O DESAFIO DO ADMINISTRADOR DO FUTURO: SER UM ETERNO APRENDIZ
Pesquisas Acadêmicas: O DESAFIO DO ADMINISTRADOR DO FUTURO: SER UM ETERNO APRENDIZ. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: carloscampelo • 19/2/2015 • 5.001 Palavras (21 Páginas) • 560 Visualizações
O DESAFIO DO ADMINISTRADOR DO FUTURO: SER UM ETERNO APRENDIZ
Os homens trazem dentro de si não somente a sua
individualidade, mas a humanidade inteira,
com todas as suas possibilidades.
Goethe.
1 INTRODUÇÃO
As organizações estão diante de um macrosiste ma marcado pela incerteza que provoca
a necessidade de mudanças inter e intraorganizacionais. O administrador como um agente de
transformação dessas relações necessita de um novo perfil, caracterizado pela necessidade
emergente de mudar a sua maneira de vislumbrar o processo de aprendizagem como uma forma
de qualificação e requalificação profissional, passando a concebê-la como um instrumento de
renovação dos seus conhecimentos que acontece no dia -a-dia das organizações. Toda
organização aprende como implementar estratégias, atingir objetivos, mas essa aprendizagem
pode ser dificultada pela falta de visão dos administradores que ao utilizarem as ferramentas da
educação podem ajudar as organizações a alcançar a excelência empresarial.
Nesse sentido, torna-se importante fazer uma análise de como esse administrador pode
se tornar o principal elemento capaz de manter as organizações competitivas e rentáveis, através
da gestão do conhecimento.
2 UM NOVO CENÁRIO PARA UM ‘NOVO’ ADMINISTRADOR
A maioria dos estudos na área de administração apresentam um cenário baseado na
competitividade, na busca pela qualidade e pela produtividade. Para isso, o administrador precisa
de uma série de qualidades individuais e profissionais para ajudar as organizações a alcançar seus
objetivos.
Nesse novo discurso gerencial, as habilidades pessoais e interpessoais vêm se tornando
cada vez mais importantes, já que finalmente as empresas estão começando a entender que a
principal vantagem competitiva de uma organização está nos seus Recursos Humanos.
Aparentemente, esta conclusão muda todo um processo de desvalorização do homem, passando
a considerá-lo como um ser dinâmico e sistêmico, capaz de interagir, de participar ativamente da
vida na e da organização.
Por outro lado, todos os atores organizacionais, aqui considerados como diretores,
gerentes e funcionários, tiveram um processo de aprendizagem que não se adequa a esse novo
ambiente. Esses atores estão diante de um paradoxo: a organização exige sua participação e seu
comprometimento. Sua opinião deve ser considerada, suas críticas podem mudar normas, regras
e padrões de comportamento. Entretanto, toda a sua formação educacional, em todos os níveis
ou graus, foi marcada por represálias, pela punição e por uma visão linear da realidade. Não se
estimulava a criatividade, a inovação e a discussão.
O ensino da nossa sociedade foi marcado por fórmulas prontas, baseadas na
racionalidade, numa postura imediatista, de curto prazo.
“Em nossa cultura, fomos educados, anos a fio, num clima de competição em que
todos foram (e ainda são, na maioria dos casos) estimulados a lutar contra todos. A
competição seria, presumivelmente, própria da natureza humana. Além disso,
representaria, presumivelmente, a chave para todas as portas” (Mariotti, 1996, p. 51).
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E agora, o que fazer diante de um cenário que requer um ‘novo’ administrador,
consciente de sua responsabilidade, mas com limitações culturais que dificultam a mudança de
mentalidade, na forma de pensar, de agir e de decidir ? Essa mudança parte do princ ípio de que
as organizações podem ajudar as pessoas a aprenderem uma nova concepção do que vem a ser
o trabalho. O foco se transforma. Da competição, onde as pessoas competem umas com as
outras, para a competência, onde as pessoas unem esforços, trabalham em conjunto, visando
aprender novos conhecimentos, novas habilidades, descobrindo novas formas de administrar uma
organização com modernidade.
Essas mudanças fazem parte de um processo que procura tornar as organizações
competitivas através das pessoas. Essa competitividade só será possível se houver participação
de todos os atores organizacionais. O maior desafio do administrador nos próximos anos é
contribuir para a construção de uma organização baseada na aprendizagem como um processo
contínuo de renovação e de transformação.
3 O ADMINISTRADOR COMO UM AGENTE DE TRANSFORMAÇÃO
ORGANIZACIONAL
A palavra transformação pode ser sinônimo de mudança, alteração ou metamorfose. As
organizações, na atualidade, têm que desenvolver essa habilidade que é pressuposto básico para
a competitividade.
A sociedade da informação chegou para mudar a forma como as organizações encaram
clientes, fornecedores e concorrentes. A globalização provocou
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