabendo, entretanto, que a meta anteriormente fixada poderá sofrer alterações, o que não invalida tal adoção.
Parece-nos altamente precisa a definição de custo-padrão descrita por A. Lopes de Sá apud LEONE (2000:281): “Custo determinado a priori, ou seja, predeterminado, e que se fundamente em princípios científicos e observa cada componente de custos (matérias, mã0-de-obra e gastos gerais de fabricação) dentro de suas medidas de verdadeira participação no processo de produção, representando o quanto deve custar cada unidade em bases racionais de fabricação. Alguns autores consideram-no como o verdadeiro custo de produção, ou seja, o que se deve realizar em bases racionais. Os custos-padrão são, depois de efetuados os gastos, comparados com os históricos, a fim de observar as discrepâncias; tais verificações podem ser feitas para atender a múltiplas finalidades, quais sejam as de controle de produção, de estudos de investimentos, de estudo do grau de ocupação etc”.
Não se pode confundir custo-padrão com custo-orçado. O primeiro guarda de per si o propósito de fabricar com as condições ali definidas; o segundo destaca o que poderá acontecer, conforme projeções realizadas em um determinado momento, sem considerar em alta escala as questões internas (ativos e mão-de-obra existentes etc), voltando-se mais enfaticamente para as implicações externas, quais sejam, as aquisições porventura necessárias e suas possíveis alterações (qualidade, preço, fornecedor etc)
Para que seja implantado, requer um estudo prévio e detalhado da unidade fabril, tanto na parte relativa aos equipamentos, bem como do pessoal envolvido no processo produtivo. Não se trata de algo teórico. Está sustentado em base que podemos chamar de científica, pois para que seja adotado, são necessários estudos e cálculos e pesquisas, como já dito.
O grande objetivo do custo padrão é o de fixar uma base comparativa entre o que ocorreu e o que deveria ter ocorrido, independentemente de a empresa utilizar o método de custeio direto ou custeio por absorção Fica evidente que sua grande validade evidencia-se somente e tão somente quando existe um custo real para se extrair a comparação. Caso contrário, seria inócuo.
Segundo MARTINS (2001:334): “Uma outra grande finalidade do custo-padrão, decorrente da adoção de qualquer base de comparação fixada para efeito de controle, é o efeito psicológico sobre o pessoal. E este pode ser positivo ou negativo, dependendo da forma de tratamento dispensada à implantação”. O custo padrão não elimina o custo real, nem diminui sua tarefa; aliás , a implantação do padrão só pode ser bem sucedida onde já exista um bom sistema de custo real.
Em nosso particular entendimento, o custo-padrão é o “cerne” dos custos, uma vez que estabelece base comparativa com os objetivos alcançados (ou não), bem como é uma “linha direta” com a formação do preço de venda, preço este praticado no mercado. Em outras palavras, é possível fazer uma “leitura inversa” dos custos, partindo do preço de venda praticado e finalizando nos preços necessários ao processo produtivo, em cujo intervalo pode-se observar as variações, tolerâncias e alterações porventura necessárias no aspecto físico e no arcabouço financeiro-econômico dos custos (matéria-prima, insumos secundários, fornecedores, mão-de-obra etc).
Finalmente, uma outra importante utilidade decorrente do custo padrão, diz respeito à obrigação que cria na empresa de registro e controle não só dos valores em reais de custos, mas também das quantidades físicas de fatores de produção utilizados. Ao se fixar o padrão, deve ser isso feito com base em quantidade e valor, para se poder avaliar, depois, onde estão as diferenças, caso elas surjam.
Segundo PADOVEZE (1997:279), há pelo menos três motivos para a utilização do custo-padrão:
1) “determinar o custo que deve ser, o custo correto;
2) definição de responsabilidades e obtenção do comprometimento dos responsáveis por cada atividade padronizada;
3) avaliação de desempenho e eficácia operacional”
CONSTRUÇÃO DO CUSTO PADRÃO
É evidente para todos os estudiosos da Contabilidade de Custos que o preço FINAL de qualquer produto é aquele que o mercado está “disposto” a pagar por ele. Isto derrubaria toda a teoria de custos? Também é claro que não. A Contabilidade de Custos é fundamental para que o gestor conheça a “margem” que ele tem à sua disposição para considerar toda a conjuntura produtiva e individualizar o processo de fabricação, com vistas à otimização funcional e de resultados; isto é feito com eficácia através do estabelecimento do custo-padrão.
Na efetiva construção do custo-padrão, deve-se levar em consideração, pelo menos, as seguintes circunstâncias:
a) Em relação aos materiais: padrão de quantidade e padrão de preço;
b) Em relação à mão-de-obra: padrão de quantidade e padrão de valor;
c) Em relação aos custos indiretos de fabricação: método de custeio adotado.
ANÁLISE DAS VARIAÇÕES DE MATERIAIS E MÃO-DE-OBRA
Ao serem obtidos os valores de custo real, a primeira providência é sua comparação com o padrão, para se aquilatarem as diferenças.
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